24 - Porra, Henrique! É a Amora!

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No momento em que a estrofe principal da música começa a tocar, os dois homens de sunga se aproximam da garota. Passavam a mão por todo o seu corpo, e, por um breve momento, senti como se estivessem de aproveitando do momento. Eram toques e mais toques. Em um certo momento, o de cabelos castanhos chegou a tocar suas partes íntimas, o que claramente deixo a garota incomodada.

Ela afastou sua mão e continuou a dança, sem perder a postura e ignorando o que havia acabado de acontecer. A garota aparentava estar um pouco bêbada, mas consciente o suficiente para saber o que estava fazendo.

Assim que a frase "Não perco meu tempo mais" é cantada, a garota beija o homem que não havia exagerado em seus toques de uma forma extremamente sexual. Aquilo pareceu uma certa provocação para o outro, mas foda-se, não era problema meu. Rinha de dançarinos não era algo que me interessava. Respiro fundo e observo aquela troca caliente. Porra, que saudades de Amora.

A mulher se aproxima um pouco mais da borda do palco, dando mais detalhes de seu corpo malhado. Ela deita no chão e dá uns socos na madeira enquanto levantava a bunda de acordo com a batida da música.

Não podia mentir, assim como os outros homens, também estava hipnotizado com aqueles movimentos. Mas Lázaro me cutuca, interrompendo meus devaneios. Caralho, sério que ele queria perguntar se eu estava pegando Amora justamente no momento em que aquela deusa grega me proporcionava uma puta ereção? Meu Deus, imagina aquele corpo dançando daquela forma no meu colo?

- Caralho, Lázaro! Será que podemos conversar depois? - a mulher se levanta e vai desfilando até o outro homem, em quem dá um beijo invejável. Pelo visto, o toque indesejável não importava mais, o que é um alívio. Não gosto de ver homens se aproveitando de mulheres.

Ela largou o rapaz e começou a ameaçar arrancar a parte de cima da langerie. Puta que pariu, como eu queria estar ali.

- Henrique, olha pra mim!!! - tentava me puxar para perto da entrada do palco.

- O que, caralho! Me deixa ver! Porra, não é todo dia que vejo um show de uma gostosa dessas!

- Porra, você não percebeu?

- O que?! - finalmente olho meu amigo, que me encarava emburrado.

- Porra, Henrique! É a Amora! Vem comigo, temos que tirar ela dali, senão Igor vai surtar! Ela deve estar bêbada pra caralho! Meu Deus, isso não pode estar acontecendo.

Senti meu coração gelar. Meu Deus, como assim? Como não reconheci? Caralho, Amora! Puta que pariu!

Já que antes encarava apenas seu corpo, olhei mais atentamente seu rosto e percebi aqueles olhos azuis e lábios em formato de coração. Aquela garota estava querendo me matar, não é possível. Meu Deus, aquilo não poderia estar acontecendo. Não.

- Puta que pariu! Pelo amor de Deus, vamos! - respondo, sem me importar de transparecer algum tipo de sentimento.

Fomos rapidamente em direção aos camarins, que ficavam ao lado da entrada do palco. Eu e Lázaro entramos no meio do show, e, sem dar satisfações a ninguém, tampouco se importando com os olhares do público, pegamos a garota pelo braço e saímos. A plateia nos vaiou para um caralho, mas não ligamos.

Precisávamos tira-la dali.

AMORA

Depois de umas doses de bebida, meu lado desinibido veio à tona. Helena se encontrou com o boy que liberou nossa entrada de graça e Mahmoud, em menos de duas horas, me deu um perdido com um carinha ruivo. Amava meus amigos com todas as forças, mas me irritava com o fato de ser trocada facilmente por uma foda aleatória.

Doce como Amora ✔️Where stories live. Discover now