Um colar mágico, disfarces, um romance de vilões, inimigos em comum...
Eu tenho um plano para seguir, um legado para cumprir.
O colar perdido da família é o que preciso para ter o controle.
Se eu precisar usar disfarces e me forçar a ter paciência...
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Abri a porta com um suspiro animado. Empurrando a mala de rodinhas para dentro do quarto enquanto fechava a porta atrás de mim. Larguei a bolsa e a mala de lado, alongando meus músculos cansados de passar tanto tempo dentro de um carro.
Olhei em volta, fazendo uma breve inspeção do grande quarto. Um pouco de influência aqui e ali e, pronto, tenho uma grande suíte própria. A cama espaçosa estava encostada na parede ao lado, com mesinhas em ambos os lados, e um lustre requintado pendurado no teto como se o quarto fosse digno de uma princesa. Olhei para a frente, me deparando com uma grande janela, que pegava desde o chão do quarto até o teto.
Me aproximei do vidro. Com as cortinas abertas, a janela mostrava uma bela vista do pátio da academia. Grama verde bem aparada cobria o lugar, as árvores que pareciam consumir todo o lugar ao redor de Kolthdrys eram espalhadas pela volta do pátio, deixando o grande círculo com luzes e mesas livres da mata.
Provavelmente permitiam que os lobisomens se transformassem na floresta, portanto que não atacassem os outros estudantes.
Deixei as cortinas abertas, querendo observar essa vista por um tempo antes de ir para a cama.
Peguei uma roupa na mala, indo para o banheiro extremamente elegante em seguida. Me despi com agilidade, entrando embaixo da correnteza de água aquecida e relaxando quase na mesma hora. Com minhas mãos nos ombros, abri os olhos de repente. O colar realmente estava ali. Quase podia sentir o poder da joia a chamando, fazendo o sangue em suas veias correr em um ritmo frenético. Estava tão perto.
Involuntariamente, minha mente vai para outra coisa que também está perto. Kyros Riversky. Como uma obra do destino, o homem havia se instalado no quarto ao lado do dela. Eu não o conhecia, nem mesmo um pouco, mas não podia negar que havia algo ali, algo estranho e completamente desconhecido. Algo que parecia me puxar para perto dele. Sentia como se houvesse uma mão invisível dentro de si, uma mão que eu nunca soube da existência antes. Mas nesse momento, essa mão estava estendida para uma direção, como se esperasse conseguir agarrar algo, isso se pudesse se esforçar um pouco mais.
Grunhi em frustração, abandonando esse pensamentos ridículos e terminando o banho para enfim desligar o chuveiro.
Coloquei minha roupa, saindo do quarto em silêncio. Quando fechei a porta, não consegui reprimir o desejo de olhar para a porta ao lado. Fitei a madeira escura fechada por uns segundos antes de seguir meu caminho pelo corredor vazio.
☾ ⚜ ☽
Alguns dos corredores eram repletos de quadros. Alguns deles de pessoas importantes, tanto do mundo sobrenatural quanto o humano, e outros quadros retratavam histórias passadas. Percorri os lugares sem rumo, observando algumas pessoas desconhecidas nas telas, cruzando com alguns alunos apressados para voltarem aos dormitórios, outros indo para o refeitório.
