𝑪𝒂𝒑𝒊́𝒕𝒖𝒍𝒐 03

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Joalin era quase minha amiga

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Joalin era quase minha amiga.

Desde que fui morar com Bailey, eu soube que não me daria bem com sua família, mas com Joalin era diferente, até saíamos juntas e, às vezes, nos divertíamos. O problema era que ela sabia ser tão falsa quanto eu, a diferença era que raramente minha querida amiga conseguia controlar as merdas que dizia.

- Segurança gostoso, hein? Já pegou? - Perguntou enquanto entrávamos no shopping.

- Você continua com essas calúnias, né? Eu não traio o meu marido, Joalin.

Ela riu e esbarrou no meu braço, só pra provocar.

- Uhum... Só o meu primo pra acreditar nisso. Olha Any, nós duas sabemos que você é uma ninfomaníaca. - Deu de ombros. - Mas finge não ser.

Eu gostava quando ela dizia aquilo, muito embora não acreditasse.

Eu era apenas uma pessoa que gostava de sexo. Multo sexo. Bastante sexo.

Mas isso não fazia de mim uma ninfo.

- Suas calúnias quase me aborrecem. - Falei e olhei por cima do ombro.

Joshua vinha logo atrás de nós. Ele e o segurança da Joalin.

- Sonsa. - Bufou.

Entrelacei o braço no dela, puxando-a para mais perto.

- Você só fala isso porque é doida pra pegar o meu marido, mas ele não te quer. Por isso você inventa essas coisas de mim.

Sorri para um casal que passava e acenei para uma criancinha.

Eu sempre fui de bem com a vida, por isso as pessoas gostavam de mim.

Algumas pessoas, pelo menos.

- Você sempre soube que eu era afim dele. - Retrucou. - Mas infelizmente ele é cego por você. Às vezes eu acho que ele está enfeitiçado.

Eu tive que rir.

- O feitiço se chama sexo de qualidade. Já fez? Acho que está precisando, viu? Sua pele... Tá bem ruim.

Ela revirou os olhos, mas acabou rindo.

- Ridícula! - xingou, mas ainda estava rindo.

Eu não conseguia ter raiva dela. Não mesmo. Dividíamos a mesma casa e eu não a culpava por ser atraída pelo meu marido. Bailey era lindíssimo, gostoso e sedutor, o único problema era que era péssimo em dar atenção. Ele vivia para o emprego. Mas, como Joalin tinha fascinação por ele e uma vida sexual regular, eles se dariam muito bem.

Porém, eu não ia deixar ela ficar com o meu dinheiro.

Meu.

[...]

Já era bem tarde e Bailey não havia chegado, porém eu continuava acordada.

Às vezes eu sentia vontade de me apaixonar pelo meu marido. Me apaixonar como quando nos conhecemos naquele clube de dança. Ele ia lá frequentemente e, numa daquelas noites, acabei descendo do palco e tomamos alguns drinks, conversamos bastante e, quando dei por mim, todas as minhas danças eram pra ele.

𝑰𝒎𝒐𝒓𝒂𝒍 - 𝑨𝒅𝒂𝒑𝒕𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐 𝑩𝒆𝒂𝒖𝒂𝒏𝒚Where stories live. Discover now