Sem revisão!
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Samy estava abrindo os olhos, por uma vontade de fazer xixi, quando sentiu que Nik se mexeu de forma rápida e se sentou.
Ela fez carinho em suas costas - Vai ficar tudo bem, amor. Foi só um pesadelo... me conta.
- Foi sobre o dia do acidente, quer dizer do assassinato do meu... - Ele parou de falar, aquilo lhe trouxe um aperto no peito novamente. - Aquele desgraçado do Gustavo, tenho tanto ódio dele. - fechou os olhos e reapirou fundo - Descansa amor...
- Tarde demais... Deixa só eu voltar e conversaremos sobre isso, tá. - Ela Foi até o banheiro, e falava " Eu sinto muito mesmo que a desconfiança de vocês tenha se tornado verdade "
Ele ainda sentado na cama, a escutava, se lembrando de como se sentiu impotente no escritório da casa aonde moravam quando aconteceu. De como Rodrigo o abraçou, e ele se sentiu um pouco menos sozinho.
E percebeu que ela se calou.
Ela chegou na conclusão que ele pensou que ela não se importaria.
A viu encostar na lateral da entrada do banheiro, com a cabeça abaixada. - Foi ele. Ele estragou, tentou estragar tudo... Descobrir que tenho o sangue dele infelizmente não é muito bom.
Ele levantou rapido, e antes que pudesse chegar bem perto, ela estendeu o braço pra que ele parasse. - Eu entendo toda a raiva que você está... Eu também estou.
- Coração...
O jeito como ele disse a palavra, parecia ser a frase " Nem pense em falar o que está pensando... "
Ela continuou - Nik, será que você aguentaria muito tempo sem lembrar que... - " Que besteira é essa mulher? Esse homem te Ama. " - E se você não conseguir olhar pros bebês? Ou pra mim? - " Por favor não me tira o Lucas... "
- Mas de onde veio uma ideia dessa? - Ele estirou o braço, a chamou.
Ela não conseguiu levantar o rosto.
Ele disse - Eu preciso de você.
Com lágrimas no rosto ela o alcançou, o abraçou. - Estou aqui. Me desculpa... Não era bem uma dúvida do seu amor, mas eu pensei que em algum momento essa raiva dele pudesse te cegar.
- Escuta. - Ele apoiou as mãos de modo que ela o encarasse. - Você não é ele... Nossos filhos não terão nada a ver com ele. Você está entendendo isso? Você é filha do Eduardo...Você é mais filha do tio Marcus e do tio Cesar do que daquele infeliz.
- Você tem toda razão. Me desculpa pensar isso numa hora dessas mas é que fiquei com medo.
- Não fique. Nunca seria comparada a ele... Você teria biologicamente algo dele e da Marília, mas me atrevo a dizer que não tem nada deles... Você mesma disse que era filha do Eduardo e só. Eu também acredito nisso. O meu pai estaria te dizendo a mesma coisa, se não... - Ele desviou o olhar, um olhar pesado de saudade.
- Amor...
- Sim.
- Ele teria muito orgulho de vocês... O Anthony. O jeito como protegeu tudo o que ele começou a erguer, o modo como sempre agiu com sua família... Como cuidou de sua mãe e seu irmão. Eu sei que sente falta dele, muita falta.
Ele a abraçou. Não disse mais nada...
" Como eu pude pensar que ele me deixaria por causa daquele traste ruim... " Ela pensou, depois segurou a mão dele, o levou de volta pra cama. Ficaram abraçados alguns minutos sem dizer nada... Até que ele começou a contar coisas da infância.
Eles acordaram com o som da voz do pequeno, sentado nas pernas e as mãozinhas apoiadas nelas. - Bom dia.. - sussurrou.
Eles haviam deixado a porta aberta, pra o caso de o garoto precisar durante a madrugada, e Camila pudesse chamá -los mais rápido.
Nik ainda estava abraçado a sua esposa quando ouviu o bom dia mais lindo do mundo, e pensou " Que puta sorte eu tenho. Sei que ele não está aqui, mais a sorte que tive em ter uma família assim, sei que ele estaria feliz. "
- Bom dia meu amor. - Samy respondeu, e escutou o garoto sussurrar " Bom dia irmã... " pra barriga dela.
" O que eu vou fazer se forem dois meninos? " - a mãe pensava enquanto sorria pro garoto. -" Ainda há a chance de ser um casal ". - E viu Nik se aproximando do garoto pra lhe dar um beijo na testa.
O menino tocou o rosto do pai e disse - Eu te amo, de um tamanho grandão.
- De um tamanho grandão? - " Obrigado vida! "
- Grandão... - O pequeno lhe sorriu. E escutou Camila chamando lá do quarto dele... Ele olhou pro pai com os olhos vem abertos...
- Vamos nos esconder. - Nik disse a ele, e levantou, pegou a mão do garoto... e foram pra perto da porta.
Samy observava sentada na cama, e com a mão na barriga. Os dois aguardaram, o menino querendo rir e o pai fazendo sinal pra ficarem quietos... e Camila foi se aproximando da porta dizendo que estava perto, procurando um garoto e quando ela ficou mais perto da porta, os dois deram um "susto" nela. Que fingiu se assustar.
O garotinho riu, com as mãozinhas juntas e fazendo uma dancinha com um misto de pulinhos. Era uma criança visivelmente feliz naquela casa .
- Bom dia Senhor Nikolai. - Camila balançou a cabeça, rindo como quem diz " Esse garoto " - Vem, vamos arrumar você pra ir a escola.
- Eu não posso ir hoje. - O menino disse.
O pai perguntou porque? E ele respondeu - Voce vai focar com saudades.
Nik se abaixou e falou pra ele - Vou ficar mesmo... Mas quer saber? Quando voce voltar, vamos brincar, assistir tv, tomar sorvete o que voce acha? Eu consigo eaperar um poquinho ate voce voltar. Voce consegue tambem?
Ele balançou a cabeça confirmando... então Nik disse - Cadê o abraço do pai? - O pequeno o abraçou e depois foi com Camila, pro quarto dele.
- É tão lindo observar vocês... - ela disse enquanto ele se sentou - Como você está meu amor?
- Depois de contar pro Rodrigo, vou começar a melhorar. - Ele tentou um sorriso pra ela.
- Estou aqui, tá.
- Você me trouxe de volta de onde eu poderia estar agora. É quem me lembra de tudo vai ficar bem...
- E vai ficar.
- Vou ficar. Ficaremos bem... somos família.
- Tem toda razão, amor. - Ela levantou, foi até ele, lhe deu um beijo no rosto e disse que tomaria banho, pra irem ver a Madá.
E contarem ao Rodrigo a descoberta, além de receber o Marcus.
Mas antes de saírem, Nik contou a ela tudo o que houve na reunião.
Inclusive que Luna confessou nunca terem transado... Ela havia posto algo na bebida dele...
Samy sentiu raiva de toda a situação... Mas no fim das contas, sentiu -se feliz pelo Lalo. Apesar de triste por não ter laço sanguíneo com ele...
Nik lhe disse - Mas isso é o de menos... Ele sempre adorou você, parecia ate que queria mesmo ser seu irmão.
- Eu também. E que bom que o Marcus está bem, e o Erik ficou bem... Que história não é?
- Mas tudo isso, ficou pra trás. Vamos focar no futuro.
- Sim senhor.
- Estou curioso pra saber o que Hernandes quer contar, mas disse que falaria hoje. Não entendi Gustavo não ter aparecido na delegacia...
- Eu não costumo dizer isso, mas espero que ele não esteja nada bem. Eu o odeio tanto... Acho que nunca odiei alguém assim, e olha que já tive motivos.
Ele a abraçou.
- Eu sinto muito mesmo. - Ela disse.
Lucas entrou no quarto, pra dizer " tchau " pois já ia pra escola. Victor estava esperando pra levar ele e as meninas.
Eles deram um beijo no garoto e foram pra sala.
Victor claramente ainda estava sem jeito, pelo que houve. Ela foi até ele - que tentou mostrar que estava tudo certo, e até maos sério do que era antes, pois pensou que não seria mais tratado como antes - E sua patroa loas as mãos nos braços dele e disse - Se você ficar tão serio assim, aí sim eu te demito, e pode dizer o mesmo pro Lucas.
Nik olhou pra ele e disse - Melhor ouvi-la.
- Vamos continuar confiando em vocês. - ela deu aquele sorrisinho - O que me diz?
- Sim senhora.
- Senhora? - Ela fez aquela cara " Senhora... nem vem ". - Escuta... Voce pode comprar flores?
- O que a senhora precisar.
- Quero flores aqui, flores pra Ana, flores pra Marcela, flores pra Madá, flores pra Denise que daqui a pouco chega. Ah, pede pra entregar também na casa da Verena e da Sosô.
- Ok, dona Samantha.
- Dona? - Ela riu, enfim o viu rir como fazia. O olhou mais concentrada - Obrigada, Victor. - E anotou quais flores queria pra cada uma.
Quando o garoto saiu com ele pra encontrar Lucas e as meninas na garagem, Samy recebeu uma ligação do avô... Foi conversando com ele até chegarem ao apartamento de Marcela.
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