Presa Ao Capo- Livro III da série: Os Ceos da Maffia

Capítulo 39

Mary Louise Cerrachio

Mais alguns meses...

Como é domingo e não terei aulas nem nada da faculdade decidi ir ver a Sophia, não fui muito vê-la nos últimos dias, mas sei que não esta nada bem, afinal não deve ser fácil passar por esse momento só e ainda com a dor que carrega no peito pela ausência do Simon e não saber onde esta.

Uma gravidez já não é algo fácil, ainda uma gravidez quádrupla e passar por tudo sozinha, além da inúmeras coisas as quais ela teve de abdicar por conta dos riscos que começou a viver quando chegou ao quarto mês de gestação.

...

Odeio dirigir e as ruas de Florença só aumentam minha vontade de nunca fazer isso, odeio os momentos de trânsito caótico que tenho de passar aqui. Prefiro andar de táxi, não por não querer um motorista particular, mas por saber que se fosse ter um motorista ele seria um dos guardas da La Cantanza e eu ja sou vigiada demais, não quero andar também com um "babá"..

-Senhora chegamos.. -disse o taxista que aparenta ter cerca de cinquenta anos. Paguei a corrida e saí do carro dando de cara com o luxuoso e enorme prédio onde a Sophia mora.

Entrei e logo o porteiro me olhou e veio até mim.

-Vim ver a Sophia Cavallier, Mary Louise Cerrachio..-falei e ele concordou com a cabeça e foi interfonar.

A estrutura do lugar além de muito luxuosa é refinada com traços de verdadeiras obras de arte em sua arquitetura.

-Pode subir o acesso ao elevador foi desbloqueado. -o homem disse apontando para a direção da caixa de metal.

...

-Olá.. -falei assim que as portas do elevador se abriram e a Sophia estava meio deitada no sofá com o enorme barrigão a mostra.

-Oi Mary. -disse gentil e com um leve sorriso, mas é claro que ela não esta bem não parece ter o mesmo brilho que a Sophia de sempre.

Me aproximei dela e lhe cumprimentei.

-Como nunca venho aqui hoje tive um tempinho e resolvi começar a estragar as meninas.. -falei tentando a fazer sorrir e colocando as sacolas num canto.

-Não precisa se explicar por vir aqui, fico feliz que tenha vindo. Quer algo? Posso pedir a Camila.. -perguntou ja parecendo mais alegre.

-Não, não precisa. Mas e então como vão vocês? -perguntei e me sentei ao seu lado numa poltrona que havia.

-Não vou negar que ta sendo muito difícil Lu, e sentir como se todos estivessem sempre..... -falou tentando buscar a palavra pra completar.

-Preocupados com você e te achando frágil demais? -completei não somente o que ela dizia, mas também o que de maneira diferente eu sempre sentia.

-Isso, exatamente. Eu nunca fiquei tão parada e incapacitada na vida, mas eu não culpo minhas filhas por isso elas são meu tudo, mais do que uma lembrança do pai delas elas são a minha razão de viver. -disse parecendo emocionada, mas nunca deixando lágrimas cair.

-Esta sendo uma fase de fato ruim, mas eu não acho que te colocando numa posição fragilizada não vai te deixar melhor.

-Isso que eu quero dizer, sei que estão preocupados, mas me colocar nessa situação me desgasta ainda mais. O Sebastian me disse que só de conseguir ainda me locomover e não estar internada nesses 7 meses num hospital, ja mostra o quão forte sou, e além dele somente agora você e o Nick me fizeram sentir assim. -disse olhando pra cima e perdendo o cabelo num coque alto. -E esses dias eu nunca pensei que fosse achar mais tô sentindo uma falta enorme daquele loiro exibido. -disse dando um sorriso ao lembrar de Nicholas.