O Preço do Arrependimento | C...

Por Nunesmiih

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Quando se faz algo sem uma escolha com antecedência, surgem as consequências. E foi exatamente isso que acont... Más

Capítulo 1 - Positive.
Capítulo 2 - In pieces.
Capítulo 3 - Graduation.
Capítulo 4 - No Tears Left To Cry.
Capítulo 6 - London.
Capítulo 7 - Grateful.
Capítulo 8 - Seven months.
Capítulo 9 - Running Low.
Capítulo 10 - Shelter.
Capítulo 11 - Welcome London!
Capítulo 12 - First Days.
Capítulo 13 - Happy Birthday, Bea!
Capítulo 14 - Godfather.
Capítulo 15 - Three Years later.
Capítulo 16 - Back in Dallas!
Capítulo 17 - You?
Capítulo 18 - Special patient.
Capítulo 19 - Farm.
Capítulo 20 - You again?
Capítulo 21 - Dinner at Aubrey's House.
Capítulo 22 - Heartache.
Capítulo 23 - It's your decision.
Capítulo 24 - Best day.
Capítulo 25 - Second chance.
Capítulo 26 - Mistake.
Capítulo 27 - Take care of her!
Capítulo 28 - Spend tonight here.
Capítulo 29 - Be mine.
Capítulo 30 - Take you down.
Capítulo 31 - Leukemia.
Capítulo 32 - Affliction.
Capítulo 33 - He fainted.
Capítulo 34 - You are sick, Justin!
Capítulo 35 - Chemotherapy.
Capítulo 36 - Justin is your father, London!
Capítulo 37 - Aubrey's wedding.
Capítulo 38 - Please, forgive-me.
Capítulo 39 - For love.
Capítulo 40 - He's not reacting well.
Capítulo 41 - You saved my life.
Capítulo 42 - London Martinelli Bieber.
Capítulo 43 - Make love.
Capítulo 44 - Stay with me forever.
Epilogue.
Gratidão! ❤️
The Daughter of Enemy.
The Daughter Of Enemy 2
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Capítulo 5 - Goodbye, Dallas!

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Por Nunesmiih

''Uma vez em toda vida

Alguém rouba seu coração

E você está para sempre mudado

Mesmo quando você precisa se separar

Você acha difícil deixar

Os sentimentos não vão

Mas uma voz interior está dizendo a você

Você não pode aguentar

Então diga adeus.'' ― Lauren Kinkade (Say Goodbye)


Dallas, Texas - Estados Unidos.

23 de Abril de 2013.

Na janela de meu quarto, eu olho para as folhas que caem perfeitamente das árvores. Abraçada com meus próprios braços, experimento quando uma lágrima desce molhando a minha bochecha esquerda, ao saber que eu irei deixar esse lugar que já moro tem exatamente seis anos. O Lugar onde tive uma adolescência boa. Fiz amigos, conheci pessoas incríveis e outras que eu julguei ser. Me reencontrei e me perdi também, diversas vezes. E encontrei um amor que aqui julguei verdadeiro, mas que não passava de uma ilusão, porque o que o Justin sentiu por mim, nunca foi amor, porque quem ama cuida ao invés de abandonar.

E se o Justin realmente me amasse, ele nunca iria pedir para que eu tirasse a nossa filha. E eu nunca serei capaz de olhar em seus olhos e perdoá-lo por seu pedido, porque o que ele fez é algo imperdoável. Contudo, um dia eu espero que ele coloque a cabeça no lugar, pense, repense e até mesmo se arrependa do que queria que eu fizesse, e o melhor, que possa aprender com os seus erros.

É apenas cinco horas da manhã e eu só viajarei hoje pela tarde. Escolhi esse horário, porque pela manhã é a hora que os meus enjoos sempre atacam, impossibilitando-me de fazer algo.

Fecho os meus olhos assim que as lembranças tomam conta de minha mente, mostrando-me uma uma cena que aconteceu há quatro anos depois de termos começado a namorar.

Estamos deitados na grama aqui de minha casa. A noite está bastante fria apesar de ser uma noite de verão. Neste momento, eu e o meu namorado miramos o céu tendo a linda visão de infinitas estrelas por todo o céu estrelado acima de nós.

A imagem é linda e é reconfortante admirá-las.

― Elas são tão bonitas ― sussurro, admirando-as, sempre gostei muito de olhá-las e conheço algumas constelações, na verdade, o Justin vem me ensinando desde que começamos a namorar e como eu sou esperta, acabo aprendendo rápido as coisas.

― Não mais do que você ― ele diz, sorri para mim, mas logo voltamos a fitar o céu ― Aquela ali é Ursa minor. Usar menor ― continua, e eu sei que essa é uma constelação do hemisfério celestial norte.

Ouço atentamente.

― E suas constelações vizinhas são Cefeu, Girafa e o Dragão. ― fala com sua tamanha inteligência e amor em admirar as estrelas.

― E aquela é a ursa maior ― aponto para a ursa maior que é uma grande e famosa constelação do hemisfério celestial norte também. E foi a que eu aprendi reconhecer mais rápido quando ele me ensinou.

Sentamos na grama um de frente ao outro agora.

― Eu amo você, Bea! ― ele puxa o meu queixo e olhando-o fixamente, eu posso ver o quão linda suas irís acastanhadas são.

― Eu também amo você, Jus! ― sussurro sentindo os dedos de sua mão esquerda em minha bochecha.

― Eu sempre vou estar com você.

― E eu acredito ― ele junta os nos lábios em um beijo carinhoso como costuma sempre ser. Nossas línguas acariciam uma a outra com tamanha delicadeza e cuidado. Suas mãos agora vem para as minhas costas alisando-as com cuidado e eu levo a minha mão direita até seus cabelos afagando-os.

E sempre que nos beijamos é algo assim: único e especial. Ele me faz sentir-me desta maneira, e eu amo isso.

Respiro pesadamente ao ter essa lembrança, ainda mantendo os meus olhos fechados.

Recordo-me que nesta noite nós fizemos amor pela primeira vez. Já estávamos namorando há um ano e depois de termos conversado bastante a respeito do assunto, nós chegamos a uma conclusão e vimos que já era hora de termos um contato maior. Eu desejava, ele desejava, e o melhor de tudo, eu estava segura do que queria e ele foi tão carinhoso, fez o momento se tornar especial como eu havia imaginado a minha vida toda.

Abro os os meus olhos, repreendo-me, por ter sido tola em acreditar nisso. Em acreditar que ele estaria comigo nos momentos em que eu mais precisasse. Fui besta o suficiente de achar que nos momentos difíceis, eu teria o seu ombro para chorar, junto de seu colo para deitar e sua voz para sussurrar que: tudo vai ficar bem.

Sinto o meu rosto arder assim como os meus olhos, sabendo que ele me deixou quando eu mais precisei.

Afasto esses pensamentos, não adianta pensar mais nisso, pensar nele, porque Justin Drew Bieber morreu pra mim.

•••

Hoje eu passei a manhã inteira no shopping porque a minha mãe queria que eu levasse comigo um presente que ela comprou para a minha filha. Desde o começo da gravidez, eu disse que não queria comprar todas as coisas aqui porque vou levar comigo apenas uma pequena mala, e uma bolsa só com o que é realmente necessário.

No shopping a minha mãe comprou uma linda roupinha e disse-me que quer que seja a saída de minha menina do hospital. E eu a garantir que sim, que irei usar a roupa e que caso a minha filha não a espere para o nascimento, eu irei mandar as fotos para tranquilizá-la.

Apesar da manha animada que tivermos no shopping. Termos almoçando junto com o meu pai que também não foi para o trabalho, eu estou os achando tristes e tensos e eu sei que tudo isso é por conta de minha partida, por mais que também me doa ir é isso o que eu tenho que fazer neste momento.

Dallas não está me trazendo boas lembranças e sentimentos ultimamente. E para que eu me livre definitivamente deles, eu terei que partir.

― Tem certeza que vocês vão ficar confortáveis naquela casa? — pergunta, ajudando-me a embalar as minhas coisas.

― Sim, eu e a Aubrey gostamos muito dela ― falo, recordando-me que mês passado nós fomos até Nova Jersey escolher a casa onde iríamos morar. Ela desde que falei que iria embora decidiu que vai comigo para onde eu for.

― Qualquer coisa que acontecer nos avise ― minha mãe diz, olhando-me preocupada ― Não se esqueça que você está grávida, Beatrice.

― Pode deixar, Dona Elisabetta Bianco Martinelli. ― termino de colocar as últimas peças de roupas e fecho a minha mala.

Deixo tudo arrumado aqui em meu carro e corro até a sala, sentando-se ao lado de meu pai, abraçando-o forte.

― Se fosse de minha vontade, você não ia, Bea ― olha para o meu rosto ― Fique, minha filha.

― Por favor, pai! ― peço olhando-o ― Eu vou sentir muitas saudades também, mas eu verdadeiramente preciso ir ― aliso o seu rosto ― E eu prometo que quando o minha filha estiver maior e não oferecer perigo viajar, nós iremos vir visitá-los.

― Promessa é dívida.

― Mas o senhor e a minha mãe também podem ir sempre lá nos visitar.

― E nós vamos!

O abraço mais e começamos assistir o filme que passa na TV. Depois de alguns minutos, minha mãe aparece na sala com uma vasilha de pipoca e se junta a nós para termos esse momentinho família antes de eu partir.

•••

A tarde chegou calma, mas acompanhada de um frio e de uma garoa que foi suficiente para eu me agasalhar, porque também sentirei frio por conta do ar condicionado do avião em que viajarei.

O meu pai acabou de descer com a minha mala e a minha mãe com uma pequena bolsa que está algumas roupas de minha filha que ganhei de presente dela, do meu pai e de alguns familiares próximos. Muitos deles também ficaram tristes quando souberam que vou embora com a minha melhor amiga, enquanto a minha vó chegou até mim e disse que essa era a escolha certa, que eu preciso respirar novos ares para me reencontrar.

Hoje rolou até uma pequena despedida com direito a um Karaokê onde cantamos as nossas músicas favoritas e fizemos as coisas que sempre costumamos fazer quando estamos reunidos em família. E foi maravilhoso, foi reconfortante para minha alma ver a minha família reunida mais uma vez para me dar carinho, dar amor a minha filha ainda em meu ventre e realmente a definição de família é: amor.

E o que recebi hoje foi amor verdadeiro.

Olho mais uma vez tudo ao meu redor e sinto as lágrimas descerem de meus olhos, mas limpo-as.

Pego o meu celular e leio a nova mensagem.

''Eu já estou aqui embaixo.'' ― Aubrey.

Sem olhar para trás, eu saio rapidamente de meu cômodo, fechando a porta atrás de mim.

•••

― Vá com Deus, querida! ― minha mãe diz com os olhos cheios de lágrimas e me abraça, deixando em seguida um beijo em minha barriga ― Que a sua nova caminhada seja repleta de luz e eu sei que esse anjinho vai trazer muito amor. Um filho sempre trás, e não se esqueça que você foi a melhor coisa que aconteceu em minha vida, Bea ― agora os seus lábios beijam a minha testa e eu fecho os meus olhos, apreciando o afago.

Nunca ficamos tanto tempo longe uma da outra, e isso me deixa meio triste porque eu tenho planos de ir, mas não tenho de voltar.

Abro os meus olhos e sinto o meu pai abraçar-me também.

― Perdoa-me, minha filha por ter dito aquelas coisas naquele dia ― segura em meu rosto, encarando os meus olhos ― Eu amo você e a minha neta ― acaricia a minha barriga ― Se fosse por mim vocês nunca iriam embora.

― Não precisa pedir desculpas, pai ― o abraço firme e forte também ― E nós também amamos o senhor.

― Se cuide! ― separamos do abraço e ele beija a minha testa ― E sempre que possível, nós iremos visitá-la.

Concordo com a minha cabeça. Olho para o lado e noto a Aubrey se despedindo de seus pais que também estão tristes com a sua partida. Depois da faculdade, eu tinha planos de trabalhar e casar meses depois. Já a minha amiga, tinha planos de viajar, conhecer o mundo e só depois começar a trabalhar. E hoje eu vejo que ela deixou isso de lado, por mim e por minha filha e eu serei eternamente agradecida por seu cuidado.

Logo ouvimos a última chamada:

''Última chamada para o voo 454 com destino a New Jersey''

Nos direcionamos para a pista de embarque, eu realmente estou com o coração a mil e ansiosa para a minha nova vida.

O embarque foi rápido e agora estou aqui, esperando que os outros passageiros entrem para que assim possamos seguir viagem.

― Eu te amo! ― o Justin grita alto para que todos que estão com a gente possa ouvir ― Eu te amo! ― sorri dando visão de seus dentes brancos e bem alinhados ― E eu não posso esperar mais nenhum minuto para fazer isto.

Ele ajoelha-se a minha frente e eu trago as minhas mãos até a minha boca, completamente surpresa por seu ato.

― Escolhi você para ser a mulher que vai dividir a vida comigo porque eu não imagino mais a minha vida sem você ― noto que ele está nervoso ― Beatrice Bianco Martinelli, você aceita se casar comigo? ― tira de seu bolso uma pequena caixa vermelha com um linda aliança dentro.

― É claro que sim, eu te amo Justin! ― digo chorando de felicidade porque dividir o resto de meus anos de vida ao seu lado é tudo o que eu mais quero. Ele é o homem que eu escolho para amar e respeitar.

Ele coloca o anel em meu dedo e em seguida eu coloco em seu dedo também e só sinto quando ele me puxa para seus braços, beijando-me rapidamente e nós apenas ouvimos o grito das pessoas ao nosso lado que estão eufóricas com tudo isso.

Odeio ter mais essa lembrança.

Respiro fundo sabendo que tudo foi tempo perdido, foi uma mentira.

Depois dos avisos do piloto o avião começa a decolar e eu sorrio porque o meu grande recomeço vem aí.

Adeus, Dallas! ― sussurro quando o avião decola. Trago a minha mão até a minha barriga e acaricio a mesma. Olho para a poltrona ao lado vendo a minha amiga sorrir calorosamente para mim.

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