13 - Está atrasada, Amora

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AMORA

Eu jamais imaginaria que aquela noite seria tão intensa. Para ser sincera, não acreditava que Henrique sentia tanto desejo por mim, afinal, com toda a sua experiência, várias mulheres melhores que eu já passaram por sua vida.

Está certo que meu diferencial está em ser território proibido, mas sem dúvidas aquilo foi surreal. Já tinha me relacionado algumas vezes com Lucas, e acredito que o sexo tenha sido bom, mas nada se compara ao que Henrique me proporcionou. Seu corpo encaixava no meu, feito quebra-cabeças.

Por mais que estivesse em êxtase, precisava aceitar que aquela madrugada foi dose única. A transa foi de outro mundo, mas não valia a pena continuar com aquele joguinho agora que havia conquistado o prêmio principal.

Foi complicado, mas consegui me convencer a deixar a ideia de tê-lo novamente de lado. Os pensamentos vagavam em minha mente enquanto a água quente do chuveiro escorria cada parte de meu corpo.

Era como se ainda pudesse sentir seus toques e lábios escorregando por meu pescoço. Meu corpo arrepiava a cada memória sexual que vinha em minha mente.

Depois do banho, fiz rapidamente um coque trançado no cabelo, vesti o primeiro terninho que tinha em uma das caixas e saí em disparada. Enquanto observava o caminho pela janela do táxi, apenas pensava em como necessitava de mais uma noite como aquela. Até que cheguei a uma ótima conclusão: Já que não seria com Henrique, tentaria com outro..., ou outros. Pode demorar o tempo que for, mas em algum momento encontraria outra peça que se encaixasse tão bem quanto no meu quebra-cabeças.

Entrei no elevador e dei de cara com Roger. Observei seu corpo de cima a baixo enquanto o bonito não tirava os olhos do telefone. Foi então que um estalo veio em minha mente: seria ele. Aquilo era tão óbvio que chegava a ser engraçado.

O rapaz havia demonstrando interesse em mim desde o primeiro momento em que nos falamos, portanto, acredito que não seria difícil seduzi-lo. Por mais que precisasse de descanso, o chamaria no mesmo dia para meu novo apartamento, com a desculpa de que precisava de ajuda para montar o armário. Sem dúvidas poderia fazer aquilo sozinha, mas seria muito mais divertido tê-lo ali.

Roger estava tão concentrado no que estava fazendo que sequer percebeu minha presença. Não aguentei o silêncio e, depois de um tempo, resolvi chamar sua atenção.

— Rapaz, o negócio está tão bom aí que nem percebeu minha presença! — sorrio, tocando seu ombro.

Ele arregala os olhos e cai na gargalhada, o que me deixa um pouco perdida. Não conseguia entender o motivo de tanta graça.

— O que está acontecendo? — confusa.

— Se eu te contar, você não acredita!

— Só vamos saber se você resolver falar, não acha? — debocho, me divertindo com suas reações.

— Estava falando sobre você com uma amiga — sorri, coçando a nuca.

Por essa eu realmente não esperava.

— Coisas boas? Se sim, está tudo bem.

— Coisas ótimas! — sorri, maliciosamente — Inclusive, estava querendo te chamar para sair. Topa?

— Tenho uma ideia melhor... — sorrio — estou precisando montar um armário no meu apê novo, então, que tal você dar uma passada lá depois do trabalho para me dar essa forcinha?

— Essa proposta é muito convidativa — dá um sorriso largo.

— E podemos beber um vinhozinho enquanto isso, o que acha? — mordisco o lábio inferior, o que traz um leve rubor às suas bochechas com sardas.

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