7 - O que Amora estava fazendo no seu quarto, Henrique?

5.4K 430 146
                                    

AMORA

Assim que entro no quarto, observo Henrique sem camisa deitado na cama. Não imaginava que, além das tatuagens espalhadas pelo braço, o homem também tinha algumas espalhadas pelo peitoral.

O lugar tinha a parede bege e uma cortina café com leite. Alguns quadros também estavam espalhados por ali, além de uma mesa preenchida por um notebook e vários documentos meticulosamente organizados.

- Fica de boa. A brincadeira já perdeu a graça - digo, enquanto ando em direção ao banheiro. - A água quente de lá acabou. Espero que não se importe que tome banho aqui.

O homem me encara e revira os olhos.

- Depois de hoje, você nunca mais vai dormir aqui - cruza os braços, olhando para o teto. As rugas de estresse em sua testa apenas faziam com que voltasse a me divertir com a situação.

- Agora que meu pai está hospedado aqui, você terá que lidar mais frequentemente com a minha presença - digo, recostada na parede.

- Então colocarei ele para fora também - dá um sorriso.

- Até que isso seria positivo. - abro a porta - Seria bom saber que meu pai se afastaria da sua má influência. Em menos de uma noite aqui, já saiu com o primeiro rabo de saia que viu - entro e bato a porta com força.

- Teu pai tem idade o suficiente para agir sozinho, não acha? - grita, para que eu pudesse ouvir.

- Vai se foder! - Grito e ligo o chuveiro em seguida.

HENRIQUE

Respiro fundo, impaciente. Era foda ter que ouvir que que motivava Igor a ser daquele jeito. Que culpa tenho dele ser um tremendo pau no cu? Sou interrompido de meus devaneios quando ela sai do banheiro com uma calça de moletom e sutiã rendado.

- Garota, o que você pretende agindo dessa forma? - levanto-me e paro em sua direção.

- Tá na defensiva? Eu, em! Deixei minha blusa cair! - se abaixa e pega a blusa preta ao lado da cama.

- Duvido que tenha vindo aqui assim - aponto para o sutiã - só para pegar a blusa. Amora, tá difícil.

Ela ri e se aproxima ainda mais de mim.

- Me fale mais sobre isso - sorri, me olhando maliciosamente.

- ISSO! - aponto para seu corpo quase colado ao meu - Você acha que sou de ferro? Garota, pelo amor de Deus! Para com isso! Você é filha de um dos meus melhores amigos!

Ela de aproxima mais ainda, dá um selinho nos meus lábios e sorri novamente. Por um momento fico sem reação, completamente surpreendido por sua atitude.

- E é exatamente isso que me instiga ainda mais ao fato de experimentar o gosto dessa sua boca.

- Amora, vai colocar essa roupa, antes que eu acabe fazendo algo que me arrependa amanhã.

Ela me dá outro selinho, só que mais demorado, fazendo com que eu precise segurar fortemente o impulso de agarra-la e jogar contra a cama.

- Você é resistente - passa a a língua nos dentes, sorrindo - mas uma hora consigo - joga os braços contra meu pescoço, da um beijo no canto da minha boca e volta ao banheiro.

Sinto um volume subir na cueca, o que era perigoso. Pedi a Deus que, quando saísse, não fizesse nada do tipo novamente, pois sei que iria ceder ao desejo que suas provocações me causavam.

Após alguns minutos, a garota saiu em silêncio, e mais importante que isso: completamente vestida. Dei graças a Deus por finalmente ter caído em si e parado de brincar com o fogo. Mesmo a evitando a todo custo, uma hora acabaria cedendo às suas investidas. Lamento admitir que por mais que tente, a carne era fraca.

Doce como Amora ✔️Onde as histórias ganham vida. Descobre agora