quinze

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- Sua vadia de merda. - Escuto a voz de Dylan e sinto um chute na costela e caio no chão.

- Puta do caralho, merece morrer. - Desta vez foi a voz de Brandon seguido de um tapa no meu rosto.

Acordo assustada e percebo que já estava claro, olho ao meu redor e não reconheço onde estava por um minuto até lembrar que era o quarto de Oscar, mas ele não estava aqui eu usava uma camiseta dele que ia até minhas coxas, me levanto e saio de seu quarto sinto um cheiro bom vindo da cozinha e chegando perto vejo Oscar virar uma panqueca, estava um pouco envergonhada por estar ali.

- Bom dia. - Digo meio sem jeito.

- Bom dia, vem senta come um pouco. - Ele coloca um prato com panquecas de frente a uma cadeira onde me sento. - Você tá bem?

- Tô um pouco melhor sim. - Começo a comer e estava uma delicia.

- Quem é Dylan, Lexi ? - Levanto minha cabeça devagar surpresa por ele dizer esse nome.

- Por que?

- Você não parava de repetir esse nome enquanto dormia, seguido com "eu não posso passar por isso de novo" e "me deixa em paz por favor". Então quem é Dylan? - Eu não conseguia decifrar que emoção ele expressava, só percebi que seu maxilar ficou tenso ao dizer aquele nome, respirei fundo e soltei o garfo no prato.

- Dylan é meu ex namorado. - Começo a balançar minha perna em baixo da mesa, falar dele realmente me faz ter uma crise.

- Por que repitiu esse nome tantas vezes? - Seu olhar era de bastante atenção em mim.

- Tenho pesadelos com ele, desde do dia que fugi dele. - Sinto que minha garganta ia fechar, eu não queria falar nada, mas mesmo depois de tudo eu ainda me sinto segura perto do Oscar.

- Por que fugiria dele?

- Porque ele me espancava até quase me matar...- Meus olhos se encheram de lágrimas e seu rosto relaxou e com um olhar confuso - Eu perdir meu pai e ele ainda era apenas um amigo, mas ele me deu muito apoio, e depois de um tempo acabei me apaixonando e ele era perfeito no início mas depois de um ano junto ele se transformou em um monstro, me espancava quase todos os dias e quando bebia era um inferno. - Algumas lágrimas me escapam.

- Não precisa continuar se não quiser. - Ele toca na minha mão em cima da mesa.
- Tudo bem, é difícil falar disso mas eu sinto vontade de colocar pra fora o que está aqui dentro. - Ele assenti e eu limpo meu rosto e continuo a falar. - Duas semanas antes de me mudar eu descobri que estava grávida. - Ele passa a outra mão no rosto e continua me olhando com atenção no que eu falava. - Eu sabia que criar uma criança ali não seria uma boa ideia, não desejava aquele sofrimento nem para meu inimigo imagina para uma criança, eu pensei em tirar mas não tive coragem. - Olho para cima para evitar que as lágrimas caíssem. - Minha última noite com ele foi a pior de todos os outros dias, ele chegou bêbado e chapado em casa nos discutimos e ele se irritou comigo. Ele me deu um tapa na cara e vários chutes no corpo, apertou meu pescoço até eu ficar sem ar, e eu pedi pra parar, eu gritava por socorro mas ninguém me escutava e já estava em um ponto que eu não conseguia mais gritar. - Choro e ele segura minha mão a acariciando.

- Essa cicatriz na sua barriga? - Choro um pouco e assinto.

- Eu gritei pedindo para ele parar, disse que estava grávida e eu não sei o que deu nele só vi ele se levantar e ir até a cozinha, meu corpo todo doia eu não conseguia levantar, só senti um dor imensa na barriga e senti algo escorrer pelo meu corpo, quando vi ele tinha me esfaqueado. Foi aí que ele parou e sentou perto de mim vendo meu corpo sangrar e chorava dizendo que a culpa era minha. - Falo em meio às lágrimas, ele se levanta e vem até mim me ajuda a ficar em pé e me abraça, molho sua camisa com minhas lágrimas.

Amor De Um Gângster || Oscar Diaz - CONCLUIDA Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt