O Monotono Diario de Isaac [B...

By LyanKLevian

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SINOPSE: Isaac Rodrigues, um jovem de 20 anos, foge da casa dos pais e vai morar num casarão de uma cidade de... More

Apresentação
24.04.18 - Terça
25.04.18 - Quarta
26.04.18 - Quinta
28.04.18 - Sábado (manhã)
28.04.18 - Sábado (noite)
29.04.18 - Domingo (manhã)
29.04.18 - Domingo (noite)
30.04.18 - Segunda
02.05.18 - Quarta (manhã)
02.05.18 - Quarta (noite)
03.05.18 - Quinta
04.05.18 - Sexta (noite - 20h)
04.05.18 - Sexta (noite - 22h)
06.05.18 - Domingo
08.05.18 - Terça
09.05.18 - Quarta
10.05.18 - Quinta (manhã)
10.05.18 - Quinta (noite)
12.05.18 - Sábado
17.05.18 - Quinta (manhã)
17.05.18 - Quinta (noite)
18.05.18 - Sexta
19.05.18 - Sábado (manhã 1/2)
19.05.18 - Sábado (manhã 2/2)
21.05.18 - Segunda
24.05.18 - Quinta (manhã)
24.05.18 - Quinta (noite)
25.05.18 - Sexta
26.05.18 - Sábado
27.05.18 - Domingo
28.05.18 - Segunda
30.05.18 - Quarta
31.05.18 - Quinta
1.06.18 - Sexta
02.06.18 - Sábado
03.06.18 - Domingo
04.06.18 - Segunda
05.06.18 - Terça
06.06.18 - Quarta
07.06.18 - Quinta
08.06.18 - Sexta
09.06.18 - Sábado
10.06.18 - Domingo
11.06.18 - Segunda
12.06.18 - Terça (tarde)
12.06.18 - Terça (noite)
13.06.18 - Quarta
14.06.18 - Quinta
21.06.18 - Quinta
23.06.18 - Sábado
24.06.18 - Domingo
26.06.18 - Terça
29.06.18 - Sexta
01.07.18 - Domingo
05.07.18 - Quinta
12.07.18 - Quinta
17.07.18 - Terça
19.07.18 - Quinta
23.07.18 - Segunda
24.07.18 - Terça
29.07.18 - Domingo
03.08.18 - Sexta
09.08.18 - Quinta
10.08.18 - Sexta
11.08.18 - Sábado
15.08.18 - Quarta
17.08.18 - Sexta
19.08.18 - Domingo
23.08.18 - Quinta
25.08.18 - Sábado
26.08.18 - Domingo
31.08.18 - Sexta
02.09.2018 - Domingo
04 de Setembro, 2018 - Terça
06 de Setembro, 2018 - Quinta
06 de Setembro, 2018 - Quinta
07 de Setembro, 2018 - Sexta (10h54)
07 de Setembro, 2018 - Sexta (15h36)
08 de Setembro, 2018 - Sábado (7h28)
10 de Setembro, 2018 - Segunda (22h58)
13 de Setembro, 2018 - Quinta (22h34)
13 de Setembro, 2018 - Quinta (22h46)
14 de Setembro, 2018 - Sexta (19h23)
15 de Setembro, 2018 - Sábado (18h37)
16 de Setembro, 2018 - Domingo (21h09)
17 de Setembro, 2018 - Segunda (08h23)
19 de Setembro, 2018 - Quarta (13h26)
20 de Setembro, 2018 - Quarta (11h47)
22 de Setembro, 2018 - Sábado (18h48)
23 de Setembro, 2018 - Domingo (01h27)
23 de Setembro, 2018 - Domingo (03h42)
23 de Setembro, 2018 - Domingo (6h50)
24 de Setembro, 2018 - Segunda (7h15)
24 de Setembro, 2018 - Segunda (14h57)
25 de Setembro, 2018 - Terça (2h16)
25 de Setembro, 2018 - Terça (7h47)
25 de Setembro, 2018 - Terça (20h19)
26 de Setembro, 2018 - Quarta (21h27)
28 de Setembro, 2018 - Sexta (12h04)
29 de Setembro, 2018 - Sábado (7h46)
30 de Setembro, 2018 - Domingo (22h46)
1º de Outubro, 2018 - Segunda (23h47)
04 de Outubro, 2018 - Quinta (12h07)
04 de Outubro, 2018 - Quinta (22h13)
05 de Outubro, 2018 - Sexta (19h02)
07 de Outubro, 2018 - Domingo (15h58)
07 de Outubro, 2018 - Domingo (16h01)
10 de Outubro, 2018 - Quarta (19h34)
11 de Outubro, 2018 - Quinta (14h55)
12 de Outubro, 2018 - Sexta (23h26)
13 de Outubro, 2018 - Sábado (18h21) + (18h32)
14 de Outubro, 2018 - Domingo (17h39)
17 de Outubro, 2018 - Quarta (16h46)
18 de Outubro, 2018 - Quinta (23h12)
20 de Outubro, 2018 - Sábado (20h17)
21 de Outubro, 2018 - Domingo (16h29)
22 de Outubro, 2018 - Segunda (10h57)
23 de Outubro, 2018 - Terça (23h45)
NÃO É capítulo novo
25 de Outubro, 2018 - Quinta (20h19)
27 de Outubro, 2018 - Sabado (23h21)
30 de Outubro, 2018 - Terça (21h34)
02 de Novembro, 2018 - Sexta (16h12)
4 de Novembro, 2018 - Domingo (21h43)
07 de Novembro, 2018 - Quarta (23h14)
09 de Novembro, 2018 - Sexta (21h33)
14 de Novembro, 2018 - Quarta (22h47)
16 de Novembro, 2018 - Sexta (20h56)
16 de Novembro, 2018 - Sexta (23H24)
17 de Novembro, 2018 - Sábado (00h13)
18 de Novembro, 2018 - Domingo (5h28)
18 de Novembro, 2018 - Domingo (19h31)
19 de Novembro, 2018 - Segunda (1h47)
27 de Novembro, 2018 - Terça (19h03)
28 de Novembro, 2018 - Quarta (13h15)
3 de Dezembro, 2018 - Segunda (23h41)
3 de dezembro, 2018 - Segunda-feita (parte 2)
06 de dezembro, 2018 - Quinta (20h28)
09 de dezembro, 2018 - Domingo (21h42)
11 de dezembro, 2018 - Terça (23h57)
13 de dezembro, 2018 - Quinta (16h21)
17 de dezembro, 2018 - Segunda (10h36) → 1 de 3
17 de dezembro, 2018 - Segunda (10h36) → (2 de 3)
17 de dezembro, 2018 - Segunda (10h36) → (3 de 3)
19 de dezembro, 2018 - Quarta (21h53)
22 de dezembro, 2018 - Sábado (23h49)
25 de dezembro, 2018 - Terça (22h39) → (parte 1 de 2)
25 de dezembro, 2018 - Terça (22h39) → (parte 2 de 2)
28 de dezembro, 2018 - Sexta (16h12) → (parte 1 de 2)
28 de dezembro, 2018 - Sexta (16h12) → (parte 2 de 2)
02 de janeiro, 2019 - Quarta (18h47) → (parte 1 de 3)
02 de janeiro, 2019 - Quarta (18h47) → (parte 2 de 3)
02 de janeiro, 2019 - Quarta (18h47)→ (parte 3 de 3)
06 de janeiro, 2019 - Domingo (3h47)
08 de janeiro, 2019 - Terça (16h27)
10 de janeiro, 2019 - Quinta (19h43)
11 de janeiro, 2019 - Sexta (10h26)
AVISO DE RETORNO
15 de janeiro, 2019 - Terça (21h36)
19 de janeiro, 2019 - Sábado (20h54) → PARTE 1 de 2
19 de janeiro, 2019 - Sábado (20h54) → Parte 2 de 2
20 de janeiro, 2019 - Domingo (14h28)
21 de Janeiro, 2019 - Segunda (17h43)
24 de Janeiro, 2019 - Quinta (11h17)
27 de Janeiro, 2019 - Domingo (22h31)
30 de Janeiro, 2019 - Quarta (23h43)
3 de Fevereiro, 2019 - Domingo (17h33)
5 de Fevereiro, 2019 - Terça (17h25)

17.06.2018 - Domingo

419 78 259
By LyanKLevian



De: zakrod98@gmail.com
Para: isa.sk8.2010@hotmail.com
Assunto: Fim de semana dourado


Bom dia, amiga! O Nicolas acabou de sair para o trabalho, e a Jack ainda não voltou da noitada, por isso aproveitei para adiantar nossa conversa. Sexta e sábado foram os dias de folga do Nicolas, então... Digamos que não tive muito tempo para escrever! =)

Eu tenho acordado bem cedo estes dias. Tipo, antes do sol mesmo, sabe? Quando dá umas 5h eu já estou desperto e com a mente a mil. O fato de ter que ficar de cama o tempo todo (e sozinho na maior parte do tempo) acaba sendo um coquetel para cochilos muito bem dados (e eu geralmente fico naquele sofá, porque... Nossa, aquilo é uma nuvem – quero um igual no Pântano dos Mosquitos).

E na sexta-feira acordei de novo antes do sol, e fui usar o banheiro (já estou andando melhor, quase não pareço um idoso... quase!). E quando voltei, já deixei a porta do "meu quarto" (na verdade, do Nick) aberta. É que me sinto estranho em manter ela fechada se eu não estou dormindo, sabe? É como se eu criasse uma barreira, ou um impedimento (aff... palavreado de futebol... já estou sendo contaminado pela Jaqueline).

Enfim! Eu voltei para o quarto e deixei a porta aberta (é incrível como eu disperso, não?). Peguei meu note e fiquei vendo alguns vídeos sobre técnicas de fotografia com câmera amadora (minha SX530 é boa, mas é comum), e logo mais vi o Nick passando na frente para ir ao banheiro também. Ele me olhou com aquela carinha de "acordei" (olhos meio fechados pelo incômodo da luz) e ficou surpreso de eu já estar acordado (você vai se irritar se eu abrir esse parênteses para dizer que ele fica gato demais com o cabelo emaranhado e cara de sono?). Assim que ele saiu do banheiro veio até mim, e se sentou ao meu lado na cama, e me deu bom dia com um beijo...

Ele pergunta o tempo todo como estou me sentindo, e parece que não adianta dizer que já estou bem. Tanto ele quanto a Jack são muito preocupados. Tá certo que passei por maus bocados, mas hoje vai fazer duas semanas desde aquela merda toda, na Parada do Vale. Realmente já me sinto melhor. O que estou sentindo mesmo é necessidade de me exercitar. Ficar o dia todo deitado está me dando dores em outras partes do corpo (costas e pernas).

Voltando à sexta-feira (porque eu tenho um FETICHE por DISPERSÃO, meu Deus!!! O_O)... Ele perguntou o que eu estava assistindo, e ficou comigo vendo um pouco. Mas acho que fotografia não é um assunto exatamente interessante para meu namorado, porque ele pegou no sono encostado em meu ombro.

Preciso dizer que me senti o cara mais feliz do mundo? ^_^

Ouvir a respiração dele, lenta e profunda, ao meu lado... E ele ficou daquele jeito até o despertador dele tocar, na sala, às 6h15. Nessa hora fomos tomar café da manhã (sem a Jack, que dormiu até mais tarde), e comemos numa mesinha lá no fundo da casa, onde tem as plantações "aéreas" de morangos (lembra que eu falei que são como vários andares cheios de plantas? Então). Foi muito gostoso pegar aquele solzinho da manhã enquanto conversava com ele durante o desjejum.

O Nicolas tem um jeito mais tranquilo de falar durante a manhã. É uma voz preguiçosa, porém deliciosa. Teve uma hora que sem querer eu mordi minha língua, e ele brincou: "Sei que isso aí e gostoso, mas não precisa morder tão forte". E veio morder minha boca, de leve, enquanto ria.

Amiga... Parece que os beijos dele tem um portal para outra dimensão. Eu achei mesmo que ele fosse só dar uma mordida de brincadeira, mas o beijo ficou mais profundo... Ele beija de um jeito que... Ahh... Pega meu rosto com as duas mãos e toma conta de tudo, e eu amo isso... E também amo o Nicolas...

Quando percebi, já tinha passado um tempo. Nós ficamos vários minutos daquele jeito, nos beijando, e eu nem tinha notado. Aliás, esses dias isso acontece com certa frequência... Sinto vontade de beijá-lo o tempo todo, e pelo jeito ele também, porque ele vem bastante até mim e faz isso. E sempre que dá, vai além de um selinho rápido...

Cada vez mais. Cada vez mais... Mais e mais gostoso. Mais e mais sensual.

Eu estou gostando disso. Quero conhecer esse lado do Nicolas. Fiquei imaginando como ele seria, numa cama, se eu não estivesse com pontos. Como seria o Nicolas nu, diante de mim, estirado num colchão... Só para mim... E eu o tocando, beijando, lambendo, chupando... E ele me tomando, e fazendo comigo o que ele quiser.

Aaahhhh... Me arrepio todo.

Voltando ao meu relato, nós só paramos porque a campainha tocou. E, como era sexta, eu sabia que se tratava do pingo de gente. Fiquei sabendo que semana passada ele não veio porque ambos os irmãos estavam muito esgotados (é horrível saber que sou o culpado disso).

Antes de sair e atender à porta, ele me lançou um olhar tão profundo... Estava sério, e ligeiramente ofegante pelo beijo. Tinha saliva nossa em volta daquela boca carnuda deliciosa, e ele ainda olhava para a minha, mordendo o lábio.

Aquele homem ainda vai conseguir me matar de desejo. Só de lembrar dele daquela forma me deixa... Ah, Deus! (é, estou exatamente como você está pensando)

Assim que ouvi a porta da sala abrindo, ouvi o grito do Lucas, me chamando (ele ficava cantarolando "Dáqui, Dáqui, tio Idáqui-dáqui, não se esconde porque eu vou te achar! Roooaaaarrr!" ← ele imitou um rugido no fim da musiquinha). Eu fui até lá fingindo estar apavorado, e ele quase pulou no meu colo... Nessa hora deu medo MESMO, e expliquei que estou "dodói", então trocamos só um abraço de dragão (eu tenho que me ajoelhar para ficar do tamanho dele... é muito pingo de gente esse Lucas). A porta da sala ainda estava escancarada, com o Nicolas lá fora. A tal de Sônia me deu uma olhada meio esticada. Sobrancelha erguida, boca entortada de desgosto.

Me senti estranho. O Lucas estava falando comigo, e na hora eu nem ouvi o que ele me perguntava. Pareceu que o olhar daquela mulher tinha me paralisado. O Nicolas percebeu e falou algo pra ela, meio bravo. Só depois disso aquela mulher foi embora.

Quando ele entrou e fechou a porta, tentei perguntar o que houve, mas ele apenas deu um sorriso forçado e disse que estava explicando o fato de eu estar aqui para a mãe do Lucas.

Eu não sou muito bom em identificar mentiras, mas está meio evidente que aquela mulher não gostou de ver o filho me abraçando, e deve ter comentado algo com o Nick. Ele pareceu meio irritado quando foi para a cozinha. Ficava bufando baixinho, e batia as portas dos armários mais forte que o normal. Nessa hora o Lucas chamou minha atenção, e aí eu entendi o que ele estava perguntando antes: queria saber o que tinha acontecido com minha bochecha. Eu expliquei que "um homem mau" me machucou, mas que eu já estava sarando (estou começando a me acostumar com essa linguagem infantil... antes eu me sentia idiota falando assim, mas agora flui mais naturalmente). Nem ousei mostrar os pontos da barriga. Ele já ficou chocado o suficiente com o que via no meu rosto.

Dali a pouco eu ouvi, da cozinha, um som de batedeira. O Lucas foi lá espiar, e logo voltou todo contente me segredando que o pai estava fazendo um bolo de "cotcholáti".

Achei estranho. Tipo... O Nicolas estava irritado, e de repente está fazendo um bolo? Por isso fui lá. Ele estava segurando a batedeira com uma cara séria, mas não era igual aquela que ele me olhou depois do beijo. Não... Aquela expressão de antes tinha sido um sério misturado com algo quente e gostoso. Mas naquela hora, na cozinha, ele tinha no rosto um "sério" mais fechado, como se houvesse um muro em volta dele, o deixando distante. Tanto que demorou para que notasse minha presença. Perguntei se estava tudo bem, e ele me olhou assustado. Disse que "aquela mulher" (a Sônia) às vezes o irritava, e que era apenas isso. Pediu para que eu não me preocupasse.

Eu imagino que ela tenha falado algo sobre mim para ele. Penso isso por causa da forma como ela me olhou. Não é paranóia minha, tenho certeza. Aquela mulher não gosta de me ver perto do Lucas.

Bom, o fato é que depois disso o Nick relaxou, e pediu desculpas. Falou que quando está irritado gosta de fazer alguma receita doce, porque a atenção que isso exige faz ele se distrair. Achei interessante, e ele acabou me contando que quando os pais dele morreram ele começou a mexer com culinária unicamente para tentar se livrar dos pensamentos ruins, e que por isso ele acabou pegando o jeito.

Eu já sabia que ele fazia doces como ninguém (enquanto ele é o mago dos doces, a Jack é a fada da comida salgada... tudo de primeira), mas saber a origem dessa habilidade de meu namorado foi legal. E pensar que o Lucas ainda era muito bebê quando eles se foram...

Foi nessa hora que eu ouvi um tropé, e a Jack vindo correndo, atrasada pro trabalho (bota atrasada nisso). Ela deu um beijo no Lucas, mal comeu alguma coisa, e já saiu voando. Parou na porta e falou para não fazermos "nada estranho" porque o Lucas estava conosco. Nossa... Eu fervi de vergonha. É claro que eu não faria nada com uma criança por perto, pelo amor de Deus (o Nicolas deu um olhar meio de lado para ela, tipo: ¬_¬).

Assim que ela saiu, eu voltei ao assunto dos pais deles, perguntando se eles tinham alguma foto. E, sim, o Nick pegou uma caixa inteira de fotografias antigas (na casa de "meus pais" eu mal tenho dez fotos de meu passado... um filho indesejado não é fotografado... foram mais meus tios e tias que deram algo meu, mesmo... mas enfim, isso não importa mais).

Ahh, amiga... o Nick e a Jack pequenos... Meu Deus, que coisas lindas. Quando eles tinham a idade do Lucas eram muito mais parecidos entre si. Tinham a mesma carinha, mesma cor de cabelo (a Jack clareou), o mesmo tamanho... Hoje já são mais diferentes, mesmo sendo gêmeos. Uma das fotos era um ultrassom dos dois. Ele me explicou que naquele ultrassom dava para saber que um era homem, mas que ficaram em dúvida quanto ao segundo bebê, porque não dava para ver. Por isso os pais deles escolheram dois nomes masculinos (Nicolas e Rafael), e deixaram um nome feminino de reserva (Jaqueline). Como o nome "Rafael" não precisou ser usado, colocaram como segundo nome do Nick, porque eles não quiseram descartar... rs. Um detalhe simples sobre meu namorado, mas que gostei muito de saber. Quanto mais a gente conversa sobre essas trivialidades, mais próximo me sinto... Mais parece que faço parte de algo nessa casa, sei lá.

O pinguinho ficou com a gente olhando as fotos de inicio, mas depois ele se entediou e começou a correr pela casa com o Spiderman de plástico... Até esbarrar num aparador e derrubar um vaso de cerâmica que virou picadinho (era tão lindo... T_T).

Ele não se machucou, nem nada. Mas quando percebeu que tinha feito merda, fez uma cara de choro. O Nicolas tirou ele do meio dos cacos primeiro, depois colocou ele no sofá e deu uma bronca. Eu tive que morder ambos os lábios para continuar sério, porque tive muita vontade de rir... Primeiro, porque o Lucas ficava olhando para mim em busca de socorro (o Nick falava "Não adianta olhar assim pro tio Zak, ele também está bravo porque você sabe que não pode correr aqui dentro"). E segundo porque, de alguma forma, eu achei uma graça o Nicolas curvado sobre um mini ser humano de quatro anos, falando num tom bravo. Dava pra notar que não era um bravo pra valer...

Se ele falasse daquele jeito comigo, acho que eu o olharia bem safado pedindo para me dar umas palmadas...


(er... ok, parei)


O Lucas fez um pouco de manha (coisa que eu também nunca tinha visto), e ficou quieto, emburrado, olhando pra um desenho que o Nicolas colocou na TV. Depois de limpar os restos mortais do vaso nós continuamos olhando as fotos até o bolo ficar pronto, e depois fomos para os fundos, junto com as plantações de morangos. O Lucas não queria ir junto (ele precisa ficar sob nossas vistas, mesmo que seja só pra ir até o fundo, porque eu descobri que ele costuma fuçar onde não deve), mas foi só eu chamar e dizer que brincaria com ele para que levantasse do sofá de um pulo.

O Nicolas precisava estudar, e pegou os livros dele para se sentar numa cadeira debaixo do sol. Eu fiquei com o Lucas, e ele inventou de colocar palitos em dois morangos para fazer as vezes de braços e pernas... Os "homens-morango" (e isso bastou para ele se divertir... eu só respondia à brincadeira dele seguindo o mesmo padrão, e aproveitei para montar um cachorro-morango também).

Ficar naquele fundo é muito agradável. Eu gosto de ver aquelas fileiras de plantas com cachos e mais cachos vermelhos pendendo (os morangos que o Nick cultiva são de encher os olhos... ele manja disso – não é à tôa que vai tentar engenharia de alimentos). O piso lá é de azulejo marrom, e tem uma piscininha de plástico desmontada ao fundo, toda embolada e protegida por uma lona. Também tem vários pinheiros não muito altos em volta de todo o muro. Dali onde estávamos dava pra ver um pedaço do casarão do Pântano dos Mosquitos... Minha casa.

É estranho pensar que já faz tanto tempo que não coloco os pés ali. Mais precisamente, duas semanas. As aranhas devem estar fazendo a festa ("harrá-hurrú! O pântano é nosso! Harrá-hurrú! Vamos proliferar!" ← aranhas cantando em minha ausência).

A parte que é possível ver é a sacada do meu quarto. Me deu um sentimento estranho... Aquela casa é mesmo decrépita, olhando assim, de longe. Não só decrépita, mas vazia, escura e fria. Bem casa de Drácula, mesmo. Só que de madeira.

Acho que estou me acostumando muito mal... Logo eu não vou mais precisar da ajuda de ninguém, e vou voltar para lá. Sozinho.

Dói um pouco pensar nisso (por esse motivo prefiro nem lembrar, enquanto tenho tempo aqui).

Nessa sexta, não aconteceram muito mais coisas diferentes. Eu voltei a ajudar o Nicolas fazendo algumas perguntas das matérias que ele ia estudando (e intercalando com o Lucas, que entrou na brincadeira pedindo para eu corrigir as letras que ele ia escrevendo). À noite jogamos Ludo junto com a Jack (eu nunca tinha jogado antes, achei interessante) e logo em seguida fomos dormir. Eu no quarto do Nick, a Jack no dela, e o pinguinho num colchonete junto com o pai, na sala (é um colchão pequeno que ele sempre usa quando vem nos finais de semana).

No sábado tivemos um "senhor café da manhã" em quatro. Foi simplesmente um dos melhores que já vi... Tinha o bolo de chocolate do Nick, uma torta de tomate e queijo da Jack, pão caseiro (mas feito na padaria, rsrs), manteiga, iogurte, sucrilhos, leite achocolatado, morangos picados... Eles colocaram tudo sobre a mesa. Até o Lucas ficou surpreso: "Meu Deus, vai ter festa?". Eu tive que me conter para não rir além do limite... (ainda incomoda). Putz... Não tem como não amar o moleque (nunca imaginei que iria gostar de alguma criança – e justo o filho do cara por quem me apaixonei).

Eu aproveitei a deixa do pingo e perguntei se tinha alguma ocasião especial, e... não. Era apenas um agrado dos gêmeos (para "celebrar a vida", de acordo com a Jack). Eles levantaram antes de mim (pois acabei dormindo um pouco mais na manhã de sábado, já que tive uma sexta-feira menos monótona) e prepararam a mesa lá no fundo, no sol da manhã junto com a plantação de morangos (comer ali virou minha nova paixão).

Nesses últimos dias eu tenho comido tantas coisa boas (os dois tem mão para cozinha) que acabei ganhando peso rápido (por causa das sondas na UTI, eu tinha emagrecido um pouco).

Depois desse café da manhã a Jack perguntou se eu estava me sentindo bem para uma volta com o carro (esqueci de comentar... eu deixei a chave do meu portão com o Nicolas, e o Gol branco dele está na minha casa, agora – espaço ali é o que não falta). Bom, o período de descanso que a Sant'Ana me recomendou é de 30 a 45 dias (mais ou menos quando eu vou tirar os pontos). Mas eu resolvi aceitar o passeio... Ela me garantiu que não seria nada que exigisse atividade física, e que eu ficaria sentado o tempo todo.

Então lá fomos nós (a Jack atrás, com o Lucas). Percebi que o Nick andava mais devagar com o carro do que os outros nas avenidas. Teve uma hora que olhei pra ele, meio que dando risada pelo único motivo de eu estar feliz (sentindo uma gratidão enorme) e ele ficou sem jeito, rindo junto e perguntando "o que foi". Falei que ele estava guiando que nem um velho medroso. Coisa boba... Mas gostei do momento.

Minha vontade real era de dizer a ele o quanto o amo... Mas acho que ainda não estou pronto. Tenho medo de assustá-lo (e eu não faria isso com um público na traseira do carro).

E quando chegamos no local, na cidade vizinha (Eloporto, onde tem o hospital que fiquei) percebi que estávamos diante do teatro! Nossa, teatro... Fazia tanto tempo que eu não ia que fiquei até com um frio no estômago (e, a bem da verdade, assisti a pouquíssimas peças em minha vida). Estava em cartaz uma versão infantil do Fantasma da Ópera ("O fantasminha da ópera", era o nome). A Jack disse que queria ver algo mais coerente com nossa idade, mas por causa do Lucas escolheu essa (eu não estava incomodado... achei tão diferente a ideia que eu aceitaria até Chapeuzinho Vermelho, rsrs).

No caminho até nossos assentos o Nick andou atrás de mim quase como um guarda-costas, com a mão no meu ombro (eu não vou pensar na música da Whitney Houston... não vou... não vou... TARDE DEMAIS, PENSEI). Dentro do teatro, pegamos assentos nessa ordem: Nicolas, eu, Lucas e Jack.

O cheiro lá dentro é agradável. Tem um quê quase místico... Cheiro de arte, sei lá. E quando as luzes apagaram, um ator já começou entrando com tropé e gritaria. O Lucas estava com carinha de encantado... Já eu, amei quando o Nick segurou minha mão... Deu aquela onda elétrica no peito que percorre o corpo inteiro, sabe? Eu me inclinei um pouco para ficar mais perto dele...

A peça foi legal, mas quem mais curtiu foi o pinguinho (era uma história simples e relativamente rápida, para a criançada, mesmo). Para mim, a melhor parte foi estar com meu namorado, num teatro, sentindo nossos dedos entrelaçados. Na volta, passamos no drive-thru do Habbib's para pegar umas esfihas, e então voltamos para a casa dos Belson.

Ao chegarmos, a Jack foi olhar o resultado dos jogos (ela está realmente atenta nisso). E veio toda contente falando que a minha aposta (Dinamarca, lembra?) venceu.

Nossa, eu fiquei com os olhos arregalados. O Nick quis saber da história, e eu falei do meu super método divinatório para ter escolhido a Dinamarca (apontar aleatoriamente a tabela, com os olhos fechados). Ele entrou na brincadeira, e... Disse que se ela ganhar mesmo, vou ter que pagar uma prenda. A Jaqueline se empolgou, e pediu pra o Nick dizer o que seria. Ele não respondeu na hora... Ficou me olhando (e a Jack, olhando nós dois – e o Lucas nem aí com a paçoca, só comendo e falando com o Spiderman), até que ele disse "Se a Dinamarca vencer, eu vou querer...". E balançou a cabeça, rindo: "Não, eu não posso falar isso".

Por dentro eu estava, tipo, "Ah... Meu... Deus!". Fiquei vermelho, mesmo sem saber o que ele estava pensando. A Jack insistiu e quase enforcou o irmão para que ele revelasse. E tudo o que soubemos foi que: se a Dinamarca vencer, ele vai me levar para "um passeio especial".

Ok.

Passeio especial, hã?

Na hora, passou pela minha cabeça um BILHÃO de coisas, mas ele realmente não revelou nada na frente da irmã. Neste momento que estou escrevendo eu já sei o que é, mas não quero atropelar meu relato (tenha paciência, amiga... ainda chego lá). Só te digo uma coisa: agora é que estou MESMO torcendo pela a Dinamarca!

O resto do sábado foi jogando videogame. O Nicolas finalmente ligou o PlayStation4, e pegamos um jogo Indie chamado "Rime" para jogar (eu queria ver Dark Souls 3, mas o pingo não pode). No fim, nossa escolha rendeu um tempo legal entre a gente. O Nicolas deu o controle na minha mão (eu não estou acostumado com jogos de console, só de PC) e ficou do meu lado (beeem perto), dando sugestões do que fazer em alguns momentos.

Descobri que eu sou péssimo para mirar e pular no lugar certo, hehe.

Queria ter passado a tarde inteira de ontem agarrando o Nicolas. Beijando e tocando ele... Mas com a Jack e o Lucas sempre por perto, não era possível. Em alguns momentos a gente se beijava. Era quase como fazer algo escondido, sabe? Bem emocionante, hehe. De vez em quando ele colocava as mãos em mim, em minha cintura, e as levava para as minhas costas. Mas não houve mais do que isso. Teve uma hora que eu falei "Não precisa ter medo de me tocar", e ele me olhou, acariciou meu rosto, perto de onde levei o corte na bochecha: "Não quero te machucar", ele respondeu.

Ah, Nick...

Mais tarde, quando começou a anoitecer, a Jack saiu mais uma vez com o Jonas (o namorado), e ficamos nós três na casa: pai, filho... e eu. Começamos a assistir um filme, e no meio dele o pingo resolve perguntar (do nada!) por que eu dormi sozinho, noite passada. Aí ele ficou pulando no sofá, falando para eu dormir com eles, na sala, porque era "divertido".

Eu não soube o que responder. E então o Nick veio com essa: "Então você quer que o tio Zak durma aqui, com a gente?".

Waaaa... Eu fiquei aéreo. Virei um balão de hélio, e olhei pra ele. "E aí, tio Zak, tudo bem pra você? Eu pego o colchão no meu quarto, se aceitar", ele disse, com o Lucas pulando do nosso lado gritando "Vem, vem, vem".

Acabei aceitando...

O filme foi pausado no meio, e o Nicolas pegou, no quarto dele, o colchão da cama onde eu estive dormindo (ele pareceu bem empolgado em fazer isso). Os dois colchões de solteiro foram colocados lado a lado, de frente para a televisão, e continuamos assistindo até o fim, quando nos arrumamos para dormir.

Nas noites passadas, ele sempre ia até o quarto para me dar boa noite, como namorado (sim, esse cara é romântico demais, e eu estou ficando mal acostumado – e tô amando). Mas dessa vez, por causa da presença do Lucas, foi apenas "boa noite" verbal. E a gente deitou um de frente para o outro. O Lucas ficou virado para mim, encolhido minusculamente com a cabecinha loira encostada em meu peito. Depois de pouco tempo, ouvi a respiraçãozinha dele ficar longa e ruidosa. O Nick sussurrou "Ele já dormiu".

E ficamos parados, nos olhando na pouca luz que vinha da rua, através da janela. O Nick estendeu a mão e ficou acariciando meu rosto, contornou o lugar do corte, e depois ficou passando o polegar em meus lábios. Tudo isso sem dizer nada... Apenas me olhando, de um jeito que me faz derreter só de lembrar.

Então, eu dei uma mordida de leve no dedo dele. Mas não parei nisso... Quis provocar. Eu sabia que ele não faria nada, por causa da presença do Lucas dormindo, então coloquei na boca, e comecei a chupar, sugando como se... Como se o polegar do meu namorado fosse outra coisa...

Tudo isso sem fazer nenhum som... Sem me mexer (para não acordar um certo alguém, que estava encostado em mim)... Apenas brincando com minha língua.

Ah, e a cara que ele fez... Ficou claro que estava gostando. Semi-cerrou os olhos e mordeu aquele lábio gostoso enquanto eu continuava com aquilo. E ele começou a movimentar a mão, num vai e vem dentro da minha boca... como se estivéssemos fazendo.

Ele fechou os olhos, longamente, suspirando e engolindo saliva... Ah, eu queria muito fazer meu namorado gozar, mas senti culpa pelo pinguinho, ali. E percebi que por baixo da coberta o Nicolas colocou a outra mão sobre o membro. "Melhor parar... Senão vai ser difícil", ele sussurrou, me olhando como se quisesse me atacar.

Eu

Amei

Aquele

Olhar

E ele tirou o polegar da minha boca bem devagar, depois colocou na boca dele, piscando de uma forma muito safada.

Amiga, juro... Esse é um lado do Nicolas que eu não fazia ideia que existia... E que estou amando conhecer aos poucos.

A-MAN-DO. Que... homem... delicioso...

Nesse momento eu resolvi perguntar o que era o tal passeio especial, no caso de a Dinamarca vencer. Ele fez uma cara de dúvida, e deu uma levantadinha (sobre os cotovelos) para conferir o Lucas, mas o pingo estava ferrado no sono. Então ele veio no meu ouvido e sussurrou tão baixo que ninguém além de mim poderia ter ouvido: "Se você topar, a gente pode ir para um motel, quer você ganhe a aposta ou não", e ele parou, ainda sem me olhar e mantendo aqueles lábios quentes na minha orelha. Deu pra notar que ele estava hesitando. "Mas se você não quiser, vou entender".

Somente então ele me olhou. Naquelas duas safiras lindas tinha expectativa e medo. Mais expectativa do que medo.

E o que eu fiz? Bem... Por dentro, eu estava gritando de emoção. Eu estava querendo tanto que aquele homem me possuísse que devo ter feito uma expressão no mínimo devassa.

"Eu quero", respondi baixinho, sem tirar os olhos dele. "Independente de eu vencer essa aposta... Quero que você seja meu primeiro, e meu único".

Em resposta, ele gemeu meu nome (exato, "gemeu" meu nome... não tem outra forma de explicar) e me beijou, sem fazer nenhum ruído. "Você não tem ideia de como mexe comigo, Zak".

Foi isso que ele disse. Mas, talvez eu tenha sim, porque ele também faz o mesmo comigo. Só acho incrível o fato de que sou correspondido. O cara dos meus sonhos, falando essas coisas para mim! Eu nunca fui tão feliz na minha vida...

"Mas ainda quero uma prenda", ele continuou, sempre mantendo um fio de voz. "Se você acertar a aposta, eu faço um streap para você".

EU... BU... GUEI.

Fiquei olhando para ele com cara de "hein? Sério?", mas ele depois falou isso: "Mas se você errar, o que é mais provável, quem faz streap é você...". E deu um sorriso safado e gostoso pra mim.

Eu estou até agora sem acreditar. Porque, tipo... Sério, quais são as chances de a Dinamarca realmente vencer? Amiga, se eu perder essa aposta eu vou ter que... Minha nossa, minha nossa.

Eu nem SEI fazer isso!

Por favor, que a Dinamarca vença... Eu quero aquela delícia tirando a roupa pra mim... em um motel!

Aahhhh... E a coisa do motel, então? Isso pelo jeito vai acontecer, quando eu estiver 100%, independente de aposta de copa do mundo!

Eu não tô bem... Aliás, estou sim. Só estou aéreo. Essa promessa é forte, e ele não tem noção do que fez comigo.


... Preciso tomar uma água.


Naquela noite, eu fiquei olhando para o Nicolas até pegar no sono. E na manhã seguinte (ou seja, ESSA manhã) acordei com o Lucas se movendo. Quando olhei para o Nick, vi ele com a boca meio aberta, babando no travesseiro. Acabei não aguentando, e ri. Com isso, acordei sem querer meu namorado babão, e quando ele viu a rodela de saliva debaixo da bochecha entendeu minha risada, limpou a boca e só falou "putz".

Eu ri ainda mais, acordando o Lucas, e só parei quando comecei a sentir dor (é um saco isso... mas pelo menos foi uma manhã divertida). O pingo também acordou, quis saber o que tinha acontecido, e eu entreguei o pai dele. Então o próprio Lucas começou a contar de como o Nicolas às vezes babava nele enquanto dormia. Ouvir esse relato na voz infantil dele, falando como se fosse um ultraje, foi hilário... "Meu papai às vezi eu acordo e ele baba ni mim, aí eu acordo todo babado com a cara moiada").

Meu Deeeeus, quero morder esse moleque! Kkkkkkkk

E o pior é que eu dava risada, e ele ficava bravo porque eu estava rindo da história "trágica" dele.

Aiaiai. Eu vou sentir falta disso...

Me dá vontade de chorar só em pensar que esses momentos vão acabar logo, quando eu precisar voltar para minha casa (já abusei demais dos Belson). No dia que eles me buscaram no hospital (terça passada) a Jack disse que eu ficaria aqui até retirar meus pontos. Isso vai ser daqui a duas semanas.

Até lá, quero aproveitar o fato de morar junto com a família mais incrível que já conheci na vida.

Hoje o Nicolas teve que trabalhar (aos domingos ele vai só até as 14h, porque o Via Colina fecha), e como a Sônia veio buscar o pingo e a Jack ainda estava sabe-se lá onde com o namorado, eu fiquei sozinho por um tempo. Foi quando aproveitei para pegar e escrever uma parte desse e-mail (por isso eu comecei ele com "bom dia".

Mais tarde, a Jack e o Jonas chegaram, já preparando pipoca, bandeira do Brasil, e uns enfeitinhos verde e amarelo para colocar na televisão. Não demorou muito, e o Nicolas estava com a gente também.

Amiga... Fiz uma descoberta sobre a Jaqueline. Ela vira um dragão terrível quando assiste a um jogo do Brasil... O_O

Minha nossa. Ainda bem que o Lucas não estava junto. É que... eu nunca vi tantos xingos eloquentes e acalorados sendo proferidos em tão pouco tempo (vamos desconsiderar meu progenitor, porque aquilo não eram xingos: era o dialeto Orc natural dele). Sinceramente, neste momento eu não gostaria de ser um daqueles jogadores suíços, nem o árbitro. Acho que a Jaqueline amaldiçoou até a sétima geração deles... Foi tenso.

Se não fosse a eloquência da Jack (que surpreendeu somente a mim e ao Jonas, porque o Nick já está acostumado) o jogo não teria tido metade da diversão que teve. Eu já não curto futebol... E esse empate de hoje foi um saco.

Depois do jogo o Nicolas voltou aos estudos (neste momento ele está vendo um vídeo pré-vestibular no Youtube, e anotando vários tópicos – acho isso tão lindo... a inteligência é sexy!). Por isso aproveitei para dar continuidade a este e-mail. E estou até agora escrevendo (eita, já são 23h20! Logo "hoje" não será mais "hoje").

Ok, este relato foi grande, eu sei... E agora eu vou enviar, porque minha cunhada (que máximo dizer isso) está chamando a mim e ao meu namorado (hehe... ^_^) para provarmos a sopa de legumes que ela fez (isso está mais para ceia do que para jantar... de tão tarde).

Sei que esses dias não serão para sempre, e sei que duas semanas vão passar voando... Mas enquanto durar essa minha estadia com os Belson, serei o cara mais feliz do mundo.

(coisas ruins demais, depois coisas boas demais... meu ímã de sorte e azar é bêbado, só pode).

Amiga, tenha uma noite linda! A minha começou bem, e cheia de sons de grilos á fora (AMO esse som).

Bye, bye, até mais, irmã-anjo!



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