trinta e dois

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Estava lutando contra o sono, tinha medo do que iria me acontecer se eu dormisse, não como nada já faz horas e a cada minuto que eu passava naquele inferno mais eu tirava forças para lutar. Eu tenho pessoas que amo lá fora, vou lutar para sobreviver. A luz que havia entre os buracos foi embora indicando que a lua já iluminava o céu, escuto barulho de coisas caindo do lado de fora do quarto e depois passos até a porta, uma mini esperança nasce no meu peito mas desaparece assim que vejo Dylan entrar cambaleando, era nítido que ele havia bebido.

- Ai está a mulher da minha vida. - Ele diz enrolado erguendo os braços para o alto. - Vem cá, vamos nos divertir um pouco. - Ele me puxa pelo braço me fazendo ficar de pé, ele tenta me beijar mas eu desvio o rosto o que com certeza tinha deixado irritado.

- Me larga seu desgraçado. - Estava impressionada comigo mesma, antigamente quando estávamos juntos e ele me batia eu evitava olhar nos seus olhos, mas agora eu falava e o olhava com nojo.

- Você é minha, faço o que eu quiser com você. - Sua boca não estava tão perto do meu rosto mas o cheiro de bebida que saia de sua boca era horrível.

- Não sou sua. - O empurro e ele cambalea até encostar na parede, sua expressão muda para raiva e ele vem batendo os pés e agarrando meu cabelo me fazendo segurar seu braço.

- Você é uma puta mesmo igual a sua mãe, aquela profeta nojenta. Vai ter o mesmo fim que ela se não me obedecer, mas sua morte será diferente eu faço questão de vê-la sofrer muito. - Ele leva suas mãos no meu pescoço, bate minhas costas com força na parede e aberta meu pescoço com força, eu estava perdendo o ar mas ainda me debatia tentando fazer ele parar, mas estava muito fraca o ar foi indo embora fecho os olhos devagar e sinto meu corpo se encontrar com o chão, ele tinha me soltado, mas não durou muito minha paz já que senti ele socar meu rosto e estômago, puxou meus cabelos, chutou minhas costas e costelas, ele bateu com tanta força na minha barriga que eu acabei tossindo sangue no chão. Sentia o sangue sair do meu nariz e boca, eu gritava a cada tapa, soco e chute mas sabia que ninguém me escutaria. Prefiro estar morta do que está passando por isso, ele bate minha cabeça no chão e tudo fica escuro...

(...)

Abro um olho somente já que o outro estava tão inchado que eu não conseguia abri, procuro Dylan pelo quarto mas não não acho, eu não conseguia me mexer de tanto que tudo em mim doía.

- Caralho você tá acabada em. Você tem um ex doido. - Brandon se aproxima de mim com um sorriso debochado, eu queria me arrastar para longe dele mas meu corpo não obedecia mais meu cérebro. - Calma gracinha não vou te fazer nada, eu só vim registrar o momento. - Ele balança o celular em sua mão. - O que me diz? Vamos mandar umas fotinhas pro seu namorado? - Eu não consigo falar, apenas balançar a cabeça e por mais que doesse só conseguia fazer isso. Ele começa a tirar fotos de mim, levanta minha camisa para deixar a mostra os roxos e machucados e com certeza estavam ali, tento me debater mas era impossível, Dylan nunca tinha me batido tanto. Ele para de tirar as fotos as olhando e rindo. - Spooky vai amar isso.
OSCAR

Chego em casa batendo a porta com força, já tinha se passado 24 horas e nada da Lexi em lugar algum, muito menos Brandon. Com raiva começo a quebrar tudo em minha frente, chuto, jogo coisas na parede eu precisava extravasar toda essa raiva que não me deixava pensar direito, depois de toda a sala e cozinha estar só a bagunça me sento no sofá escondendo o rosto com minhas mãos, eu não achava ela, eu preciso dela aqui comigo. Sinto falta do cheiro dela, do sorriso, do seu toque, sinto uma vontade de chorar. Meu telefone vibra no meu bolso e eu o pego rapidamente, olho vendo um número desconhecido tinha algumas fotos anexadas e mensagens de texto, abro o mensagem e meu olhar trava nas fotos, era Lexi estava muito machucada, olho esquerdo inchado, boca e nariz sangrando, tinha uma foto da barriga dela com muito hematomas e no pescoço também. As mensagens em baixo dizia:

"Que puta gostosa ela é em, apesar do rosto machucado seu corpo não deixa de ser gostoso, agora que ela tá comigo vou mostrar pra ela como é ser fudida por um homem de verdade. Eu vou comer ela com tanta força até ela gritar, e depois ela vai esquecer que um merda feito você tocou ela, seu fim está próximo Spooky vou fazer questão de te matar na frente dela. Mas tenho que te agradecer pela facilidade que foi trazer ela pra mim, feliz ano novo hermano."

Sinto um ódio consumir meu corpo, quero matar esse desgraçado apesar da minha raiva tenho que pensar direito. Respiro fundo e saio de casa e dirijo até a casa de Monse.

LEXI

- Prontinho mensagem enviada com sucesso. - Ele ri e depois para me medindo. - Você ficou tão gostosa que está começando a me deixar louco, vamos nos divertir um pouco, que acha? - Aquele sorriso sinico em seu rosto me assusta.

- Não. - Falo com um pouco de dificuldade, ele me beija mas eu viro meu rosto rapidamente, ele não apareceu incomodado já que direciou os beijos para me pescoço. Eu queria empurra-lo mas não conseguia mexer meus braços direito.

- Se você colaborar vai ser rapidinho. - Ele continua a beijar meu pescoço enquanto desce sua mão pela minha barriga e depois para dentro de minha calça, junto todas as forças que ainda me resta para empurra-lo e dar um tapa em seu rosto. - SUA VADIA. - Ele gritar agarrar meu pescoço com força e coloca seus dedos de uma forma bruta dentro de mim.

- AIII. - Grito e sinto as lágrimas escorrem até minhas orelhas, aquilo doía e eu me sentia nojenta.

- MAS QUE PORRA TA ACONTECENDO AQUI? - Dylan entra gritando e trava olhando para mim e Brandon. - SEU FILHO DA PUTA. - Ele corre em direção a Brandon e eles começam a brigar, me arrasto até a parede chorando e abraço minhas pernas. Eles trocam alguns socos, Dylan empurra Brandon contra a parede, o mesmo saca uma arma em direção ao Dylan.
- Te vejo no inferno desgraçado. - Brandon diz fecho os olhos e escuto o barulho do tiro ecoar pelo quarto, choro abrindo os olhos devagar e vendo o corpo de Dylan sem vida no chão com um buraco de bala na cabeça, o olhos abertos na minha direção e eu choro ainda mais.

OSCAR

- Aqui tá o número de telefone que me enviou a mensagem. - Entrego meu celular para Jasmine e joga o número no seu notebook.

Imaginei que Jasmine estaria aqui na casa da Monse oferecendo apoio, mas pra minha surpresa todos estavam aqui meu irmão, o baixinho amigo deles que tem medo de mim Ruby, Jamal que também tem medo de mim, Keila e Sad Eyes. Falei para eles da mensagem e pedi para Jasmine tentar rastrear para sabermos a localização e achar a Lexi, estou sentindo que vou encontrá-la, e depois vou meter uma bala no desgraçado do Brandon

- O número veio de um celular descartável, mas posso rastrear pela torre de celular usada, e.... Bingo achei. - Ela vira o computador para todos olharmos, te achei desgraçado. - Tá numa mata na saída de Freeridge, deve ter alguma casa ou fábrica abandonada.

- Me envia a localização. - Peço e ela aceite, pego meu celular de volta alertando todos os Santos, Brandon pode estar com reforços. - Vamos? - Olho para Sad Eyes que acente beija a Keila e saímos da casa, encaminho a localização para os Santos e ligo meu carro.
- Vamos trazer ela de volta compa. - Olho para meu amigo ao meu lado.

- Sim nós vamos. - Ele se ajeita no banco e tira sua arma da cintura. Começo a dirigir depois de ligar o GPS e seguir o caminho que recomendava, eu vou salvar ela.

Amor De Um Gângster || Oscar Diaz - CONCLUIDA Kde žijí příběhy. Začni objevovat