VINTE E TRÊS

11 2 0
                                    

Play "Chlorine - Twenty One Pilots"

— Olha só o que eu achei na cozinha. — Lavandro entrou no estábulo, abrindo um pote pequeno.

— O que é dessa vez? — A menina riu, penteando os pêlos dos cavalos soltos.

— Fermento, vou dar para o Vandrinho. Vai que ele cresce e vira mutante? — Sorriu animado, abrindo a porta do armário. — Abre a boca bebê.

Jade arqueou a sobrancelha, voltando a cuidar dos animais. Naquele dia, ela teria que auxiliar o Sul com armas e espadas. Cada lado teria uma semana de treinamento ali, pois as armas eram a maior vantagem. 

Lavandro balançou as mãos como despedida ao gorila, encostando a porta do estábulo e jogando o pote de fermento no lixo.

— Você deu tudo? Ele pode passar mal. — Indagou, tirando a espada das costas.

— Não era para dar tudo? 

— Hmm, não? — Jade respondeu irônica, mudando o olhar para as pessoas do Sul descendo da torre e as fadas saindo do bar. Em outra direção, o Leste seguia Arizona para a torre dos dragões. E Leravieve puxava o Norte para ensinar alguns golpes de luta. — Tenho que ir, boa sorte com a limpeza do Castelo.

Correu até Isis que dava risada junto com as gêmeas Alala e Alana, abraçando a garota. Ela usava um short jeans claro com flores, blusa de manga mangas bufantes rosa e sapatilhas brancas. Com os cachos presos em dois coques.

— Como foi o primeiro dia? — Jade deu um beijo no topo da cabeça de Isis, apertando mais o abraço.

— Foi bom, tirando o ronco do Leste. 

— Ah sim… — Sorriu, separando do abraço e ficando de frente para todos. — Bom, hoje vocês vão aprender a como manusear uma espada. Nos primeiros três dias vão treinar com a média, depois com uma dessa. — Jogou a arma para cima, pegando em uma manobra com a outra mão. — Me sigam.

Entrando em filas no Castelo, eles foram até o porão bem cuidado. Jade entrou uma espada de lâmina média sem ponta fina para cada um. Depois os levou para uma torre, puxando o toldo que Lavandro fez contra o sol. 

— Espada em posição. — Colocou a mesma na frente do peito direito. — Perna esquerda na frente, dobre as pernas levemente para frente. Tronco virado para o lado direito. Golpe 1!

Todos imitaram ela, esfaqueando o espaço vazio na frente.

— Ao contrário agora, espada na mão direita, na frente do outro peito. Perna direita na frente, dobre as pernas, vire o tronco para a esquerda. Golpe 2!

De frente, pernas mais dobradas, espada nas duas mãos. Fixamente. Olhe para o chão e imagine o inimigo caído entre suas pernas. Golpe 3!

Caía de joelhos e sente em seu peito, prendendo a cabeça dele com os joelhos. Golpe 4!

Inimigo atrás, a mesma forma de segurar, só que agora para trás, na barriga dele. Golpe 5!

Com a espada na mão que mais tem força, ainda sentado no inimigo caído no chão, vire o tronco para o de trás. Golpe 6!

Foram horas repetindo os seis golpes, até todos começarem a transpirar e ficarem sem fôlego. Os meninos estavam sem camisa, e as meninas de cabelos presos.

— Pausa para a água, vão para a casa, tomem banho. Depois vamos para o castelo, quero entregar para vocês as luvas de proteção. — Jade se alongou, liberando eles que saíram correndo para beber água.

Desceu a escada da torre, já no início da noite. Tomou banho e lavou os cabelos, secou eles com a toalha e vestiu uma blusa preta que deixava sua barriga amostra, calça jeans grudada nas pernas e tênis. Descendo as escadas, abriu o portão para os amigos já limpos entrarem.

— Por aqui. — Sorriu, indo até seu quarto, puxando uma caixa de madeira, guardada sob a cama. Jogando os sacos plásticos com pares de luvas novas para eles. Conversando alto e animados entre eles e abrindo suas luvas. — É para não formar bolhas nas mãos, ou não cortarem um dedo fora.

— Quando vamos usar as armas de fogo? — Aquacren perguntou. E aquela deveria ser a segunda vez que Jade ouvia sua voz em toda aquela jornada.

— Semana que vem, com o Lavandro. 

— E voar nos dragões? — Alala se empolgou, simulando voar neles.

— Você já voa, querida. Está querendo ir para onde, pedacinho de fada? — Andriena brincou, cruzando os braços na frente de Iwon que sorriu.

— Dá um tempo! Cadê o meu tempo? — Retrucou balançando os cabelos coloridos.

— Vou te mostrar o seu tempo.

Jade mordeu o lábio inferior, sem saber se responderia a pergunta ou não. Riu ao ver que Isis e Alana gargalhavam em silêncio, quase vermelhas de segurar. Enquanto Andriena e Alala continuavam discutindo no sarcasmo. Eirene e Astrild conversavam civilizadamente no canto, Aquacren e Iwon falavam sobre os golpes junto com o escolhido de urano. Formando outra bagunça.

— FILHO DA MÃE! EU VOU TE MATAR, LAVANDRO! — Leravieve gritou do lado de fora do Castelo, fazendo todos se assustarem. Jade abriu a porta do quarto e correu para as escadas, sendo seguida pelo lado Sul, abriu o portão vendo todos gritando em pânico. 

Passos fortes tremiam a cidade, pés grandes pisavam na frente da entrada do Oeste. Erguendo o olhar, subindo cada vez mais, os pêlos cobriam o gorila do menino. Que batia no peito loucamente. O gorila tinha em média 15 metros de altura.

— Vandro? — Jade gritou espantada, correndo para o lado do garoto se aproximando do animal.

— Vandrão? — Lavandro sorriu.

Leravieve estava vermelha de raiva:
— EU TE MATO, LAVANDRO! CACET…

----------------
Tópico aberto: Por que todas as brigas são causadas pelo Lavandro, ou tem ele no meio?

Me: ele é aqueles Enzo Gabriel de cinco anos atentado.

Norte, Sul, Leste & Oeste|| Trillix e a Pedra do Tempo.Where stories live. Discover now