𝑪𝒂𝒑𝒊́𝒕𝒖𝒍𝒐 32

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Eu tive que rir

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Eu tive que rir.

Não era a melhor hora para piadinhas e sinceramente eu não estava gostando daquela brincadeira. Levantei da cama e me enrolei no lençol, fui até Joshua e esperei que ele desmentisse ou que pelo menos me olhasse no fundo dos olhos, mas ele saiu de perto e foi vestir a calça que estava usando quando cheguei.

— Joshua, olha pra mim! — Pedi e fui até onde ele estava. — Porra! Olha pra mim, Joshua!

Ele deixou o cinto que tentava fechar de lado e me olhou.

— Tenho que te contar uma coisa.

Apertei o lençol com mais força em volta do meu corpo e assenti.

— Pode contar.

Mas ele não falou.

Josh não dizia nada. Ele apenas me encarava e engolia em seco, como se fosse me contar o maior de seus pecados, como se procurasse uma forma de colorir com cores alegres uma verdade que iria me doer até os ossos.

Só de olhar nos olhos dele, eu já sentia o medo serpentear pela minha pele.

— O Bailey... Aquele desgraçado filho da puta, não mentiu, Gabrielly. Ele não mentiu no que te contou. — Falou de uma vez. — Eu fui até a sua casa para me vingar, para tirar dele o que ele mais amava. Você. Eu... Eu ia te matar.

Claro que não!

Por que ele estava falando aquelas coisas? Ele jamais faria algo como aquilo. Nunca.

Eu ri.

— Para de falar bobagem! Isso não é verdade, você jamais faria algum mal a mim. Eu sei que não faria.

— Amor, me perdoa...

Estreitei os olhos e balancei a cabeça.

Ele estava chorando e tentava me tocar, mas eu cambaleei para trás. Estava confusa demais.

Aquilo era mentira.

— Diz que é mentira, Joshua. DIZ! DIZ LOGO!

Mas ele não disse.

Ele não negou.

Ele apenas ficou parado no meio do quarto como se andar fosse difícil demais para ele.

Para mim estava difícil respirar.

— Eu não posso mais mentir, Any. Não posso. — Soluçou. — Eu entrei na sua vida para fazer um monte de merda e vingar a morte do meu irmão, mas quando eu realmente te conheci, eu me apaixonei. Porra! Deus sabe o quanto eu te amo e o quanto eu preciso de você e do nosso filho... Eu amo você, eu amo e isso é verdade!

Enxuguei as lágrimas que escorriam pelo meu rosto e fui até a cama, peguei meu short e minha blusa, vesti depressa enquanto tentava digerir tudo que ele havia dito, mas minhas mãos tremiam e eu não conseguia abotoar a merda do sutiã, por fim desisti dele e vesti apenas a blusa.

𝑰𝒎𝒐𝒓𝒂𝒍 - 𝑨𝒅𝒂𝒑𝒕𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐 𝑩𝒆𝒂𝒖𝒂𝒏𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora