Easy on me – Z.M (Parte 2) #PEDIDO @defencewalls
Não há nenhum espaço para nossas coisas mudarem
Quando nós dois estamos tão profundamente presos aos nossos hábitos
Você não pode negar o quanto eu tentei
Eu mudei quem eu era para colocar vocês dois em primeiro lugar
Mas, agora, eu desisto
Pega leve comigo, querido!
Eu ainda era uma criança
Não tive a oportunidade de
Sentir o mundo ao meu redor
Não tive tempo para escolher o que escolhi fazer
Easy on me by Adele
Lia Santiny
Eu tinha quatorze anos quando conheci Jackson e me vi perdidamente apaixonada pelos olhos azuis dele. Bom, pelo menos eu achava que estava apaixonada. Eu gostava da liberdade que ele me oferecia, gostava da leveza que ele me transmitia com todo o seu jeito de não obedecer às regras e simplesmente não se importar com as consequências.
Meus pais sempre me alertaram sobre ele. ''Éle é perigoso.'' Mamãe me dizia. ''Filha, ele te bate?'' papai não se cansava de perguntar sempre que me via com uma marca vermelha no braço depois dele me deixar em casa pela madrugada. ''não.'' Eu sempre negava. ''Ele só estava com ciúme bobo, pai.''
A verdade é que Jack nunca escondeu o que era. Ele sempre foi perigoso e violento. Sempre esteve debaixo do meu nariz o meu futuro. Eu não vi porque não quis, porque fui tola, porque a vontade de ser ''livre'' era maior do que a vontade de enxergar o que sempre esteve diante dos meus olhos.
Jack não passava de um traficante machista e violento e eu a sua marionete. Uma menina boba e iludida que sempre fez de tudo para agradá-lo.
Aos quinze, fiquei grávida e foi aí que minha vida ''começou'' a dar errado. Meus pais não quiseram mais a mulher do traficante que tanto os ameaçava na casa deles, muito menos Jack queria me deixar sob o cuidado dos únicos que me amavam. Fomos morar juntos depois que meus pais foram obrigados a me emancipar. Se arrependimento matasse, eu não estaria aqui hoje lamentando por todas as vezes que me coloquei contra os meus pais para ficar com ele.
Burra.
Ingênua.
Cega.
Meu filho nasceu e o homem que me deu uma vida de princesa durante toda a gravidez, me iludindo com a ideia de que nossa vida seria diferente com Henry, se transformou. O inferno começou horas depois que dei a luz ao meu pequeno. Depois de meses sem seu toque agressivo sobre o meu corpo, senti o peso de suas mãos sobre o meu rosto. ''Cala essa criança! Amanhã eu preciso trabalhar, Lia!''. Ele me acordou com seu tapa pesado e dolorido quando nosso filho acordou pela madrugada. Eu estava exausta depois do parto, mas mesmo assim, me coloquei de pé para calar meu filho. Foi nesse dia que a minha esperança morreu.
O que me mantém nessa vida com Jack é o medo de perder meu filho. Eu sei do que ele é capaz. Ter Henry é tudo o que faz a minha vida ter sentido hoje. Henry é o único que me ama, que se importa comigo e o único que me faz acordar todos os dias. Perdê-lo seria pior do que perder minha própria vida.
Mas, como é a minha vida, tudo de ruim pode ficar pior.
Um filho. Mais um filho.
Dou descarga na privada depois de vomitar a refeição que fiz há alguns minutos com meu marido nesse restaurante caríssimo.
Depois de meses sem sair comigo, Jackson chegou em casa empolgado demais. Ele me mandou deixar nosso filho com a babá, e me presenteou com várias coisas lindas e caras para a noite de hoje. Sapatos, bolsa, joias, vestido... Tudo novo. Mais uma vez eu o obedeci. Me vesti conforme fui instruída e viemos para um dos restaurantes mais caros da cidade. Agora, depois de jantarmos como um casal normal, Jack conseguiu me deixar sem palavras.
''Você falou que Henry se sente sozinho. O que acha de darmos a ele um irmãozinho? Acho que ele já está em uma boa idade para saber o que é dividir, paixão.''
Isso foi o suficiente para eu disfarçar com um sorriso e me retirar da mesa com a desculpa de que precisava ir ao banheiro. A ideia de ter mais um filho com Jack me causa a mais terrível das repulsas. Como se não fosse o bastante, ele ainda fez questão de deixar claro mais uma coisa.
''Aliás, comprei uma casa maior para a gente. Vamos sair da cidade em um mês, querida. Sabe como é, né? Mais um filho, precisamos de mais espaço.''
Eu preciso de ajuda. E rápido.
CONTINUA...
VAMOS DEIXAR A ESTRELINHA BRILHAR NÉ, MORES?! BEIJOS!
MEU DEUS, COITADINHA DA LIA... UM CRÁPULA DESSE!
ESTÃO GOSTANDO DE ODIAR JACK? VEJO VOCÊS NO PRÓXIMO CAPÍTULO. BEIJOS!
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Imagines One Direction - Book 5
Teen FictionGosta de se iludir? Então venha comigo!