Sete Regiões A lenda dos Drag...

By Mirabella_Campoverde

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Maxine é uma garota determinada a escrever seu próprio futuro, mas seu mundo vira de cabeça para baixo quando... More

Sete Regiões
A comitiva
Pequenos Tesouros
Hugo
Apresentações
À beira da fogueira
A Lenda dos Dragões I
Atentado ao Rei
Afinidades
A escolta
Servos do Dragão
Curiosidade!
Dúvidas
A Chegada
A Torre
Revelações
Conflitos
Não Pode Ficar Pior
O Manto
Resolução
Reconciliação
Indicação
Juntos por Anabelle
Hugo II
Estranhesas
Mãe
Um Propósito
Mudanças Inesperadas
O grande Dia
Finalmente
Finalmente II
Comunicado Importante
Sem Segredos
A verdade

Quem Diria?

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By Mirabella_Campoverde


—Do que você, está falando? — Perguntei nervosa, será que ela conseguiu ler a carta da minha mãe, mesmo lá de cima do beliche? E que diabos ela quis dizer com "também"?

Ela pulou do beliche, e eu me fiquei de pé também. Hugo e Anabelle sentindo a tensão se levantaram prontos para separar qualquer desentendimento. Eu não queria brigar com a garota, só precisava saber como ela tinha chego a essa conclusão e se isso representava algum perigo. Ela cruzou os braços sobre o peito, na sua pose intimidadora de sempre e me olhou demoradamente antes de olhar para cada um dos outros presentes no quarto.

E antes de me responder foi até a porta do quarto, que ainda estava aberta, olhou para os dois lados do corredor de modo suspeito, e fechou a pesada porta. Anabelle segurou o meu braço em apreensão, e Hugo ergueu sua sobrancelha questionadora. Celeste se aproximou e falou em um tom muito mais baixo do que costumava usar.

—Sei que vocês são Servos de Dragão. — Disse ela apontando para Anabelle e Hugo. —Só não tinha certeza sobre a Nanica. Por isso me mantive próxima. —Concluiu ela satisfeita consigo mesma.

Anabelle apenas negou com a cabeça e Hugo se pôs a rir, e eu permaneci calada, e de queixo caído. Como assim? De onde ela tinha tirado tudo isso? Mas, agora fazia sentido, que mesmo depois da nossa briga ela não tenha se afastado.

Celeste fechou o semblante por um momento, o que fez Hugo parar de rir. Como ninguém se atreveu a dizer nada, ela tomou uma atitude que me chamou a atenção.

—Tudo bem. Sei que não vão admitir assim, por nada. E, até é um pouco mais inteligente do que eu pensei que seriam. — Ela foi até as suas coisas e começou a procurar algo, enquanto continuava falando. —Todos sabem o quanto é perigoso ser descoberto pelos inimigos. — Ela se virou com o pedaço de pano vermelho que Anabelle e eu já tínhamos visto, no dia em que nos conhecemos, na palma da sua mão. Ela o desembrulhou com cuidado revelando um colar com um pingente dourado com uma espada lindamente estampada no centro de uma medalhinha. — Também sou descendente dos Servos, e decidi assumir o legado!

Seus olhos estavam brilhantes de orgulho, Anabelle olhou curiosa para a bonita joia e Hugo, dando de ombros, me livrou da vergonha em ser a primeira a admitir, e falou:

— Não entendi. — Celeste olhou para ele, incerta se estava falando a verdade, ou estava brincando. Hugo olhou para cada uma de nós procurando um reconhecimento. — Sabe que isso é história de dormir, não é?

Vi quando o rosto da garota começou a mudar de cor. Garanto que Hugo teria provado da fúria da menina, se ela não estivesse tão comprometida em provar o seu ponto.

—Não seja estúpido. Não precisa disfarçar, estou do mesmo lado que vocês! — Disse ela com convicção, enquanto virava a pequena joia de costas. —veja. — Chamou atenção para o que estava gravado atrás da medalha.

Em um traço fino e simples, sobre a superfície plana das costas da medalha, estava gravado o que parecia um monte ou uma montanha. Bem acima do pico tinha uma estrela, e de cada lado dela três estrelas menores, totalizando sete estrelas. Confesso que não entendi, mas Hugo mudou de postura no momento em que viu o desenho gravado na medalha. E Anabelle retirou o cordão que ela já havia chamado de sem valor, para olhar o avesso, comprovando o que ela já sabia, mas que pelo seu espanto não conhecia o significado.

— É o mesmo desenho. — Disse ela surpresa, nos mostrando o colar.

E eu não me contive, e virei o meu medalhão, e lá estava o mesmo desenho. Fazia sentido como pôde ver antes mesmo que eu. E sinceramente, não teria entendido o significado, mesmo que eu tivesse visto primeiro.

Ela observou atentamente a nossas reações antes de concluir.

— As Duas não sabiam? — Disse ela sem acreditar, e falando para Anabelle. —Reparei no seu colar quando arrumávamos os colchões no primeiro dia. — Anabelle negou ainda olhando com admiração para o seu colar. — Por isso pensei que a Nanica tinha mexido em suas coisas quando vi a caixa nas mãos dela.

—Que? — Perguntei sem entender a conexão com as duas coisa.

Celeste não respondeu. Em um movimento rápido buscou a caixa que eu tinha deixado em cima da cama, e entes que eu protestasse à virou de cabeça para baixo, e diante dos meus olhos, vi o mesmo emblema entalhado levemente na madeira. Todos os entalhes eram finos e discretos, sem a menor pretensão em chamar a atenção de ninguém, mas era claro, para quem sabia o que estava procurando.

Tudo o que Celeste disse começou a se encaixar, explicava muito de suas atitudes, além de fortalecer o que eu tinha descoberto ao abrir a caixa da minha mãe. Repassado o que foi dito, percebi o que tinha ficado claro para Celeste, Hugo Sabia!

— Desde quando você sabe? — Perguntei indignada para o garoto.

Hugo ficou sem jeito, deu de ombros como sempre, e voltou a sentar na cama de baixo do beliche.

—Dai, depende do que você ser refere. — Começou, ele. —Se quer saber desde quando eu sei que sou um Cervo de Dragão? Desde sempre, eu acho. Fui ensinado sobre isso, como cada criança é ensinada sobre todas as coisas básicas.

Ele não estava confortável com o assunto, e ficou ainda pior quando Anabelle o olhou decepcionada.

—Você mentiu para nós! — Disse ela baixinho, voltando a sentar na cama para ficar em frente à ele. — Na comitiva, quando falamos sobre o atentado, você mentiu, e continuou mentindo. Pensei que confiasse em nós?

—Eu, Eu confio. Só não podia falar. — Ele tentou pegar na mão dela, do jeito galante de sempre, mas ela puxou a mão discretamente. — É Perigoso, Bell. Entende? — Completou ele com um suspiro.

— E quanto ao Resto? — Perguntou Celeste, com os braços cruzados sobre o peito, retomando o assunto anterior, sem dar importância a conversa entre Hugo e Anabelle. — Anda, logo. Desembucha!

Ela estava impaciente, e apesar de preocupada com os sentimentos de Anabelle eu também estava. Juntei minhas coisas de volta para dentro da caixa e sentei ao lado de Anabelle para poder olhar para o rosto do garroto e quem sabe determinar qualquer vestígio de que estivesse mentindo, o que eu duvido muito, já que ele demonstrou ser um bom mentiroso.

—Sei, das duas desde que fui levado para a comitiva. — Eu estava chocada, ele estava de cabeça baixa, e continuou falando sem dar tempo para ser interrompido. — Quem me acompanhou, pediu para ficar por perto, para o caso das duas precisarem de ajuda. Não era para eu ter sido enviado para a comitiva, eu seria um infiltrado no castelo assim como o meu verdadeiro, e falecido pai. — Agora até Celeste, sentou ao meu lado para ouvir. Ele bem que tentou amenizar o que dizia com o seu sorriso, mas sem sucesso continuou, diante de uma plateia perplexa. — O irônico, é que as habilidades de e um Sorrateiro, tão bem vindas a missão, é que chamaram a atenção do Rei, não sobrando alternativa, se não a de me enviar a Torre, como é de costume para um caso de Casa mista.

De repente tudo ficou mais confuso em minha mente. Hugo acabou de confessar que era filho de um sorrateiro!

—Quando digo meu pai, sempre me refiro a Tersan, da Casa dos Cavaleiros. O pai que me amou, me criou, e ensinou os meus valores. — Esclareceu, Hugo. — Mas, que também nunca escondeu minha verdadeira origem. A vinda de um membro da Casa dos Sorrateiros, amigo de meu pai, que morreu no conflito entre os Servos e o Casa Real.

—Não existem Cavaleiros, que sejam Servos do Dragão! —Explodiu Celeste. — Vai contra todos os códigos de Honra da Casa! — Celeste estava chateada, com a possível mentira de Hugo. — Por isso, a guarda pessoal do Rei é composta só de Cavaleiros!

—Nunca disse que meu pai era um Cervo! — Defendeu Hugo. — Você concluiu isso! — Ele estava de pé e chateado com a acusação de Celeste. —Meu pai me criou sobre os valores da Sua Casa, e é por isso que, ele minha mãe estão em conflito!

Ouvindo isso Celeste se acalmou, e gesticulou para que Hugo prosseguisse.

—Meu Pai não se envolve nos assuntos dos Cervos, Mas colabora com qualquer informação que possa ajudar ao Reino. — Continuou ele, ainda chateado. — Os cavaleiros tem sua lealdade Jurada ao Reino e a Justiça, não ao Rei.

—Mas, é a mesma coisa. —Disse Anabelle.

—Não, desde que a ganancia do Rei, vem destruindo o Reino! —Esclareceu Hugo.

Continuamos com as revelações!

Beijokas!

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