𝑫𝒐𝒄𝒆 𝑨𝒎𝒐𝒓 - 𝐀𝐈𝐁 #𝟐

𝟑𝟔

"Hope".

Dia seguinte.

E ele foi. Eu não dormi nada durante a noite, o sentimento ruim dominou meu peito de uma maneira que fazia com que eu me sentisse sufocada. Niragi foi exatamente ás 6 horas da manhã e seu bom humor era notável. Como ele consegue ser tão confiante?

Agora são 9:30 e eu continuo me sentindo péssima. E se ele não voltar? Eu gostaria muito que ele não tivesse ido, mas como até Takashi foi seria muito estranho se ele ficasse.

Agora eu estou indo para o quarto das meninas. Usagi e Sayuri dividem o mesmo dormitório, o que é bem legal, embora eu não tenha entrado lá nenhuma vez. Acho que eu acabei me afastando de todos eles sem querer, desde que chegamos aqui as conversas que eu tive com eles podem ser contadas nos dedos.

Bato na porta do quarto, entrando logo em seguida. Sakura que estava em meu colo praticamente salta correndo na direção de Usagi, que estava sentada em sua cama lendo um livro aleatório, enquanto Sayuri penteava seus cabelos molhados em frente ao espelho.

-- Bom dia!- Sorrio. 

-- Lembrou da gente, traidora?- Say me pergunta com o tom de drama nítido em sua voz.

-- Que drama, eu nem fiquei tanto tempo longe.- Me defendo rindo.

-- Você nem fala com a gente mais.- Usagi entra no meio enquanto fazia cósquinhas na barriga de Sakura-

- -É que eu...- paro de falar ao notar algo no dedo de Say- O que é isso, Sayuri?

-- Isso?- Olha para sua mão- É uma ALIANÇA, você saberia se estivesse mais presente.- Murmura.

Eu sabia que Kuina ia pedir Sayuri em namoro, mas não fiquei sabendo quando isso aconteceu, na verdade eu nem sequer me lembrei de perguntar. Provavelmente a Say ficou super animada e deve estar brava pelo fato de eu não estar presente quando aconteceu.

-- Parabéns!- Sorrio- E como foi?

-- Foi tudo!- Ela sorri voltando ao normal- Ela me deu um buquê de flores do jardim e a gente ficou juntas a noite inteira!- Suspira- Ela é perfeita.

Rio com sua declaração e me sento ao lado de Usagi, que agora estava fazendo uma maria chiquinha nos curtos cabelos de Sakura.

-- Novidades?- Pergunto.

-- Não, mas você deve ter né, depois de tanto tempo fora.- Me fuzila com o olhar.

-- Me desculpem ter ficado afastada, é que meus dias foram turbulentos...- Murmuro.

- Tudo bem, Vi, mas você tem que parar de colocar o Niragi acima da gente.- Say diz- Esqueceu da regra? Homens em segundo lugar! Mas isso não se aplica pra mim já que namoro uma mulher.- Sorri orgulhosa.

Eu não tinha mais tanta certeza quanto a esta regra, fizemos ela quando ainda estávamos na escola, no mundo normal, e Usagi entrou nela depois que nos conhecemos. Mas agora era diferente, talvez por que eu tenha uma filha com o Niragi, somos uma familía afinal.

-- Ei, Chishiya nos disse que o Niragi sabia algo sobre a saída daqui, sabe de alguma coisa?- Usagi me pergunta e de imediato sinto o sentimento ruim voltar.

-- A é...uns caras viram um exército na cidade junto com um helicóptero.- Digo.

-- Um helicóptero?! Então vieram de fora?- Say me olha animada.

-- Talvez sim...- Digo receosa- Eles foram atrás disso hoje de manhã.

-- E por que sua mãe permitiu que um exército entrasse?- Sayuri me pergunta.

-- Eu também quero saber...eu não entendo.

-- Talvez ela não tenha controle sobre isso.- Usagi atrai nossa atenção- Já pararam pra pensar que talvez esse mundo já existisse antes? Talvez sua mãe apenas tenha dado um jeito de entrar e então tomou as rédeas da situação.

-- Talvez ela não mande em exatamente tudo...- Concluo.

-- Eu e Arisu estávamos conversando sobre isso outro dia...quem sabe exista um jeito de sair sem depender dela.

-- Igual esses soldados, se eles arriscaram entrar é por que tem uma maneira simples de sair!- Say diz animada.

-- Talvez eles tenham vindo para um resgate.- Usagi murmura- Ou para uma avaliação de terreno.

-- Vamos descobrir isso hoje, a elite foi procurar eles.- Digo- Mas também não podemos esquecer que podem ser uma ameaça e coisa dela.

-- Não acho que ela arriscaria contratar um exército inteiro, e o que eles estariam procurando na cidade? Ela pode achar qualquer um pelos aparelhos da sede.- Say diz .

-- Não tenho um pressentimento bom...-Murmuro. 

-- Vai dar tudo certo, quem sabe não é a nossa chance de finalmente ir embora. - Say sorri animada, me fazendo rir fraco.

-- Eu espero que sim.