Meu pau.
Assim que notaram que de fato era verdade, no momento em que nossos professores nos parabenizaram na frente a toda faculdade... Caras!
Acreditaram menos ainda.
Foi surto atrás de surto, e confesso que eu mesmo quase cheguei a duvidar da verdade. No fim, várias pessoas das Belas artes vieram parabenizar a mim e a Taehyung. Acredito que eu nunca recebi tanta atenção na minha vida quanto naquele dia. Foi muito bom, e apesar de estar um pouco tímido, sabendo que centenas de olhares se voltavam totalmente a nós, ainda assim me senti uma estrela.
Duas semanas se passaram desde então, e cá estou eu, em frente a um grande aeroporto ao lado de meu melhor amigo, cheio de malas em mãos além de minha querida bebê, Fininha, que está na bolsa pendurada em minhas costas. Eu também trouxe um chapéu de palha ㅡ que uso nesse exato instante ㅡ e um óculos de sol, porque ouvi falar que na Itália faz muito calor nesta época do ano. Talvez eu esteja ultrapassando o auge do ridículo?
Claro que estou!
Mas não é nada na qual minha família e a de Taehyung já não esteja acostumada.
Eu poderia dizer que sou o único passando vergonha aqui, mas logo atrás de mim estão o senhor e a senhora Jeon, um casal de chorões que não está aguentando ver o filho finalmente fugir do país. Senhora Kim também veio, e está perto de Taehyung, ajudando seu filho a carregar uma das malas, de olhos totalmente vermelhos e marejados.
ㅡ Eu não acredito que estou deixando meu filhote ir embora para outro país, e dessa vez sem mim... ㅡ A mulher baixinha e de longos cabelos negros choraminga. Taehyung acaba de revirar os olhos diante o drama de sua mãe, pois já é a terceira vez no dia ㅡ com a minha ilustre presença ㅡ que ela repete a mesma frase.
Não a julgo, claro, mas isso se tornou um tanto cansativo. Minha mãe é a sua cópia, porém um pouco mais protetora. Ela está há pelo menos vinte minutos com a mão agarrada em meu braço, como se algum ser sobrenatural pudesse me capturar e levarㅡme até as profundezas de hades. A minha carne está até dormente, para vocês terem noção.
ㅡ Mãe, eu já tenho vinte e três anos. ㅡ murmura Tae, olhando para qualquer canto que não seja sua mãe.
ㅡ Para mim você só tem três aninhos de idade, vai ser sempre o meu bebê. ㅡ Senhora Kim responde o filho, que pigarreia em resposta.
ㅡ Mãe, eu só não fico bravo com você por estar me fazendo passar mico, porque já estou acostumado a passar vergonha com Jungkook por perto.
ㅡ Que história é essa? ㅡ meu pai se intromete.
E eu? bom, eu somente rio do bateㅡpapo deles.
Olho rapidamente para as tabelas de voos, certificandoㅡme de que a próxima embarcação será a nossa. O coração em meu peito bate ainda mais rápido pela expectativa e ansiedade.
ㅡ É que Jungkook é estranho quando está sozinho comigo. Quero dizer, ele já é meio retardado por si só, concorda Sra. Jeon?
Ela assente. ㅡ Sim, concordo, meu bem.
Estão vendo a injúria que eu sofro do meu melhor amigo e até da minha própria mãe?
ㅡ Então! Quando estamos nós dois em público, ele fica me fazendo passar vergonha de propósito, acredita?
Incrédula, minha mãe deixa um apertão em meu braço. Eu jurei até então que não seria possível um aperto maior do que o que eu já sofria desde que saímos de casa, mas ela acaba de jogar minha expectativa no lixo.
ㅡ Você anda chateando seu melhor amigo, Jungkook?
Reviro os olhos diante o drama.
ㅡ Mãe, de santinho Kim Taehyung não tem nada também. ㅡ explano mesmo, sem dó e nem piedade.
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Symphony | jjk + pjm
FanfictionNascido entre cifras e conjunturas, Jeon Jungkook sempre teve a música como parte de si mesmo; um lugar onde ele poderia habituar todos os seus sentimentos de uma só vez, um lar. E como um sonho a ser realizado, ele é convidado para participar de um...
02 • Ciao, la Scala.
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