A verdade

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Quando os Bardos e Menestréis falam sobre liberdade poética sempre imaginamos que uma palavra é substituída por outra em virtude da sonoridade ou para favorecer uma rima em um poema ou canção. Não que parte dos acontecimentos eram completamente alterados, e que para isso bastava um decreto do Rei.

Sempre imaginei a arte como uma das poucas atividades verdadeiramente livres. Na verdade eu realmente acreditei que vivia em um Reino Livre. E que os acontecimentos e notícias percorriam o Reino, nas canções e poesias, levadas de vilarejos em vilarejos na bagagem dos Artistas. Com as histórias de gerações sendo repassadas em formas de lendas, contadas em torno do fogo para que cada um pudesse conhecer os feitos dos seus antepassados e o legado de suas famílias diante da criação do mundo a sua volta.

Mas, a verdade pelo visto era bem diferente. Nos Reinos Livres, qualquer pessoa que seja pega recriando os acontecimentos censurados pelo Rei, é acusado de traição e condenado a morte. Eu não queria acreditar naquilo, mas tudo o que era contado por Celeste, era confirmado por Hugo, que mantinha vigília constante à porta do nosso quarto e ao corredor. Ele avisava a garota quando havia a aproximação de alguém, para que ela se calasse, mesmo que sua voz não passasse de um sussurro.

A seriedade com que os dois tratavam o assunto que estavam compartilhando conosco, afastava qualquer dúvida que eu poderia ter sobre a veracidade dos fatos. Anabelle escutava tudo em silêncio, e se assustava toda vez que Hugo sinalizava para Celeste, a aproximação do perigo.

E eu apesar dos protestos dos dois sobre o risco que eu estava correndo, comecei a tomar nota de tudo o que era dito em meu livro. Se tudo quilo era verdade eu sabia qual seria o meu propósito, eu levaria a verdade a todos! Eu devia isso a todos os Contadores de História, que assim como a minha Mãe dedicaram a vida em busca da verdade. Esse é o meu verdadeiro legado!

A princesa e o Dragão.

A muito a ser contado sobre a beleza e os encantos da princesa Estela, o que todos desconhecem é que estes encantos foram usados como forma de ocultar os verdadeiros acontecimentos do passado. Ao ponto em que nos dias de hoje, apenas a sua beleza e cantada nos versos das canções. Mas tudo isso terá um fim hoje.

A princesa Estela era o bem mais protegido do Reino, mas isso não estava ligado aos encantos da Princesa. O Fato era que ela era a única herdeira do Trono dos Sete Reinos. Ser seu guardião legal da princesa Estela, concedia o título temporário de Rei. E é assim que foi nomeado o Rei Ruves I.

A vida da princesa foi cercada por uma mundo de tristezas ainda logo cedo. Sua mãe não resistiu ao parto, e o seu pai, o Rei Reno, sucumbiu a melancolia. Deixando a princesa órfã aos oito anos de idade.

Naquele tempo, não haviam orfanatos no Reino. E este, não era tão grandioso. Todas as Doze casas viviam muito mais próximas, e seus líderes, os conselheiros do Rei, habitavam o castelo Real, ou seja A Torre.

Com a morte do Rei, o Conselho elegeu um guardião para a princesa Estela. Este assumiria a corroa até o dia do casamento da princesa, onde ela seria Coroada a Rainha e o seu Consorte o Rei dos Reinos Livres. O eleito para o cargo foi o líder da Casa dos Magistrados, por estar acostumado a lidar com questões administrativas, e ser o maior representante do cumprimento da lei, foi uma escolha simples de ser feita. E foi assim que o rei Ruves assumiu a coroa do Reino.

O Rei Ruves, também tinha um filho, a quem todos acostumaram a chamar de Príncipe. Igor eram mais velho do que Estela em apenas alguns anos, e ambos conheciam a dor de crescer sem a mãe. No castelo, ambos foram criados juntos, aos cuidados do Rei Ruves, e por isso a Princesa passou a ver o garoto como a um irmão.

Os conselheiros viam como certa, a união futura das Crianças, e o destino do reino estava assegurado. No entanto a ganancia do Rei Ruves passou a crescer a mediada em que a coroa pesava sobre sua cabeça. Rumores cresciam a respeito das circunstancias da morte do Rei Reno. A princesa começou a ser vista como a única esperança de afastar o Rei Ruves, e sua tirania do poder.

Mas o Rei tinha seus próprios planos. Ele pretendia sim que o filho se tornasse o sucessor do título Real, mas pretendia também oferecer a mão da Linda princesa a quem lhe oferecesse mais vantagens. E foi assim que a fama da princesa começou a atrair pretendentes.

O Reino estava dividido entre os opositores do Rei, e aqueles que viam vantagens em sua estratégia. O Príncipe Igor se tornou amargurado pois temia perder o que lhe foi prometido. E A princesa se tornava cada vez mais reclusa, e não aceitava conhecer os seus pretendentes.

A data para a coroação se aproximava, a princesa preferia a morte ao encontrar o seu destino em um casamento arranjado. O povo via o casamento como o fim para os conflitos já que a princesa deveria assumir o reinado como mandava o costume. Os conselheiros estavam divididos entre os que apoiavam o Rei, e os que apoiavam a Princesa. Com esse impasse Beirando uma guerra, um acordo nada convencional foi firmado.

O acordo não agradou em nada ao Rei, mas recebeu total apoio do povo, e foi visto com bons olhos pela Princesa, que ansiava por uma saída para os planos que o Rei Ruves lhe reservava.

Assim, ficou firmado que Rei indicaria um pretendente para a Princesa. Os conselheiros indicariam outro Candidato. E a Princesa escolheria dentre os pretendentes do reino um terceiro candidato. Assim teriam candidatos que representavam a vontade do Rei, dos Conselheiros, da Princesa e do povo.

Os candidatos teriam o prazo de um mês para conseguir mudar a opinião das três partes envolvidas. O candidato que conseguisse o apoio da maioria seria aceito como futuro Rei e Marido, da princesa.

A escolha do candidato do Rei, foi surpreendente. Pois todos imaginavam que a escolha óbvia seria o Príncipe Igor. No entanto o indicado foi o Governante da Cidade do Comércio das Areias. O homem que tinha idade para ser o pai da Princesa, conseguiu a indicação depois de firmar um acordo extremamente lucrativo com o Rei Ruves. Onde o Governador se comprometia a conceder uma generosa quantia em ouro, e uma aliança comercial entre os dois reinos, recebendo em troca a Princesa, para junta-la ao seu arem e leva-la para longe dos Reinos livres.

Os conselheiros apostaram na melhor alternativa para trazer paz ao reino e frustrar com os planos do Rei, e indicaram como o seu Representante o Príncipe Igor. A Princesa, estava entre ser levada para longe de seu lar por um velho, ou o casamento com alguém que ala via como um irmão. Para fazer a escolha do seu representante ela marcou uma grande recepção no castelo, onde todo o interessado em lhe cortejar poderia se apresentar.

Com o destino de um reino em jogo, é claro que o Rei tomou algumas providencias, jurando de morte todo aquele tentasse se apresentar na recepção da Princesa. Os Conselheiros por sua vez, pediram formalmente o apoio de suas Casas ao Príncipe Igor, desencorajando seus membros a se apresentar para a princesa. Desse modo, no dia da Recepção, os poucos corajosos que se apresentaram, se resumiam a estrangeiros que não sofreram a influência dos Conselheiros e que estavam dispostos a enfrentar as ameaças do Rei.

Entre estes estrangeiros estava a personificação do Grande Dragão.

 


Não adianta, sou uma tratante! Desculpa meus queridos leitores mas não consigo cumprir com os prazos. espero que me possam me perdoar. 

Os capítulos revisados ainda não foram postados. sei que tem bastante falhas, mas conto com a paciência de Vocês.

Mas me contem, o que acharam dessa aliança? Será que esse é o propósito da Max? o que mais aconteceu no encontro da Princesa e o Dragão?

Quero saber tudo o que passa pela cabecinha de vocês!

Boa leitura, e BeijoKas.

Chegaste ao fim dos capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jan 28, 2019 ⏰

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