Vingança Divina

Capítulo 69

LEON
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Eu sentia sua presença sombria e poderosa do outro lado dos portais inimigos, mas ela não saiu por eles imediatamente.

Algo deve ter acontecido para ela ter mandado seus lacaios e suas criaturas sombrias primeiro. Provavelmente queria nos assustar um pouco antes de aparecer, ou só ficou daquele lado mesmo para botar ordem em tudo. Acho que não vou saber, e nem quero. Minha preocupação maior é só com sua chegada.

Quando ela aparecer, vou atacá-la antes que ela mate os soldados aliados com seu poder grandioso. Não vou lhe dar a oportunidade de chegar perto de ninguém. A luta será entre mim, Cattleya e ela apenas. E eu e minha amiga iremos vencer. Vamos mandar ela e suas sombras para longe deste mundo.

E todos terão um futuro onde irão se reerguer e voltar a ter felicidades.

Enquanto essa luta não acontece, me concentro em atacar os inimigos que já estão por aqui, causando destruição. Quando as criaturas das sombras começam a aparecer, tento salvar os soldados de serem mortos por elas, mas são muitas e eu sou só um. Então, infelizmente, perdemos alguns soldados antes das criaturas da luz chegarem para lutar contra elas. Com tantas lutas pelo campo, Cattleya só conseguiu afastar duas criaturas da sombras dos soldados com seu poder. Foi pouco, mas importante.

O campo de batalha estava em uma confusão muito maior do que as outras duas batalhas.

Na terra, aliados e inimigos lutavam. Fogo queimando e matando, fumaça fazia alguns tossirem, soldados velozes matando e matando inimigo por inimigo, soldados com super força esmagando crânios, cavaleiros matando com suas espadas e protegendo a si e seus cavalos com seus escudos, soldados com poderes parecidos lutando em grupos e destruindo os ataques dos inimigos, buracos aparecendo na terra e engolindo aliados e inimigos. E as criaturas terrestres duelavam um pouco afastadas dos soldados, destruíam a terra com seus poderes e faziam o chão tremer. No céu, cavaleiros e suas Artys voavam baixo e atacavam os soldados inimigos que vinham dos portais, e levavam os feridos para o castelo, aqueles que conseguiam salvar. Mais acima, as criaturas voadoras duelavam, faziam resquícios de seus ataques caírem nos soldados, o que causavam ferimentos leves em todos.

As criaturas não podiam morrer, mas podiam ferir uma a outra e essa batalha delas podiam durar dias até ficarem cansadas por causa dos golpes.

Como as deusas disseram antes, não precisamos nos preocupar tanto com as criaturas das sombras porque as da luz as afastam dos soldados. Infelizmente, alguns poucos acabam morrendo por causa delas quando a luta entre elas fica tão intensa que uma acaba caindo sob os soldados, como acontece quando estou destruindo um grupo de inimigos poderosos e uma criatura cai em cima deles — só consegui escapar porque previ que isso iria acontecer. Esse problema não dá para evitar, pode acontecer a qualquer momento, principalmente um ataque das criaturas atingir acidentalmente o exército. Os soldados precisam ficar atentos quanto a isso, então é uma preocupação atrás da outra. Assim é a guerra.

Depois de um tempo fazendo o que fiz nas outras batalhas, andar pelas tropas e matar os inimigos que aparentavam ser mais fortes e tinham uma certa vantagem sob os aliados, eu percebi algumas sombras surgindo nas tropas de Hemort. Sumindo com os soldados, deixando tudo escuro para eles. Não sentia aquele presságio ruim, tudo estava igual — a presença sombria das criaturas cutucando minha barriga, e a presença dela ainda do outro lado dos portais. Então essas sombras só podiam vir dos soldados de Zikhelyr, por isso fui até as tropas, ajudar os aliados a acabar com essas sombras.

No caminho, acabei encontrando Calyssa na tropa de Phyzank lutando com o seu corpo brilhando, cegando os inimigos com a luz forte. Eu podia passar por ela sem dizer nada, mas eu estava sentindo a presença de alguém que ela iria adorar rever.