𝑪𝒂𝒑𝒊́𝒕𝒖𝒍𝒐 24

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No dia da exposição não me acordei muito disposta, porque além da noite anterior não ter sido exatamente o que eu esperava, ainda senti um mal estar terrível durante a madrugada

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No dia da exposição não me acordei muito disposta, porque além da noite anterior não ter sido exatamente o que eu esperava, ainda senti um mal estar terrível durante a madrugada. Talvez fosse o nervosismo.

Eu já havia ido a exposições, várias, mas nunca sabendo que por trás de tudo, havia uma rede de tráfico que, se a polícia soubesse, acabaria muito mal.

Me levantei cedo, mas Bay não estava mais no quarto, porém havia um lindo girassol na mesinha ao lado da cama e, junto dele, um belíssimo par de brincos. Bailey não estava poupando esforços para me deixar feliz.

Mas naquele dia eu não estava feliz.

Eu estava enjoada.

Enjoada pra cacete.

Corri até o banheiro e me ajoelhei na frente do vaso sanitário, coloquei a cabeça para frente e deixei que tudo que comi no dia anterior subisse pela minha garganta e fosse expulso pelos meus lábios que tinham gosto amargo.

Nunca tinha vomitado tanto na vida.

Depois que acabei, tampei o vaso e me encostei nele para respirar, pois meu coração batia acelerado roubando de mim qualquer possível controle.

Encarei o piso branco e tive a impressão que ia vomitar novamente, mas não o fiz, consegui me controlar.

Tomei um banho frio e me recompus.

O dia seria cheio e eu teria uma noite muito importante pela frente.

[...]

Ao contrário do que eu imaginava, não houve sol para que eu me bronzeasse um pouco, muito menos pude sair da mansão, já que um temporal sem tamanho caia lá fora. O céu estava tão cinzento que qualquer um diria que já passava das seis da tarde; vesti um casaco e fui até o escritório de Bay, mas ele não estava, tinha ido até o salão histórico onde seria a exposição, no centro.

Remexi em alguns papéis, mas não encontrei nada. Nada de importante, pelo menos.

Bailey não seria burro de colocar a senha do cofre anotada em qualquer lugar, muito menos em lugares onde todos mexiam, inclusive os funcionários.

Mas eu iria encontrar, nem que pra isso eu tivesse que ir até o inferno.

— O que quer aqui?

Eu tive vontade de revirar os olhos e esbravejar um palavrão, mas apenas levantei a cabeça e encarei Vanessa e sua roupa preta.

Já havia se passado tantos dias, mas ela insistia nesse luto sem graça.

— É a minha casa. Não te devo satisfações.

Ela fechou a porta atrás de si.

— É a casa do meu filho, sua interesseira! O que está procurando nas coisas dele?

𝑰𝒎𝒐𝒓𝒂𝒍 - 𝑨𝒅𝒂𝒑𝒕𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐 𝑩𝒆𝒂𝒖𝒂𝒏𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora