71 - Era o início de um sonho!

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AMORA

Beleza, eu realmente não pensei que seria tão complicado. É tanta burocracia que dá preguiça até de existir, mas fazer o que, né?

Finalmente chegou o dia da inauguração do meu novo escritório, e depois de tanto trabalho, nada como um coquetel para comemorar e atrair novos clientes.

Por mais que tenha me afastado da empresa, meu pai, Lázaro e, principalmente, Henrique, fizeram questão de ceder o espaço de festas e convidar potenciais clientes para mim.

Organizaram basicamente um baile de gala, só que sem a parte das roupas pomposas e tudo mais, deixando apenas a bebida e comida. Seria divertido.

Como nos últimos dias, havia dormido depois das três horas da manhã. Já que era sábado, teria uma folguinha para dormir até mais tarde, mas não tive essa sorte.

Sou acordada com uma criancinha extremamente animada às sete e quarenta da manhã. Ah, como amo a maternidade.

- Bom dia, mamãe! - dá um beijo na minha cabeça - Bom dia, papai! - faz o mesmo com Henrique.

Meu marido estava usando um pijama combinando com a de nossa bebê, o que achei a coisa mais fofinha do mundo. O relacionamento dos dois era extremamente admirável, principalmente depois do sacode que levou nessa merda de viagem.

Só de falar nisso sinto arrepios na nuca.

- Ah, filha - coço os olhos e dou um sorriso -, por que tão cedo?

Henrique dá uma gargalhada espontânea, e eu me jogo para traz. Meu Deus, tudo que queria era dormir até pelo menos nove da manhã. É um pedido absurdo?

- Para de ser preguiçosa, mamãe! - Sabrina levanta e senta-se sobre minha barriga - Hoje é o grande dia! E eu quero logo colocar meu vestido de princesa!

- Filha, mas você não vai colocar o vestido agora! - diz Henrique, saindo da cama e tirando a garota de cima de mim - Vem, vou preparar um café da manhã para você, vamos deixar sua mãe dormir mais um pouco.

Sabrina emburra suas feições e cruza os braços, irritada.

- Ah, mas eu quero que ela venha comer com a gente!

Dou um sorriso preguiçoso e ergo o corpo.

- Que abuso é esse, Sabrina? - repreende Henrique.

- Não, amor - me espreguiço -, ela está certa. Vamos aproveitar o dia em família! - levanto, vou até meu marido e dou um selinho em seus lábios.

Estou usando uma calça de moletom e um top preto. Não sei por que, mas tinha tomado gosto por dormir naquela forma.

- Eba! - comemora Sabrina - Queto nesquik!

Vamos todos até a cozinha, onde nos reunimos e comemos um café da manhã farto. Ah, como é bom estar na presença desses dois.

***

O tempo passou voando, e quando nos demos conta, já era sete horas da noite. Passamos um dia preguiçoso, recheado de doce e carinho. Eu e Henrique sabíamos bem aproveitar nossos momentos em família, e nossa bebê adorava estar na companhia de seus dois pais. Combinamos de proporciona-la mais momentos assim, não só por ela, mas também por nós.

Fui a primeira a me arrumar, até porque precisava estar no lugar antes de todos. Depois de um longo e delicioso banho, coloquei um vestido sereia branco, o que me deu um ar de advogada fodona.

Combinei com Mahmoud dele vir me buscar, já que era o único ser do universo capaz de me acalmar, ultrapassando até mesmo Henrique.

Ouço buzinas no portão, e minha barriga estremece. É ele, caralho! Está na hora!

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