7 CAPÍTULO

8.3K 519 98
                                    

Gabriella

Eu esperava tudo, menos essa do deco, e realmente fui na inocência achando que tinha acontecido algo, bobinha demais. Vou confessar que não tinha parado para reparar ele como hoje, filho da mãe é bonito pra caramba, cheiroso demais. Voltei pra onde eu estava com a s meninas e só achei a Daniella lá com maior cara de cu.

Gabriella: cadê a Bruna, e que cara é essa?

Daniella: Bruna já foi atrás de um bofe aí, da firma, vocês duas não tem vergonha na cara né.- fingi que não escutei.

Gabriella: é oque? repete que eu não escutei.- falei de frente pra ela enquanto enchia meu copo.

Antes dela falar, o garoto chegou colocando dois baldes de Heineken na mesa, de primeira nem entendi real, olhei pra ele é cruzei os braços.

xxx: o patrão mandou encosta esses baldes aqui pra tu, enfermeira.- pensei em recusar, mas eu seria boba demais, aturei ele a semana toda em troca de nada, por que nem molhar minha mão como o dimenor falou, molharam, mas eu nem cobrei nada também né.

Gabriella: tá bom.- sorri pra ele, que fez cole com o dedo e saiu, Daniella ficou me olhando com uma cara estranha.- o que foi Daniella?

Daniella: não tô acreditando nisso, tá aceitando coisa de bandido mesmo Gabi, tu não era assim não cara.- fiz uma cara de tédio pra ela.- tá parecendo até essas piranhas aqui do morro...- nem deixei ela terminar de falar.

Gabriella: a para né Daniella.- respirei fundo e comecei a sair de perto dela.

Daniella: vai pra onde, vai me deixar aqui sozinha mesmo?- segurou no meu braço.

Gabriella: deu para tomar conta da porra da minha vida agora?- a mesma me olhou sem graça e me soltou.

Foi maior luta pra chegar o banheiro, e quando eu cheguei caju pra baixo subiu no palco, quase chorei, que ódio queria tá lá no meu lugarzinho de boa, mas preferi sair de lá para não discutir com a Daniella, retoquei o batom, sai do banheiro, assim que pisei do lado de fora senti meu braço sendo puxado, já olhei com ódio preparada para xingar, mas aí vi quem era né, só podia.

Deco: nossa conversa ainda não acabou.

Gabriella: quando foi que começou mesmo, que eu não me lembro.- olhei em seus olhos, que estavam vermelhos a beça e quase "fechados"

Deco: tu gosta de brincar com a cara de vagabundo né.- soltou meu braço e eu ri.

Gabriella: deco desiste, não vai rolar nada entre nós.- quando eu ia me virar para sair o mesmo agarrou em minha cintura e colou meu corpo no dele.

Deco: tem certeza?- nossos rostos estavam tão próximos que quando percebi isso, virei o rosto e soltei um ar que eu não tinha noção, que estava preso, deco passou a mão pela minha nuca me deixando toda arrepiada com um simples toque.

Gabriella: não faz isso, eu já falei que não quero!- uma completa mentira, queria e queria MUITO, só que tenho certeza que não vai dar bom pra mim.- me solta.- coloquei a mão em seu peito, mas tu me ouviu, porque ele não.

Deco: para de gracinha pô, eu sei que tu quer o tanto quando eu, vai ficar fazendo doce?- por um segundo me peguei olhando pra sua boca e doidinha para que estivesse junto a minha, mas logo voltei a realidade.

Gabriella: eu não quero, você não escutou?-falei mais pra mim do que pra ele, que me soltou fazendo cara feia.

Deco: some, some da minha frente então.

Gabriella: feri seu ego bofe?- chamei de "bofe" para provocar mesmo.- vai me dizer que nunca levou um não?

Deco: ai enfermeira, na moral tu acaba com toda a minha paciência, e ainda fica nessa de "feri seu ego.- me imitou boladão.- feriu meu ego é um caralho, mas é contigo mesmo pô.- me deu as costas e eu comecei a rir, voltei pro meu cantinho e a Bruna estava voltando no mesmo momento.

A pilantra estava com o batom todo borrado, ainda veio tentando se limpar, o que piorou mais a situação dela pelo batom ser vermelho, tirei um lenço da bolsa que estava em cima da mesa é dei pra ela.

Gabriella: depois quero saber de tudo sua safada.- a mesma riu pra mim, já a dani continuou no mesmo lugar em que estava quando eu saí, só que agora com a fuça no celular.

Caju pra baixo começou a cantar uma música, que eu até me emocionei, comecei a cantar juntinho, e por um momento me peguei lembrando do deco (???), arere, Deus que me proteja!

Bruna: pode parecer bobagem, um impulso infantil
Meu amor não é chantagem
Mas você me seduziu
Te proponho amor um trato
Que tal se render
Eu te dou o seu retrato
Mas quero você.

Ficamos ali descendo gelo, até o show acabar, quando vi já estava quase amanhecendo, Daniella já tinha sumido, só estava eu e Bruna mesmo.

Gabriella: amiga vamos?- a mesma tirou a cara do celular e me olhou.

Bruna: amiga é que eu não vou pra casa.- me olhou meia sem graça.

Gabriella: tudo bem, mas tu vai pra onde safada?- nem deu tempo da mesma responde, o bicudo chegou abraçando a mesma por trás.

Bicudo: vai ali comigo pô.- falou fazendo ela sorri.

Bruna: mas a gente te leva lá, né?- olhou pro bicudo que negou.

Bicudo: eu não, tem pernas não?- falou brincando, e a Bruna beliscou ele.- ai garota, oh tá maluca.

Gabriella: tá tranquilo gente, não precisa, ninguém vai mecher comigo não.

Bruna: vamos si...- bicudo falou algo no ouvido dela que fez a mesma para de falar.- então tá amiga, a gente vai indo tá?- a mesma pegou sua bolsa e foi saindo com o bicudo, que riu, neguei com a cabeça e fui logo atrás deles, que subiram em uma moto e logo sumiram da minha vista, fui descendo a rua na maior tranquilidade, tinha uma movimentação ainda, só na parte de baixo que era mais deserto e eu fiquei com um pouco de medo, quanto mais quando vi um carro todo preto vir atrás de mim, me tremi todinha quando parou do meu lado, só que quando abaixou o vidro, confesso que me aliviei um pouco.

Deco: tá com medo é.- riu.- entra aí que vou te dar uma carona.- neguei com a cabeça.

Gabriella: tu é insistente em, melhor eu não entrar não, por que se não amanhã meu nome vai estar em todas as páginas de fofoca do morro.- ele riu.

Deco: a para de graça porra, entra logo, tem ninguém vendo não.- por um segundo pensei em recusar, mas eu estava cansada demais pra isso. Dei meia volta no carro, olhei pro lado, pro outro, não vi ninguém e entrei, o mesmo trancou o carro e fechou vidros. Como minha casa só ficava só 4 ruas a baixo da quadra chegamos rapidinho, ele estacionou o carro em frente, e eu fiquei esperando ele destrancar o mesmo.

Gabriella: abre logo deco.- olhei pra ele, que nem se moveu é continuou me olhando, confesso que estava com medo de cair na tentação, o mesmo umideceu os lábio e continuou me olhando, quando eu menos esperei ele já estava com a mão na minha nuca e nosso lábios quase grudado um, no outro, só neguei com a cabeca vendo que estava na beira do abismo.

Deco: para de resistir caralho.- pronto, foi o empurrãozinho que eu precisava para grudar meu lábio no dele, e porra por que não experimentei disso antes, que beijo gostoso, que pegada, puta que pariu.

Passei a mão pela nuca dele e dei uma arranhadinha de leve, o mesmo levou sua outra mão até minha coxa apertando, ali foi meu auge, me arrepiei por inteira, ele foi subindo cada vez mais sua mão, e eu desgruda nosso lábio.

Gabriella: chega.- peguei na mão dele e tirei da minha perna, fazendo o mesmo bufar.- abre logo essa porta.

O mesmo apertou o botão de destravar as portas e eu não pensei duas vezes antes de sair, entrei pra casa quase correndo e me perguntando, o que foi, que eu acabei de fazer (?)

REFERÊNCIA .1 (CONCLUÍDO)Where stories live. Discover now