𝑫𝒐𝒄𝒆 𝑨𝒎𝒐𝒓 - 𝐀𝐈𝐁 #𝟐

𝟒𝟗

-- Que? Que ideia?- Arisu me olha confuso.

Eu sei que tentar isso é como dar um tiro no escuro. Eu não tenho certeza de nada, mas sei que assim como pode dar errado também pode dar certo...e vai dar.

Saio de trás do helicóptero correndo na direção de Souta que atirava ao lado de Itsuki. Os outros chamaram meu nome sem entender mas eu os ignorei, focada no meu objetivo.

-- Preciso de uma bomba!- Disparo os fazendo me encarar.

-- O que?- Souta arqueia a sobrancelha.

-- Eu sei como destruir a máquina, não preciso entrar, é só ir por cima!- Aponto pra escada.

-- Eu vou então.- Itsuki me encara.

-- Não, eu quero fazer isso.- Lhe digo séria- Por favor.

Tiro meus olhos deles ao ouvir outro estalo, já sabendo do que se tratava. O último helicóptero estava caindo, fazendo com que os soldados em baixo dele corressem desesperados.

É agora ou nunca.

-- Shinia?- Souta tira seu Walkie Talkie da cintura- Me traga a cereja do bolo!

O olho confusa ao ouvir isso, mas não demorei muito para saber que se tratava da maior bomba que eles tinham, literalmente a que acabava com tudo.

-- Mas já?- Outro soldado se aproxima de nós com algo em mãos- Nem entramos lá ainda e-

-- Tenho tudo sob controle.- Toma o pequeno objeto de suas mãos e então se dirige a mim- Aqui está.

Olho confusa para a placa de metal de tamanho médio, ela continha apenas um botão vermelho no centro e um cronômetro que estava desligado.

-- O que?- O olho.

-- É a bomba, garota burra!- Itsuki revira os olhos enquanto olhava em volta, para ter certeza de que não estávamos sendo alvos de tiros.

-- Desse tamanho?- Arqueio a sobrancelha.

-- Vá por mim, ela faz mais estrago do que um míssil!- Ri de canto.

Pego a pequena bomba de suas mãos e a encaro, pensando no grande poder de matar que eu tinha em mãos. Era engraçado como seres tão insignificantes podem criar coisas tão destrutivas.

Eu sabia que se estivesse errada apenas estaria desperdiçando algo importante, mas eu tinha que confiar nos meus instintos. Pelo menos dessa vez.

-- E também preciso de um paraquedas.- Disparo fazendo Itsuki arregalar os olhos.

-- Então esse é o seu plano?!- Me olha incrédulo- Explodir tudo e depois pular de paraquedas de um PRÉDIO?!

-- Resumiu bem.- Dou de ombros.

-- Himyhi está na escuta?- Souta fala no seu Walkie Talkie outra vez.

-- Positivo.

-- Traga um dos paraquedas de dentro dos helicópteros.- Diz autoritário, deixando claro que não estava aberto á questionamentos.

Olho na direção que estavam olhando e noto um soldado inspecionar com cuidado uma das máquinas caídas, aquela que não estava pegando fogo.

Ainda.

Meus olhos vão para trás, vendo o pessoal me encarar, todos confusos e nitidamente preocupados. Olhando pra eles eu podia lembrar de cada segundo que passamos juntos, desde o início até aqui. Eles mais do que ninguém merecem ir embora.

-- Está aqui!- saio de meu transe assim que o soldado se aproxima de nós com uma "mochila" em mãos- O melhor que achei.

-- Certeza de que não está danificado?- Souta lhe pergunta.