𝑪𝒂𝒑𝒊́𝒕𝒖𝒍𝒐 23

1.7K 165 72
                                    

Dias Depois

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Dias Depois...

Bailey parecia cada vez mais distante após a morte do pai e, a abutre da mãe dele, não saia da mansão, como se o fato de ela estar ali, fosse me impedir de algo. Ledo engano dela.

Estávamos sentados à mesa jantando - Bay e eu - quando Joalin se juntou a nós e comentou algo sobre alguns repórteres terem ligado. Os fofoqueiros de plantão clamavam por algum furo de reportagem. Mas realmente, quem não iria querer saber por que a famosa e exemplar família May estava em conflito?

É lógico que todos ficariam curiosos.

Depois da bofetada que aquela velha me deu, não havia uma única alma da sociedade que houvesse me ligado para dar apoio. Pelo que parecia, eu era a vilã.

Eu adorava vilões, mas não era a hora de ser enxergada como uma.

— Não estou com fome. — Falei. — Acho que vou caminhar um pouco lá fora, espairecer e...

— Não. Não vai.

Encarei Bay como se ele fosse um desconhecido e esperei que ele dissesse que era apenas uma brincadeira, mas sua feição fria e impenetrável não me dava brechas e sua atenção permanecia focada no ato de levar o garfo até a boca, mastigar, beber um pouco de suco e voltar a levar o garfo à boca.

Ele encarava o nada, mas por algum motivo eu sentia como se ele estivesse me observando.

— Como? — Guinchei.

Joalin parou de mastigar e nos olhou com a testa vincada.

— Você não vai sair da mesa. Eu ainda estou comendo. — Bailey rosnou enquanto mastigava uma porção de salada. — Quero a sua companhia.

Eu tentei sorrir, mas saiu um som esquisito como se eu estivesse engasgada.

— Está falando sério? Em que século você parou? — Joguei o guardanapo em cima da mesa e empurrei a cadeira para trás fazendo barulho. — Está maluco se acha que pode me controlar. Veja bem, você nunca, NUNCA, vai mandar em mim.

Me certifiquei de olhá-lo nos olhos e de ter a certeza de que ele estava engolindo cada palavra amarga que falei.

Ele terminou de mastigar a comida e suspirou profundamente como se estivesse cavando dentro de si o último resquício de paciência, por fim falou:

— Não quero mandar em você, Deusa. Eu só quero que... Quero que sejamos um casal mais unido. As vezes eu sinto que você não gosta de estar comigo...

— Talvez seja porque você vive choramingando pela casa e bebendo, coisa que você nunca tinha feito! Eu estou farta de você escolher o papel da vítima. Gosto de homens fortes e espero que você saiba ser um. — Retruquei, furiosa.

— Se não o que? — Devolveu, tão furioso quanto eu. — Você vai me trocar por outro cara rico? Qual a próxima fortuna que você quer barganhar?

𝑰𝒎𝒐𝒓𝒂𝒍 - 𝑨𝒅𝒂𝒑𝒕𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐 𝑩𝒆𝒂𝒖𝒂𝒏𝒚Where stories live. Discover now