6 - ELA É FILHA DO IGOR

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Cruzo os braços e espero impacientemente o elevador chegar até meu andar. Precisava sair daquele local o mais rápido possível. Sinceramente, era inadmissível ser tratado por uma pirralha bêbada daquela forma. Não tenho culpa se seus pais não lhe educaram. Porra, que garota abusada e insuportável! Sério, como é possível agir daquela forma para impressionar alguém? Por Deus, aquilo não conseguia entrar na minha cabeça de jeito algum! Assim que alcança meu andar, entro no elevador transtornado. Não aguentava mais ficar naquele lugar.

Antes de apertar o número da garagem, sinto minha consciência pesar aos poucos e, por mais que também estivesse um pouco alcoolizado e extremamente puto por estar naquela situação, não conseguiria me perdoar se deixasse a garota naquele lugar.

Quando entro novamente no local, uma cena absurda está prestes a acontecer. Dois marmanjos que trabalham na empresa estavam levando Amora até o banheiro. Não sei por que ainda me surpreendo com a maldade do ser humano. O estado da garota era nítido!

Esqueço instantaneamente a raiva e a leve embriaguez que tomavam conta de meu corpo e os alcanço como um jato.

- Vocês estão malucos!? - pergunto, empurrando o mais alto para o lado.

- Qual foi, chefe? Estamos querendo nos divertir - sorri o homem que está agarrado ao corpo de Amora, que mal conseguia se manter de pé.

- Quais são os nomes de vocês mesmo? - pergunto, transtornado.

- Eu sou o Ítalo - diz o que foi empurrado - e ele é o Iuri - aponta para o amigo que sorri maliciosamente.

- Pois bem. Vocês estão demitidos - dou um sorriso amargo, tirando Amora dos braços de Iuri.

- Como assim? - pergunta Ítalo, desnorteado.

- Essa garota é a filha do Igor. E mesmo se não fosse! Isso é um absurdo!

- Tá de sacanagem? - pergunta Iuri, passando a mão pelo rosto.

- Para com isso, Henrique... Vem aproveitar com a gente. Ninguém vai saber - sorri Ítalo. O encaro e, sem pensar duas vezes, disparo um soco em seu rosto, enquanto segurava Amora pela cintura.

Todos pararam para observar o que estava acontecendo e, silenciosamente, jogo a garota sobre o ombro e saio dali.

- Henrique, para de ser estraga prazeres! - diz, debatendo-se enquanto a levo para o elevador.

- Você vai me agradecer depois - digo, sério.

- Me coloca no chão! Seu louco! - esbravejava, enquanto socava minhas costas e chutava minhas costas.

Quando enfim a porta se fecha, respiro fundo e coloco a garota no chão.

HENRIQUE

- O que você pensa que está fazendo? - pergunta, enquanto se olhava no espelho e ajeitava o cabelo.

- Isso sou eu que te pergunto, não acha? - irritado. O chilique daquela garota estava começando a me irritar.

- Estava indo curtir com aqueles dois rapazes - dá um sorriso e me encara com seus profundos olhos azuis - Já que Lucas não me quis, tem quem queira. No caso, tinham dois - Dá de ombros.

- Seu pai deve se orgulhar muito de você, em? - debocho.

- Ele não tem nada a ver com a minha vida sexual - arqueia uma das sobrancelhas.

- Sinceramente? Não me importo. Te tirei dali como tiraria qualquer outra mulher. Você não está em estado de tomar esse tipo de decisão - cruzo os braços.

- Você é um tédio, já te falaram? - pergunta, também de braços cruzados.

- Não me importo com a opinião de uma pirralha tão mimada como você.

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