Capítulo 25

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Sophia Cavallier

-Senhora, o caso dos Oliveira foi direcionado ao Medrado, como mandou. Algo mais que eu possa ser útil? -minha secretária perguntou parada a minha frente depois de me entregar os papéis de um caso, ao qual faço questão de me dedicar totalmente por envolver criança..

-Não, pode ir, ja estou de saída também revisarei os papéis em casa. -respondi arrumando as pastas que levaria para analisar e a mesma se retirou do meu escritório.

Arrumei tudo que eu iria levar pra casa e vi que não iria me atrasar tanto para ir a academia com Simon, como combinamos.

..

As ruas de Florença estão harmoniosas e o brilho do sol de fim de tarde dar um ar ainda mais encantador a cidade. Liguei o som do carro e deixei numa estação de rádio que tocava uma música chamada 'Dad' de Michele Morrone, e o clima junto a nostalgia que a música trazia me remetiam ao meu pai. Senti meu peito comprimir ao saber o quão brutal ele foi morto e que poderíamos ter perdido o Andrew também nessa, ainda que tenhamos vingado sua morte sinto uma grande dor por ter crescido sem sua presença, mas agradeço por tudo que minha mãe fez durante todos os anos por mim e Drew.

Não foi nada fácil pra ela ter que ido pro Brasil e mudar totalmente sua vida, ainda mais ter visto o grande amor de sua vida morrer a sua frente, o que infelizmente causou o fato de ter desistido de sua carreira de médica cirurgiã e mudado pra psicologia, a fim de entender o funcionamento de nossas cabeças sem nosso pai, mas foi o amor dela que nos fez aguentar.

..

Entrei na garagem do prédio e estacionei em minha vaga, vendo os meus carros, e mais à frente alguns dos de Simon. Desde o dia que subimos com seu carro pra minha garagem privada, não lembramos de tirar e eu não posso subir o meu, ja disse a ele que qualquer dia irei pegar o carro dele e acelerar pelas pistas de Florença...

Peguei o elevador e subi até meu andar, entrando ja em minha casa. Coloquei os papeis e pastas sobre a mesa de centro da sala e fui direto pro quarto tirando minhas roupas..

Fui até o banheiro e retirei a maquiagem alem de tomar uma ducha rápida e vi no armário da pia a droga da cartela do anticoncepcional, e tomei um comprimido. Achei estranho parecia ter comprimido a mais, porém me lembro de ter tomado certo, ignorei isso e fui até o quarto pegar minha roupa.

..

Acredito que Simon ja esteja na academia então peguei somente uma garrafa d'água e fui direto pra academia.

Assim que abri a porta e adentrei no local, estava tudo quieto e pelo visto Simon não estava, entrei e olhei direito e confirmei isso.

-Deve estar em casa ainda,vou lá chamá_lo. -falei comigo mesma e deixei a água lá voltando ao corredor que dava acesso a nossos apartamentos. Não bati a porta, pois essa sempre esta aberta, então simplesmente entrei.

-Simon?? -chamei e não obtive resposta -Simon?? Amor?? -apesar de clichê sei que gosta quando o chamo assim e então porque negar algo que ja é óbvio, ele é o meu amor.

Estava indo em direção ao quarto, quando ouvi um barulho vindo da cozinha e me virei.

-Ah oi senhora Sophia. -a empregada disse aparecendo na sala. -Pensei que fosse o senhor Monroe..

-Ele ainda não chegou? -indaguei a ela que parecia ja estar indo sair.

-Não, o que é estranho pois disse que chegaria uma hora antes de minha saída e ja são quase uma hora depois do horário que saio e ainda não chegou.. -falou olhando pro relógio em seu braço.

-Entendi.. -falei balançando com a cabeça.

-É senhora... -disse chamando minha atenção. -Se não for incomodar e a senhora for ficar pra vê-lo, poderia dizer a ele que pode deixar escrito a mudança que quer, que eu faça em seu closet caso saía amanhã antes da minha chegada? Por favor, é que hoje é aniversário da minha filha e eu não queria me atrasar mais.. -disse sem jeito, mas de forma doce e educada.

Presa Ao Capo- Livro III da série: Os Ceos da MaffiaWhere stories live. Discover now