21 - Expulsa

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Não esperava que a nossa noite fosse tão intensa e chegasse a tal ato, mesmo que de alguma forma minha cabeça dizia que algo aconteceria naquele dia

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Não esperava que a nossa noite fosse tão intensa e chegasse a tal ato, mesmo que de alguma forma minha cabeça dizia que algo aconteceria naquele dia.

Eu só não imaginava que me encontraria nua na cama de Andrew e que ele estaria dormindo tão profundamente, como se fizesse muito tempo que não dormira tão bem.

Seu braço estava sobre o meu corpo, assim como sua perna, me abraçavam em um conjunto. Não me lembro ao certo quanto tempo ele demorou para dormir, após nossa transa, mas ficamos trocando olhares em silêncio até que seus olhos fecharam e não abriram mais.

Eu não poderia dormir daquele jeito, podia-se sentir meu corpo grudar. Tentei sair de baixo do seu corpo de modo que não o fizesse acordar, mesmo sabendo que seria interessante se ele se lavasse também.

A casa não era minha, então não poderia me dar o luxo de ficar muito tempo debaixo da água

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A casa não era minha, então não poderia me dar o luxo de ficar muito tempo debaixo da água. Fora um banho quente e rápido, mas essencial para que eu voltasse para a cama e fosse dormir.

Peguei a primeira camisa dele que encontrei e vesti.

Encarei novamente a cama, voltei a me alinhar em seu braço, uma vez que percebeu meu corpo e me puxou de encontro ao dele

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Encarei novamente a cama, voltei a me alinhar em seu braço, uma vez que percebeu meu corpo e me puxou de encontro ao dele.

Naquela hora me peguei pensando o motivo pelo qual havia ficado tanto tempo sem alguém. Afinal, por que não havia me dado o luxo de encontrar alguém durante todos esses anos? Eu havia ficado me "guardando" todo esse tempo com esperanças de que um dia reencontraria Noah?

Havia me impedido de encontrar alguém que pudesse vir a me proporcionar novas aventuras, alguém que me desse a vida novamente.

Acordei assustada com gritos no meu ouvido "ele morreu" "mãe, ele morreu", rapidamente um empurrão veio de encontro ao meu corpo, fazendo com que eu caísse bruscamente no chão.

Meu braço instantaneamente doeu com o impacto, fazendo-me gemer de dor. Olhei assustada para a cama ao me levantar, reparando em um Andrew completamente assustado e sem reação, com os olhos cheios de lágrimas.

— Céu, meu deus, você está bem? — Perguntou preocupado, se aproximando para olhar meu corpo.

Me afastei com dois passos e em seguida o encarei.

— Você sempre tem pesadelos assim? — Perguntei assustada.

Andrew passou às mãos sobre os olhos na tentativa de seca-los.

— Céu, isso foi um erro. — Afirmou com a voz falha. — Você não deveria ter vindo, a gente acabou ficando junto pelo calor do momento, talvez tenha sido o vinho, sei lá.

— Você está certo, tem toda a razão, misturamos as coisas. — Falei às pressas enquanto ajuntava minhas roupas do chão.

— Você não precisa ir agora, está tarde, são quase quatro da manhã. — Falou ao olhar o relógio em seu pulso.

Sorri forçado com seu comentário e adentrei o banheiro para trocar de roupa. Mesmo que ele já houvesse visto tudo que eu poderia mostrar, ainda assim não me sentia confortável naquela situação em me trocar em sua frente.

Sai sem dizer uma única palavra. Eu nem ao menos olhei para trás para me despedir. Eu não queria vê-lo. Não queria ouvi-lo. Não queria sentir a sua presença.

Onde eu estava com a cabeça imaginando que aquele cara que amava me zoar no passado, iria ter mudado tanto e de alguma forma iria me querer em sua vida?

Cheguei no maior silêncio que pude e nas pontas do pé em casa. Por sorte, alguns dias antes mamãe havia me dado uma cópia da chave, como todos haviam ali. Fora de estrema importância, como se adivinhasse que esse dia iria chegar.

Chorei baixinho sem ninguém escutar. O pior de tudo era que não sabia nem ao menos o motivo certo para estar chorando. Não estava conseguindo lidar com meus sentimentos e o conflito que havia surgido em meu coração.

Não sabia identificar o sentimento que havia crescido em relação a Andrew em tão pouco tempo.

A minha verdadeira vontade era de ter dito na hora que ele estava errado, que nosso atos não foram pelo calor do momento. Que havia muito mais envolvido do que só desejo sexual. Que não havíamos misturado as coisas, que era uma vontade que já vinha de dias por parte de ambos.

Agora cá estava eu, deitada em minha cama, com um coração partido e um braço dolorido.

Sabia que Andrew não havia me derrubado por vontade própria e que seu olhar preocupado quando me viu levantar do chão, dizia bastante sobre isso. Havia muito medo em seu olhar, sabendo que havia feito algo de errado mesmo que sem intenção.

Me perguntei se aquilo acontecia com frequência. Se ele sempre acordava assustado e chorando daquela forma. Era nítido que ele estava tendo uma lembrança ruim, quem sabe sobre seu pai e seu irmão por ser relacionado a morte.

Era uma vida triste. E por mais que ele me quisesse longe e tivesse deixado claro que aquilo havia sido um erro, eu ainda não estava pronta para deixá-lo ir. Não quando eu havia sido a pessoa que o tirara da empresa no natal após tantos anos.

De volta ao NATALWhere stories live. Discover now