+𝑨𝒅𝒂𝒑𝒕𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐𝑩𝒆𝒂𝒖𝒂𝒏𝒚 | Permita-se envolver pelas imoralidades.
(Todos os créditos são da autora original, @AmandaYvina)
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Meu vestido de seda era belíssimo.
Um modelo original que eu havia ganhado de um estilista amigo da família. Até então eu nunca o havia usado, estava guardando para uma ocasião especial, mas aquela parecia ser a minha última ocasião especial.
Soltei os cabelos e passei um pouco de maquiagem, abusei do batom vermelho e tentei treinar meu melhor sorriso. Eu precisava parecer convincente. Pelo menos tentar.
Dei a volta pelo quarto e me questionei onde Bailey havia ido, já que quando sai do closet ele não estava mais, porém, minutos depois, a porta foi destrancada e ele entrou ajeitando o terno.
Quando me viu, paralisou.
— É tão bom sentir que as coisas estão voltando ao normal, não acha? — Indagou vindo até mim.
Seu perfume me dava enjôo, mas me contive.
— Acha que tudo ainda pode ser como antes?
Ele entrelaçou o braço no meu e apontou para a porta.
Caminhamos lado a lado.
—Acho que podemos fazer o nosso melhor. Além do mais, amanhã começará uma nova etapa em nossas vidas, Deusa.
Atravessamos pela porta e seguimos pelo corredor mal iluminado.
Quando passamos pela porta do quarto da Joalin notei que a luz estava acesa e me lembrei de ele ter dito que não havia mais ninguém na casa. Um calafrio percorreu minha espinha.
— Seu pescoço está ferido. — Comentei observando que havia um arranhão profundo escapando pela gola da camisa.
Bay negou com a cabeça e começamos a descer as escadas.
— As vezes eu me arranho sem querer, você sabe. Sou desastrado. Acontece.
Assenti mesmo sem acreditar.
Quando chegamos à sala de jantar, Bay me acomodou em uma das cadeiras e se debruçou sobre a mesa para acender as velas que estavam nos castiçais de ouro e depois se sentou; a luz estava fraca, mas mesmo na penumbra amarelada, eu conseguia reparar na frieza de seus gestos.
Ele não era o mesmo.
Havia sido substituído por um ser sem escrúpulos que provavelmente sempre viveu dentro dele, mas eu nunca vi. Estava cega pelas jóias e o dinheiro.
Segurei a faca com força e decidi que seria muito mais útil que a tesoura que eu havia deixado no quarto, porém eu precisava esperar o momento certo.
— Você mencionou algo sobre uma nova etapa...
Ele sorriu enquanto nos servia vinho.
— Sim, Deusa. Amanhã iremos para Nova York. Eu tenho alguns clientes por lá e acho que seria interessante passar uma temporada lá, não acha? Depois podemos ir até a Carolina do Norte, você sempre falava que tinha muita curiosidade em visitar o lugar onde mora o seu escritor favorito, lembra?