49 - O tempo passa

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AMORA

Depois de muita relutância, deixei Sabrina na casa de meus pais e finalmente concordei em fazer uma viagem romântica com Henrique.

Nossa vida era agradável, mas quando a rotina se encaixa no dia a dia, acabamos deixando de lado todo o fogo que tinha lá no início.

Não, o amor que sinto por meu marido não tinha diminuído, muito pelo contrário. Henrique continua sendo a última pessoa que penso antes de dormir e a primeira ao acordar, mas... Tenho estado tão cansada.

Por conta disso, meu querido esposo resolveu fazer uma mega surpresa. Contratou um motorista particular, para que pudesse me levar em um cais, para que fosse em um pequeno Iate até sabe se lá onde.

Aquilo era excitante, mas admito que só queria dormir. Para ser sincera, cochilei todo percurso! Só percebi que havíamos chegado quando uma senhora, aparentemente governanta de um hotel, me acordou.

Fiquei muito confusa, porque estávamos na porra do meio do nada. Da onde aquela mulher apareceu? Era uma seria? Eu em!

- Boa tarde, senhora Macedo! Poderia me acompanhar? - pergunta, sorridente.

Encaro sobre seus ombros e fico perplexa. Estávamos no meio do mar, parados em frente a uma plataforma. Não fiz questão de perguntar, apenas assenti e a acompanhei até o grande quadrado no meio do nada.

Eis que a amigável senhora me surpreende e, quando chegamos próximo ao que parecia uma pseudo entrada, ela aperta com o pé um botão e portas se abrem mostrando uma grande escadaria.

Observo tudo aquilo boquiaberta, porque jamais me imaginei visitando um lugar desse tipo.

- Preparada, senhora Macedo? - pergunta, pedindo para que a seguisse.

- ah... acho que sim, senhora..?

- Anália. Me chamo Anália! - sorri - Pode ficar tranquila, minha querida. O local é super seguro, e seu marido alugou todo o prédio apenas para vocês dois.

- Prédio? Como assi..

Antes que pudesse concluir a pergunta, chegamos no fim da escada, que levava a um elevador, para que pudéssemos descer mais ainda. Foi então que olhei ao redor e entendi o que era aquilo. Estávamos em uma espécie de hotel subterrâneo dentro do mar. As paredes eram de vidro, e o local muito bem iluminado.

Podíamos observar a vida marinha de perto, e o som... Ah, aquele barulho sereno era como um calmante natural. Além disso, a decoração do lugar era azul e branca. Tudo muito sintonizado, sempre levando para o lado do romance.

Inicialmente, Anália me guiou até o elevador, e depois fomos até o quarto que Henrique havia escolhido para que passássemos a noite.

Assim que chegamos, ela me encara e sorri.

- Bom, senhora Macedo... Aqui é minha parada final. Espero que tenham uma tarde e noite romântica. Qualquer coisa que precisar, é só ligar para a recepção.

- Obrigada, minha querida! - sorrio amigavelmente, e ela dá de costas.

Sinto borboletas no estômago ao tocar na maçaneta. Meu Deus, a beleza daquele lugar era surreal! Será que tinha como Henrique me surpreender mais ainda?

Abro a porta e encontro o local quase todo escuro, com apenas uma luz baixa azulada na cama redonda.

A claridade vai aumentando de acordo com meus passos, e quando percebo, a cama está tomada por pétalas vermelhas. Sinto uma lágrima querendo escorrer, mas antes disso, uma música surge vagarosamente. "Te amo desgraça" .

Um sorriso largo preenche meu rosto, e antes que pudesse ter qualquer tipo de reação a altura, a luz se acende e Henrique aparece completamente nu sentado em cima de uma bancada de mármore que ficava no canto do quarto, próximo ao banheiro.

- Isso foi... - tento buscar palavras, mas ele me interrompe ao perceber minha emoção.

- Impressionante? - pergunta, vindo em minha direção - Amora, eu sei que nossa vida é corrida... Temos uma filha, você está a frente do jurídico da empresa e eu tenho meus projetos... Mas sinto sua falta.

- Ah, meu amor - ando em sua direção e paro poucos centímetros de distância, encarando seus olhos cor de esmeralda - eu também sinto sua falta.

- Eu te amo com toda minha alma, Amora. Tenha sempre noção disso, está bem? Desculpe se pareço distante às vezes... essa realmente não é a intenção - ele desce e cola seu corpo no meu. Logo sinto sua ereção, e arrepios alcançam minha nuca no mesmo instante.

- Não precisa pedir desculpas - cochicho em seu ouvido -, a vida é corrida. Independente disso, sempre serei sua, e sei que sempre será meu. Para sempre - sorrio e olho do fundo dos seus olhos.

Ele não responde com palavras, mas puxa meu rosto pela nuca em direção ao seu e beija meus lábios com tanta vontade que, quando percebo, já estou com as pernas entrelaçadas em sua cintura.

Henrique sempre teve esse efeito sob mim. Perco a razão e fico completamente desnorteada. A realidade é que ninguém nunca me deixou tão excitada quanto aquele homem.

Nossas línguas se entrelaçam em um abraço intenso, e ele me leva até a cama, onde me coloca calmamente e rasga meu vestido. Dou um sorriso malicioso como resposta e ele já entende perfeitamente o que deve fazer em seguida.

Vagarosamente vai percorrendo meus seios com uma das mãos enquanto coloca dois dedos na minha boca. Só o fato de me tocar daquela forma já arrancava rugidos de meu marido, o que me deixava extremamente molhada.

Ele percebe meu estado após suas provocações em meus mamilos e decide percorrer minha barriga com a língua até chegar em minha intimidade. Henrique puxa a calcinha rendada para o lado e penetra dos dedos que antes me calavam, enquanto acaricia meu clitóris com a língua.

Pouco tempo depois já estava me contorcendo. Seus movimentos eram minimamente ensaiados. Perfeitos. Senti o ápice me alcançar com tanta voracidade que soltei gritos e gemidos, enquanto meu corpo vibrava.

Pelo que parece, meu marido havia criado fetiche em rasgar minhas roupas, porque mais uma vez fez isso, só que com minha calcinha. Até pensei em reclamar, pois gostava da peça, mas o momento estava mágico demais para isso.

Ele coloca seu corpo sobre o meu e estoca com tanta vontade que dava para ver o tesão em seu olhar. Henrique não demorou para gozar, e, para minha felicidade, também não.

Matamos o que nos matava. Transamos na cama, chão, parede e banheiro. Ah, e na cama de novo. Estávamos exaustos, mas era tão bom sentir o corpo dele tão próximo ao meu.

Henrique era quente como brasa, e talvez seja por isso que nosso relacionamento dê tão certo. É como se nossas chamas se unissem, formando uma só.

Depois de três horas de puro envolvimento, ele se joga ao meu lado naquele colchão maravilhoso e sorri, intensamente.

- Amora, eu te amo tanto que chega doer.

- Henrique - viro meu corpo em sua direção - você é tudo que sempre quis. Obrigada por existir.

Percebo uma lágrima escorrendo pela bochecha do meu homem e sorrio mais ainda.

- Sou a mulher mais sortuda do mundo!

- E eu o homem! - ele beija minha bochecha, virando-se para o outro lado, para que pudesse ficar na concha menor.

Aquele foi o melhor cochilo que tive em anos.

Doce como Amora ✔️Onde as histórias ganham vida. Descobre agora