doze | aithne

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Em um momento eu estava na sala de artefatos da academia Kolthdrys, e no outro uma fumaça escura me cobriu, me deixando desnorteada

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Em um momento eu estava na sala de artefatos da academia Kolthdrys, e no outro uma fumaça escura me cobriu, me deixando desnorteada.

Pisquei para me acostumar com a luz do lugar.

Olhei em volta rápido, notando que agora estava em uma sala que parecia pertencer a um castelo. Um tapete caro cobria o chão perto de uma lareira que estava crepitando e nos esquentando. Quadros de pintores famosos decoravam as paredes. E mesmo para um castelo, tinha uma televisão de tela plana do outro lado da sala, um computador parado em cima da mesa, entre outras coisas.

A presença de Kyros na sala não me passou despercebido.

O homem estava não tão longe de mim. Ergui minha mão com a palma para cima, e observei enquanto o corpo do homem foi jogado contra a parede mais próxima, se elevando do chão e parando como um boneco de pano, preso no centro da madeira.

— Você sabe que estou deixando-a fazer isso comigo, não é? — Disse com um sorriso irritante, não se deixando abalar nem um pouco.

— E você sabe que eu poderia te queimar vivo sem nem piscar, certo?

— Seu fogo não se compara com o do lugar de onde venho, querida.

Ficamos nos encarando em silêncio novamente. Kyros com seu sorriso de merda. E eu com a mandíbula apertada o olhando com raiva. Grunhi com seu descaso da situação.

— Onde estamos, e que lugar é esse?

Com a mão ainda no ar, fechei lentamente meus dedos em um arco, como se estivesse segurando seu pescoço. Kyros levou uma das mãos ao pescoço, me olhando surpreso antes de cerrar os olhos com certa raiva e passar o punho no ar em uma linha.

Seu corpo voltou para o chão.

Kyros passou a mão pela blusa, alisando um amassado invisível ali. Quando ele ergueu a cabeça, seus olhos estavam fervendo enquanto me fitavam como se ele quisesse me esganar com as próprias mãos. Isso me fez lhe dar um sorriso zombeteiro.

O desgraçado havia se livrado de minha magia como se não fosse nada.

Uma outra presença apareceu em meu radar. Vampiro. A pessoa corria com uma velocidade sobrenatural em minha direção, provavelmente esperando me prender. Quando o corpo chegou ao meu alcance, segurei o pescoço da pessoa com força, girando seu corpo com velocidade no ar, derrubando-a no chão após o giro, a prendendo embaixo de mim. Com um joelho apoiado no chão, segurei o vampiro no chão, mostrando minhas próprias presas em sinal de ameaça para ele.

Meus cabelos caíram em meus lados, fazendo uma cortina branca ao meu redor. Olhei para a pessoa que prendia. Um homem. Recolhi minhas presas. O homem, vampiro, me olhava com uma carranca. Ele com certeza não esperava ser derrubado por mim quando entrou na sala.

— Uou!

Virei minha cabeça para a nova pessoa que entrava na sala. Uma mulher de pele negra passou pela porta e se sentou em um sofá próximo. Seus passos soavam tão silenciosos como uma pena sendo deslizada sobre o piso. Ela estava relaxada em seu lugar, vestindo um short que mostrava as belas pernas longas, o grande moletom quase chegava aos joelhos, mas isso não parecia incomodá-la.

StygianWhere stories live. Discover now