9 CAPÍTULO

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                           Deco

Sai da casa da enfermeira puto, doido pra descontar a raiva em alguém, meu celular tocou e era a dayana, foi nela mesmo, busquei ela em casa e levei pro casarão, foi só botadão firme, sem pena nenhuma, até ela pedir pra parar, depois ainda ficou me tonteando, pedindo pra levar ela no trabalho, e foi a pior coisa que eu fiz, dei de cara com a enfermeira, fingi que nem vi, qualquer coisa invento um k.o bolado, levo ela no papo rapidinho, mas sei que com essa ali não vai ser fácil.

Piei na casa da minha mãe,e não tinha ninguém, então fui até a padaria que era onde ela esta provavelmente, confirmei assim que cheguei, entrei já pisquei pra novinha do caixa, que ficou toda sorridente, ja tentei ir ali mas minha coroa imbaçou o bagulho, depois quando parei pra pensar foi melhor assim mesma, a mina é novinha , novinha só da dor de cabeça!

Marcia: lembrou que tem mãe é.- veio toda seria pro meu lado, dei um beijo no gosta da mesma e abracei.

Deco: pô, tô cheio de fome.- ela me olhou como se não estivesse surpresa.

Marcia: só me procura quando tá com fome né.- fez seu drama básico.

Deco: tá carente dona Marcia?- me sentei no banco que tinha ali.

Marcia: vou te mostrar minha carencia jaja.- me tacou o pano que estava em suas mãos, ela suas manias.

Deco: cadê, queria aquele pão lá, com doce de leite.- um dos melhores que tem aqui na favela é esse pão da dona Marcia.

Marcia: tá achando que sou sua empregada? Levanta e pega não pra tu ver.- se sentou do meu lado.

Deco: tu já me amou mais em.- me levantei e fui até o balcão onde tinha os pães, passei quase que encostando na novinha que se arrepiou toda.

Marcia: oh deco pode parando de graça em, deixa a menina trabalhar em paz.-comecei a rir.- e você Samanta, não dá confiança pra esse descarado não.- a menina ficou vermelha.

Samanta: me desculpa, dona Marcia.- a cara que ela estava fazendo era engraçada, não me segurei é comecei a rir, o que fez ela ficar com mais vergonha ainda.

Deco: ih fica suave pô, essa veia é maluca.- falei olhando pra Samanta, que nem me olhou de volta.

Marcia: veia é tua mãe.- falou assim que voltei pro meu lugar comendo, e me bateu.

Deco: ue, e você é o que minha.- mais um motivo pra ela me bater.

Marcia: ai tu é chato pra cacete em, não sei como te aguento. 

Fiquei ali mais um tempo com ela até ela fechar a padaria,de vez em quando ela costuma fechar tardão mesmo. Depois, fui pra boca a pé mesmo, quando eu cheguei geral tava com uma cara estranha, todos sérios.

Dimenor: o patrão mandou agilizar o próximo assalto, mandou essas coordenadas.- me deu um papel cheio de anotação.- e falou que é pra tu ficar no comando pô.

Deco: outro assim já? E o do mês passado pô, nos quase se fodeu, não da pra fazer outro assim não.- coçei a cabeça.

Bicudo: pois é pô, falei a merma coisa,  só que não tem pra onde correr não.

Deco: e tu Playboy, acha o que disso?

Playboy: acho nada não po, se o patrão falou, tá falando!- concordei, Playboy é maneiro pô, fortalece legal, o único problema é puxar muito o saco do patrão.

Playboy saiu da boca todo estranho, tava caladão pô, nem entendi.

Bicudo: tá estranho demais essa parada aí, tu não acha não.- falou me olhando, só concordei com a cabeca e ficamos em silêncio.

Dimenor: ai, só pra descontrair, tá sabendo que o bicudo da de casal? quese assumindo pô.- o bicudo negou.

Bicudo: porra tu é fofoqueirão em moleque, cala a boca.- deu um pescotapa no mesmo.

Dimenor: ih qual foi, vai negar pô, tá sendo visto.- falou rindo.- tá cheio de gracinha com a Bruna, lá do postinho.

Deco: a amiga da enfermeira?- eles concordaram.- mo gatinha mermo.

Bicudo: ih, pode tirar o olho em filho da puta.

Deco: se liga pô, meu papo é outro.

Dimenor: teu papo é a Gabriella né, se liga que aquela ali não é brincadeira não em.- concordei até porque e verdade né.- ainda tem aquela outra la que vive no teu pé

Deco: a dayana, to ligado po, dei mole hoje e deixei a enfermeira ver a gente juntos, pelo menos eu acho que ela viu né.

Bicudo: que dayana, o que po é Daniella, e elas as vezes andam juntas, tu tá ligado né.- concordei coçando a cabeca.- acho que teu papo com enfermeira não vai pra frente nao.

Dimenor: também acho que não, pelo que eu conheço da Gabriella ela é toda certinha, não vai entrar nessa furada não.- já bolei, tô dando muita confiança já pra esses.

Deco: ih, chega, chega já estão se metendo muito na minha vida, melhor parar por aqui.

Dimenor: não aguentou a verdade né, tu sabe pô que ela não vai entrar numa contigo sabendo como tu é, ou tu sossega, ou tu passa pra outro.- ta vendo, to nem entendendo legal esses papos.

Deco: dimenor cala tua bola que é melhor, e vai trabalhar, ja esta falando demais pro meu gosto.- saiu rindo e foi fazendo a ronda do morro, bicudo so ficou rindo e eu olhei feio pra ele.

Esses menor gosta se muita marolinha, não pode dar confiança não po, dei até demais, deu nisso aí, palpitando na minha vida, vê se pode, eles não me conhecem mesmo, neguei com a cabeca e guardri o papel no bolso, indo em direção a minha casa, para estudar mais sobre esse assalto que ainda não me desceu, esse bagulho tá muito estranho, nunca teve um assalto atrás do outro assim pô.

REFERÊNCIA .1 (CONCLUÍDO)Where stories live. Discover now