• just go with it •

• everything was just right •

Enquanto ela observa o advogado tentar inutilmente se desvencilhar dos filhos para conseguir se arrumar, apelando para as cócegas – o que faz os três gargalharem – seu corpo entra num pequeno pane. Como se metade dela estivesse quentinha e impossivelmente feliz, e a outra metade gelasse e estivesse prestes a entrar em parafuso. Ela se sente muito, muito bem em saber que fez bem aos pequenos, principalmente diante da situação delicada e difícil que eles haviam passado, mas a afirmação de Tarantino sobre Alan... Ela se perguntava se era mesmo verdade. Se ela tinha mesmo esse poder todo ou se o cunhado estava apenas perturbando. Parte dela achava que, apesar do tom de zoação, o ginasta não ia brincar com algo desse tipo.

Mas outra parte estava assustada com a possibilidade de ele estar certo, e ela não fazia ideia do que pensar sobre isso.

Por esse motivo, ela decide enterrar aquela ideia no fundo de sua mente, junto aos seus questionamentos a Alexia. Ela não tinha uma resposta e, sendo sincera com ela mesma, nem tinha certeza se queria receber uma. Engolindo mais uma vez seus sentimentos confusos e sua curiosidade, ela se aproxima dos três e se prontifica a ficar com as crianças enquanto Alan se apronta.

Pelo menos a eles ela podia animar e fazer bem sem se preocupar com as implicações... possivelmente complicadas que os outros veriam nisso. Pelo menos eles dois não deixavam sua mente confusa e lhe traziam um pouco de paz – e era exatamente disso que ela estava precisando.

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Depois da programação cansativa do dia anterior, o plano para o terceiro dia de viagem era algo mais tranquilo, aproveitando as atividades do hotel e talvez fazendo alguma das excursões que eram oferecidas pelo mesmo. Após o café da manhã, o grupo havia seguido para a recepção para dar uma olhada nas opções de atividades.

"Olha, essa excursão de bike parece ser bem legal!" Bia sugere, folheando o flyer de anúncio. Alan imediatamente fica tenso, já sabendo o que viria a seguir.

"NÃO!" Mosquito grita, chateado, e Queen coloca a mão no braço do irmão na tentativa de acamá-lo. Kyra se ajoelha, provavelmente com o mesmo intuito, enquanto Bia murmura desculpas meio sem jeito, mas Tarantino é rápido em tranquiliza-la baixinho.

"Ta tudo bem, meu amor?" Kyra franze o cenho, preocupada, alternando olhares entre o garoto e Alan, que sente o coração apertar. Esse era um tópico mais que sensível.

"Ta" Mosquito parece mais tranquilo, apesar de manter o bico "mas esse não"

"Ta certo, a gente não precisa fazer esse, foi só uma sugestão da Bia. Se você não quer, tudo bem, ta?" Ele assente, e Kyra hesita por um momento, fazendo carinho nos pequenos bracinhos escuros. "Você quer me contar o porque disso?"

Ele faz que não com a cabeça, apreensivo, e Kyra sorri em solidariedade. "Tudo bem, você não precisa falar. Mas se quiser pode, ta bom?"

Mosquito parece hesitar, trocando olhares com Queen, e Alan resolve intervir, se ajoelhando ao lado da decoradora. "Pode falar, meu anjo" Ele encoraja, sorrindo de lado "A Kyra vai entender"

O pequeno suspira e olha pra baixo, sua voz soando muito mais frágil que o de costume. "É que... Eu não sei andar de bicicleta. A mamãe que ia me ensinar mas... " Ele não continua, nitidamente triste. Alan estava prestes a abraçar o filho, mas Kyra é mais rápida.

"Ô meu amor..." Ela diz com o garoto em seus braços, nitidamente mexida "Eu sinto muito por isso, de verdade"

Ele assente devagar quando ela o solta. "A Queen conseguiu aprender, mas eu quebrei o braço na primeira tentativa. Depois a mamãe fico doente e acabou não dando tempo..."