vinte e sete | aithne

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A I T H N E

Como não tivemos um jantar na casa de Saskia, agora estávamos sentados na enorme sala de jantar do castelo. Cercados por um silêncio ensurdecedor. Com uma mesa nos separando.

Myra e Silas estavam fora, como sempre. Restando apenas eu, Kyros, e Tenebris — que estava deitado em meus pés como de costume — na casa.

Kyros e eu estávamos apenas assistindo enquanto o silêncio se estendia entre nós. Nenhuma palavra foi falada após sairmos do alojamento. Nenhuma palavra foi falada quando chegamos a casa. E nenhuma palavra foi falada quando nos sentamos à mesa de jantar.

A tensão parecia se estender a cada minuto que passava.

Mas eu não saberia dizer se era uma tensão de ressentimento, ou uma tensão sexual.

Eu apostava na última opção.

Não tinha conhecimento se existia algum tipo cio de lobisomens, mas se isso fosse algo real, eu com certeza estava em um nesse momento.

Pela maneira como meu centro se apertava com cada movimento e eu estava cruzando minhas pernas com uma pressão incrível, eu explodiria em no mínimo uma hora.

No alojamento, quando resmunguei odiar Kyros, meu corpo passou a pegar fogo com o olhar que ele me lançou. E seu corpo estava tão fodidamente perto do meu.

As palavras que saíram da minha boca foram exatamente "Eu te odeio". Porém, na minha cabeça e em meu corpo eu estava sentindo o extremo oposto disso.

Eu precisava de um orgasmo.

Urgentemente.

Me levanto da cadeira de súbito. Os pés de madeira raspam no chão, atraindo a atenção de Kyros do outro lado da mesa.

Tenebris olha em minha direção com o que parece ser uma careta. Se ele pudesse falar, tenho certeza que estaria me xingando agora.

— Certo, desculpe por isso. — Resmungo para o cão do inferno.

Ele solta um bufo, balançando a cabeça enquanto sai da sala.

Pego a taça com sangue da mesa, virando todo conteúdo na minha boca.

Quando ergo a cabeça, encontro os olhos de Kyros ainda em mim. Suas íris estavam carregadas de tesão. Um olhar quente e rígido que me fez suspirar por dentro.

— Pelos deuses. — Murmurei o mais baixo possível.

Ergui uma sobrancelha de forma zombeteira para ele, na esperança de que isso aliviasse a suspeita.

Kyros cerrou os olhos.

Fechando a porta do quarto atrás de mim, respirei fundo já tirando minha roupa e jogando pelo chão enquanto caminhava para o banheiro.

Mesmo com uma distância de quartos entre mim e Kyros, meu corpo continuava quente e febril.

Abri o chuveiro e deixei a água gelada cair sobre mim.

As gotas frias caiam em meu rosto, mas ao escorrer por minha pele, a água já estava aquecida no fim do caminho.

Deixei minhas mãos correrem pela barriga, passando pelos seios e acariciando o pequeno monte rosado eriçado. Minha cabeça caiu para trás com o simples toque.

— Oh, sim! — Suspirei com um gemido.

Isso sentia muito bem.

Apertei um dos seios, meu corpo inteiro implorando por mais.

StygianOnde as histórias ganham vida. Descobre agora