Get Me Out

By ownthe-night

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Nos últimos dois anos tudo o que eu mais queria era não ter que ir àquele manicômio todos os meses para visit... More

Shadows
Loud Thoughts
Unplanned Changes
Church Bells and Phone Calls
Acknowledging Madness
Dream up, Dash off
Highways, Neighborhoods and Lies
Everything I Want, Everything I Need
Antidepressants and Sense of Humor
Taped Confessions
I Dont Want You To Leave
Wait Outside
Forget the Shelves, See the Irony
Brittle it Shakes
Karma
Take Shelter
One love, one house; No shirts, no blouse
Dazed and Kinda Lonely (part I)
Strung out, a Little bit Hazy (part II)
Telekinesis
When did We Grow Old?
Concilium
Tic-Tac
In the Clear Yet? Good.
Rewind
I didn't mean to fall in love tonight
Over (part I)
Red Liquors and Silver Keys
Wednesdays
Hi
Until You Come Back Home
Write it down
Caos, herself

Catalyst

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By ownthe-night

Eu não conseguia sentir absolutamente nada.

“Lauren?” Ela repetiu, dessa vez se aproximando.

O par de olhos castanhos me fitando atentamente. Preocupação. Havia preocupação neles. Mais alguns passos e ela finalmente estava a dois palmos de distância de mim.

Eu ainda não conseguia me mexer.

“Lauren?”

A voz dela parecia mais calma dessa vez. A preocupação do olhar deslizando pelas cordas vocais. Macia. A cabeça inclinada para o lado. Me analisava como se eu fosse uma bola de cristal prestes a cair no chão.

Meu lábio inferior tremeu. Meus olhos embaçaram em questão de segundos. Parecia que eu estava entrando em estado de choque só em vê-la.

Antes mesmo que eu pudesse processar o fato de que eu estava na frente dela, eu senti seu peito chocar contra o meu e seus braços enlaçarem minha cintura. Minha respiração falhou com a colisão repentina.

“Você veio”, ela disse contra o meu ouvido. Incredulidade escorrendo na voz. “Meu Deus, você veio.”

Minha visão não passava de um borrão. Eu mal conseguia registrar meus movimentos. Minhas mãos enlaçaram a cintura fina. Senti ela sorrir contra meu pescoço.

O cheiro doce que vinha dos cachos escuros me acalmava de certa forma. Não era um cheiro específico, mas era doce.

Ela separou o embraço minimamente na tentativa de evitar a perda de contato. O rosto pálido a pouquíssimos centímetros do meu. O indicador levantou meu queixo delicadamente e eu juro ter sentido meu corpo inteiro tremer. Um sorriso tímido brotou nos lábios finos.

“Você não tem noção da falta que me fez”, ela fala sem quebrar o contato visual.

Senti minhas bochechas esquentarem.

“Eu... Eu tinha que vir”, falei apertando minimamente a mão contra a cintura dela. Era como se eu precisasse me certificar de que ela estava de fato na minha frente e que não era um sonho ou uma ilusão.

“Eu sei. Eu sei disso”, ela pausa. O polegar ágil secando uma lágrima que escorria pelo meu rosto. “E não chora. Você é bonita demais pra chorar.”

Minha garganta secou.

Eu nunca havia conhecido uma pessoa que se encontrava no estado de Camila e que apesar de tudo o que havia acontecido ela ainda tinha tempo para elogiar estranhos da forma mais graciosa possível.

Camila era surreal demais para explicar.

Sorri em resposta, o que consequentemente a fez sorrir ainda mais.

“Isso. Chega de lágrimas, anjo.”

Balancei a cabeça. Ela era surreal.

“Você está bem?” Perguntei sentindo a garganta doer. “Quando foi que você saiu da solitária?”

“Eu achei que fosse demorar mais, mas ontem mesmo eu fui liberada. O monsenhor ia ligar pra você amanhã mesmo.”

Mordi o lábio e baixei a cabeça. Ela riu levantando o meu queixo com o indicador. Os olhos castanhos me olhavam. Ela queria me ver. Absorver cada centímetro do meu rosto. Eu sentia isso. Os braços ainda enlaçados em minha cintura.

Era tão íntimo. Tão simples.

Fiquei em silêncio.

Talvez eu não precisasse dizer que eu necessitava ver ela e que talvez eu morreria se ficasse esperando o telefone tocar no sofá do meu apartamento. Talvez ela não precisasse dizer que ela estava ok com isso. Talvez o silêncio funcionava para nós.

Talvez.

“Srta. Jauregui?” Ouvi a enfermeira me chamar por trás de meu ombro.

“Sim?” Falei virando. Camila soltou um grunhido, se recusou a me largar do embraço. Aproveitou que eu me virei e me abraçou por trás. As mãos antes frágeis agarravam minha cintura com força que eu não fazia ideia de onde vinha.

Ri mentalmente.

“Sim?”

“A Srta. precisa assinar alguns documentos.”

Assenti dando dois passos à frente. Camila não largava minha cintura.

“Não, não agora”, a enfermeira fala. “Na saída”, ela sorri. “Fique o tempo que quiser. Apenas... Passe na recepção na saída, ok?”

Assenti novamente.

Camila colocou o queixo em meu ombro e riu. O arrepio que percorreu meu corpo me fez voltar a realidade.

“Eu queria te levar pra conhecer o lugar”, ela fala baixinho, quase murmurando.

“Sério?”

“Seríssimo. É mais legal do que você imagina.”

Uni as sobrancelhas. Talvez fosse interessante.

[..]

“Camila, eu realmente não sei se isso é uma boa ideia”, tentei convencê-la pela décima vez a descer da escadaria do pátio de trás.

“E eu realmente acho que você deveria calar a boca e subir aqui antes que eu mude de ideia”, ela fala estendendo a mão para me ajudar a subir. Um olhar irritado brincando nas órbitas castanhas.

Respirei fundo e escaneei o pátio à procura de funcionários. Nada.

“Lauren!” Ela grita e eu rolo os olhos.

Era uma escada estreita, feita de pedra antiga. Levava até um morro coberto por um gramado esverdeado que ficava no lote alto. A velocidade que ela subiu aquilo me fez questionar mentalmente quantas vezes ela já havia feito aquilo pra adquirir tal prática.

Estendi a mão para que a teimosia em pessoa me ajudasse. Os dedos finos se entrelaçaram aos meus com facilidade e o meu coração pareceu bater três vezes mais rápido que o normal. Rolei os olhos novamente.

Ela me ajudou com o puxão final e eu finalmente cheguei ao gramado onde ela estava. Um risinho brincava nos lábios rosados.

“Pare de rolar os olhos. Daqui a pouco você vai ficar vesga”, ela ri.

A olhei incrédula.

Ok, talvez tenha sido esse lado engraçado que Taylor estava falando.

“Você me fez atravessar a clínica inteira só pra subir aqui e me dizer pra parar de rolar meu olhos? Uau, Camila.”

Ela balança a cabeça a inclinando para o lado.

“Olhe para trás, gênio.”

Estalei a língua. Ela realmente sabia como me irritar. Girei meus calcanhares e meus olhos se arregalaram instantaneamente.

A vista.

“Como foi que você descobriu esse lugar?” Perguntei admirando a paisagem do lote inteiro enquanto me sentava no gramado, Camila fez o mesmo em seguida.

“Beth”, ela diz.

“Quem?”

“É uma garotinha que está internada aqui.”’

“Já tem amigos aqui?” Sorri.

“Ela não saía de perto da minha cela enquanto eu estava me recuperando. Uma das enfermeiras disse para ela me mostrar os aposentos e dar uma volta comigo. A garota conhece a clínica inteira. É incrível.”

“Você sabe o que ela tem?” Perguntei. “Quer dizer, ela está internada aqui por algum motivo, certo?”

Camila torceu o nariz.

“Se eu disser que ainda não sei, você vai me julgar uma amiga ruim?”

Balancei a cabeça rindo.

“Não, Camila. Eu não vou te julgar.”

“Certo”, ela fala me encarando. “É que... Eu ainda não tive oportunidade de descobrir, sabe? Eu acho rude perguntar, então... Eu prefiro passar mais tempo com ela. Ver o comportamento, as coisas que ela faz.”

“E se mesmo assim você não descobrir?”

“Acredita em mim, até lá eu acidentalmente já vou ter lido o pensamento dela e já vou ter descoberto tudo.”

Apalpei o gramado ao meu lado. Um sorriso brincava em meu rosto.

“Oh... Por um minuto eu tinha me esquecido que você podia fazer isso.”

“É... Mas você não conta.”

“Porque?”

“Porque eu não consigo te ler. Esqueceu?” Ela ri jogando o cabelo para o lado. A intensidade do castanho em seus olhos era hipnotizante.

“É, eu ainda não sei porque isso acontece.”

“Eu sei”, ela fala enquanto arranca pedacinhos de grama aleatórios. “Sabe, no início eu achei que eu fosse o problema. Que meus poderes simplesmente não funcionavam com você”, ela ri. “Mas no final das contas eu descobri que o problema era a garota dos olhos verdes e não a problemática do hospício.”

“Eu não entendo como isso pode ser verdade, mas continua.”

“Você não deixa.”

“O quê?” Perguntei incrédula. “Isso não é verdade. Você pode ler meus pensamentos a hora que quiser!”

“Então porque eu não consigo ler eles agora mesmo?”

“Você não está nem tentando”, falei rindo.

“Talvez.”

“Camila.”

“O quê?”

“Você pode lê-los. Não é como se eu tivesse um segredo ou algo do tipo.”

Ela se mexe na grama cruzando as pernas e ficando de frente para mim. O sorriso tão forte que chegava a alcançar os olhos.

“Me dê sua mão.”

Respirei fundo. Coloquei a palma da mão sobre a dela. O calafrio anterior atingindo meu corpo novamente.

“Ok, pense em qualquer coisa.”

“Qualquer coisa?”

“Sim, qualquer coisa.”

“Ok.”

Ela colocou a outra mão sobre a minha. Os olhos se fecharam por alguns segundos antes de abrirem novamente, enquanto os meus nem ousavam piscar.

Você está linda.

Ela ri. Aperta minha mão gentilmente entre as dela.

“Não minta, Lauren.”

“Viu só! Você consegue ler!”

“Não fuja do assunto.”

“Eu não estou fugindo.”

“O que você pensou agora?”

“Que você está linda.”

Ela solta a minha mão. O canto dos lábios se curvando para cima. Ficamos em silêncio. Eventualmente ela voltou à sua posição original e deitou de barriga para cima na grama. Os cachos ligeiramente bagunçados desenhavam um abstrato no solo.

“Taylor sabe. Eu contei à ela”, falei divagando.

“É, eu sei”, ela fecha os olhos. Permanece assim por um bom tempo.

“Como você sabe?”

“Eu escutei você dizer enquanto me abraçava lá no saguão.”

“Você acabou de dizer que não conseguia me ler”, falei confusa.

“É... Talvez eu tenha mentido só pra tentar ouvir alguma coisa a mais”, ela ri.

A olhei incrédula.

“Você não presta.”

“Eu nunca disse que prestava, Lauren.”

Ri internamente. Bom, era verdade.

“Qual é o seu plano?”

Franzi a testa. “Como assim?”

“Seu plano. Todo mundo tem um plano. Qual é o seu plano?”

“Você... Você quer dizer o meu plano pra... Pra te tirar daqui?” Perguntei confusa.

“É, pode ser.”

“Oh... Bem, é uma longa história, mas basicamente eu tenho uma amiga que está tentando te tirar daqui o mais rápido possível.”

“Ally”, ela fala.

“Como você... Esquece”, rolei os olhos. Camila riu.

“Então Ally vai me tirar daqui... Como?”

“Eu não sei. Advogados geralmente tem uma carta na manga e eu ainda não sei de nada extraordinário que ela possa usar para impressionar o juiz e eles te liberarem.”

“Até agora ela parece ok.”

“Você nem ao menos conhece ela.”

“Mas eu consigo vê-la através do seu pensamento. Ela parece estar se esforçando bastante. Muitos papéis. Pastas, documentos. É só o que eu vejo.”

“É só o que eu vejo também”, ri.

“Mas ela parece confiável. Você confia nela.”

“É... Eu confio.”

“Então eu confio nela também.”

Mordi o lábio inferior. Meu peito doeu por um segundo.

“Você confia em mim?”

Ela abre os olhos. Me encarou com a mesma intensidade de quando me viu tendo uma crise existencial no salão principal da clínica.

Eu já tinha minha resposta.

É. Aparentemente o silêncio funcionava para nós.

[..]

“Tem certeza que não quer ajuda?” Ela pergunta enquanto me observa descer as escadas de costas. A mão estendida no ar só por precaução me passava segurança psicológica e já era mais do que o necessário.

“Não... Eu acho.”

“Lauren?”

“É sério”, falei colocando o pé no degrau debaixo. “Eu consigo.”

Eu podia sentir o olhar sobre mim. Era como uma manta em um dia de outono.

Confortável.

“Sabe, eu até achei que minhas habilidades motoras não eram tão-”

“Lauren!”

Minha voz automaticamente sumiu das minhas cordas vocais no momento que meu pé esquerdo não sentiu o degrau embaixo de si.

Minha mão instantaneamente voou ao encontro da dela.

“Jesus Cristo, você quer me matar do coração?!” Ela fala descendo logo em seguida, a mão ainda entrelaçada na minha.

Eu poderia ouvi-la brigando comigo o dia todo. O som da voz dela conseguia ser agradável até mesmo quando ela gritava.

Eu achava isso fantástico.

Porém um dos meus maiores medos atravessou meu campo de visão no mesmo segundo em que ela estendeu a mão para mim.

No ato de tentar me puxar para cima e evitar uma possível queda, a manga da blusa fina que ela usava acabou subindo mais que o planejado e acabou revelando uma sequência de linhas vermelhas no pulso direito. Aquilo foi como um soco na boca do estômago para mim. As palavras do monsenhor dançavam na minha memória.

“Auto flagelação e surto psicótico”, ele diz tamborilando os dedos.

Senti minha garganta se fechar ainda mais com a cena.

Depois de minutos tentando descer a sequência de degraus, nós finalmente estávamos em terra firme. Ela sorria e brincava com o cabelo enquanto voltávamos para o prédio. Estava ocupada demais com as mechas para perceber minha expressão fechada.

“Camila”, falei parando minhas pernas.

Ela continuou caminhando e só parou três passos à frente quando percebeu que eu estava atrás.

“O que foi?”

Permaneci em silêncio. Meus olhos voaram em direção ao pulso direito.

“Lauren...”

“Por quê?”

Ela leva a mão até o rosto. Solta a respiração que nem sabia que segurava. Nega com a cabeça.

“Eu...”

“Camila.”

“Você não tinha aparecido. Eu tinha levado três injeções naquele dia. Estava mais estressada que o normal. Fiquei apagada por umas três horas e quando voltei estava toda arranhada. Eu não sabia o que fazer.”

A voz encolhendo a cada palavra que escapava.

“Eu chamei por alguém. Ninguém apareceu. Eu subi as escadas e um dos enfermeiros me levou à força de volta pro quarto. Eu briguei...” A voz ficando embargada gradativamente.

Meu coração parecia estar sendo esmagado.

“Eu briguei, mas ele era mais forte. Então brigou de volta. Eu não sabia o que fazer... Ele me empurrou e bateu com a minha cabeça contra a parede pra que eu parasse de lutar...”

“Camila...”

“No minuto seguinte tudo o que eu lembro é de estar no banheiro com duas lâminas na mão. Sangue. Havia... Havia muito sangue na pia. Eu não conseguia me olhar no espelho... Eu não...”

“Camila.”

“Eu não conseguia... Eu chamei por você... Eu...”

Me aproximei fechando o espaço que havia entre nós. Ela piscou um par de vezes fazendo algumas lágrimas escorrerem.

A fragilidade da cena inexplicável.

“Eu não conseguia parar...”

“Shhh...”

Meu peito ardia. Minha respiração simplesmente não ajudava. A única coisa plausível que eu fiz no momento foi abraçá-la. Abraçá-la como eu nunca havia abraçado antes. E ela chorou.

Chorou em meu ombro, contra o meu cabelo, contra minha roupa.

Chorou em mim.

Mas em nenhum segundo eu larguei o corpo frágil que havia em minha frente. Ela enterrou o rosto em meu pescoço e ficou ali por não sei quantos minutos.

Talvez até a dor passar. Até ela querer me soltar.

Não importava.

“Eu tô aqui, ok? Eu não vou a lugar nenhum. Eu tô aqui.”

“Lauren...”

“Eu tô aqui, ok?”

Ela assentiu contra meu pescoço. Levantou a cabeça minimamente para me olhar nos olhos.

Ficou em silêncio.

“Camila...”

Ela sorri em meio as lágrimas. Deposita um beijo singelo na minha bochecha antes de me puxar pela mão e caminhar lentamente comigo ao lado de volta para o prédio.

E você vê. Existem dois tipos de dor nesse mundo. A dor que te deixa mais forte e a dor inútil, que só contém sofrimento e efeitos colaterais de uma terrível fase que você daria tudo para esquecer.

Eu não creio que eu tenha força o suficiente para enfrentar a dor inútil nesse ponto da minha vida. Porque como o próprio nome diz: é inútil. Sem serventia, propósito ou fundamento. Não há porquê.

Depois que eu conheci Camila eu comecei a pensar muito nisso. Dei espaço à minha mente para elaborar uma opinião sobre o assunto. Sobre a dor.

Mas depois de tudo o que aconteceu, da reviravolta que a minha vida sofreu nas últimas semanas, das internações, dos choros, das corridas de carro até a clínica, do investimento psicológico que eu estava fazendo me fizeram chegar a uma dolorosa conclusão.

Quando se tratava de Camila, eu não sabia distinguir que tipo de dor o nosso relacionamento confuso me proporcionava. Se eu simplesmente estava sofrendo pelo bem estar mental e físico de uma completa estranha – que de uma maneira muito bizarra parecia terrivelmente familiar para mim – ou se aquilo tinha de fato um propósito, um porquê.

Eu não sabia.

Eu não sabia e isso me acabava por dentro. Ver ela passar por tudo aquilo quase todos os dias e não poder fazer absolutamente nada a não ser abraça-la e dizer que tudo ia ficar bem quando na verdade nós duas sabíamos que isso não era verdade, que nada iria ficar bem por um bom tempo.

Era horrível. Me ruía por dentro.

“Lauren?”

A ouvi me chamar. A voz baixa, ainda embargada devido ao choro.

“Sim?”

“Pare de pensar nisso”, ela pausa. “Nós vamos ficar bem.”

Respirei fundo tentando evitar outro colapso.

Nós íamos ficar bem.

Repeti mil vezes aquela frase na minha cabeça. A transformei em um mantra. Talvez repetindo constantemente em minha mente eu finalmente acredite. Talvez o destino não seja tão cruel quanto eu imagino que ele seja. Porque devido às circunstâncias atuais, ficar bem não existia em nosso dicionário.

Talvez demore.

Talvez o silêncio fale mais do que o necessário. Talvez fazer a coisa certa não seja tão certo assim.

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