Um Sonho Do Passado

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- Hum... – ele percebe minha expressão mudar e faz sinal com a cabeça me questionando o motivo – o que?

- Não gostou de saber minha opinião?

- Não, eu concordo que casamento é um contrato inútil e extremamente burocrático, que mexe com o governo, neste caso a rainha; e se o indivíduo for religioso vai envolver a igreja, por fim e o mais irritante a família de ambos.

- Isso é o que eu penso, mas eu havia perguntado sobre a sua opinião.

- Também penso dessa maneira. O que me deixa frustrada é a forma como tratou o rapaz, ele só queria pedir algo a nós. Se ele quer entrar em uma enrascada como essa apenas concorde com o coitado.

- Você irá?

- Sim. Se não quiser ir é uma escolha sua, posso arranjar alguém para me fazer companhia.

- E quem seria?

- Sei lá. Hange, História, um dos pirralhos ou poderia muito bem ir sozinha, para mim não faz diferença alguma.

- Por que acha que ele escolheu se casar logo agora, digo antes de irmos a essa missão?

- Medo talvez... É uma missão perigosa, o medo de não voltar para a pessoa que ele ama talvez o tenha deixado apreensivo ao ponto de fazer o pedido em questão. Ele vai passar as próximas semanas como um homem casado antes de partir.

- Quando ele voltar as coisas vão continuar do mesmo jeito, ele ainda vai estar casado, e se então ele se arrepender?

- Se ele voltar você diz? O futuro é incerto e há mais chances de ele não retornar com vida do que se arrepender, isso é claro, se ele realmente a ama.

- Você pensa nisso, em se casar?

- Não. Não vejo graça em me comprometer, afinal ainda terei o mundo pra ver.

- E quanto a mim? Vai me deixar para trás em quanto viaja pelo mundo?

- Posso te levar comigo, para fazer companhia – me aproximo dele – eu não preciso de um contrato, te ter ao meu lado é mais que suficiente.

- Ok. Me convenceu... Irei com você a cerimônia. Pode dizer ao rapaz que aceito ser o padrinho e toda aquela besteira que ele estava propondo.

- Hã? Se é assim por que não diz você mesmo?! – me levanto e grito chamando a atenção do soldado, ele vem correndo ao nosso encontro e então Levi dá sua palavra que comparecera no dia marcado.

[...]

O dia em questão chegou até que rápido. A pequena capela era no interior de um vilarejo da muralha rose, todos estavam em festa naquele dia. Nossos companheiros cantando e dançando, comendo o máximo que conseguiam. A futura esposa do soldado era uma linda ruiva, de olhos cor de mel, seu vestido a cairá bem, marcavam de leve suas curvas. Ao que eu fico admirando sua beleza me lembro de história. As lembranças dela me deixam salivante, mas prometi deixar esses sentimentos no passado.

Eu por outro lado fui obrigada a usar um vestido para acompanhar a noiva. A peça era até que bem bonita, azul claro, longo com um decote em "v", era bem a cinturado na parte de cima e solto em baixo, em vez de mangas ele tinha um tecido leve que se prendia as alças e caia sobre meus braços, eu sentia como se estivesse usando uma capa. Ainda sim estava incomodada, não só pelo vestido, mas pelo salto que era parte do conjunto, a verdade é que nunca me senti confortável usando roupas como aquelas.

Em algumas horas entramos na igreja, eu acompanhava a noiva para todo lado e Levi fazia o mesmo com o noivo. Em determinado momento vejo sua expressão irritada com todas àquelas tarefas entediantes que os padrinhos erem obrigados a fazer. De longe acenos para ele e o mesmo me retribui e em seguida me mostra o dedo do meio, eu sabia que ele estava me culpando por tê-lo colocado nessa enrascada.

Freedom Wings - Levi AckermanOnde histórias criam vida. Descubra agora