26.06.18 - Terça

290 82 143
                                    


Olá, queridas e queridos!

Se você está gostando desse livro, vote nos capítulos para me dar uma ajudinha ^_^

(please)

____________________________





De: zakrod98@gmail.com
Para: isa.sk8.2010@hotmail.com
Assunto: Bala de prata para um Isaácula


Boa noite, amiga, querida! Hoje finalmente dei uma saída com minha bicicleta (mesmo que não tenha passado todo o período de repouso recomendado T__T é que eu não aguentava mais), e visitei o escritório onde trabalho. E também visitei um outro lugar, mas... Vamos por partes.

Logo que cheguei no trabalho teve um cara (que eu nem lembro o nome) que falou "Ooolha o sumidinho acidentado aí! Cansou de ficar em casa e veio trabalhar um pouco?". Putz, sinceramente... Eu não tô nem aí que eles não se importem comigo. Não quero que venham perguntar o que aconteceu, nem que desejem melhoras. Mas falar daquele jeito debochado, como se eu tivesse escolhido o que aconteceu só para não trabalhar, aí já é demais.

Na hora o sangue me subiu na cabeça. Era o mesmo babaca que tinha zoado naquela vez do hidratante na minha cadeira. Meu supervisor estava por perto, e nem se importou. Pensei "se ele está pouco se fodendo, eu também estou". E respondi pro meu colega de trabalho cretino: "Tá com invejinha porque fiquei uns dias em casa? Você é tão infeliz no trabalho que precisa usar os outros pra se aliviar, já que não tem coragem de se demitir, é isso?".

Então eu levantei minha camiseta, arranquei o curativo na frente de todo mundo e mostrei o corte com os pontos. "Ou será que você também queria que fizessem isso na sua barriga como pretexto da sua covardia pra ficar em casa? Ah, mas foda-se que isso quase me matou, né? FODA-SE que eu tive uma parada cardíaca no hospital! O importante é que eu fiquei em casa e 'descansei', não é isso?".

Nessa hora eu já estava tremendo de raiva. Todos estavam me encarando... E nem percebi, mas eu tinha avançando no cara, crescendo em cima do retardado que estava na escrivaninha dele. Alguém me segurou pelo braço, e só então me liguei que "já deu". E fui pra cozinha, esfriar a cabeça.

Eu estava mesmo tremendo muito. Uma mina foi atrás de mim, ofereceu um suco que tinha na geladeira. Eu peguei e tomei só porque estava no automático. E ela ficou falando que o fulano não deveria ter falado o que falou, que ele era babaca com todos, essas coisas. Estava tentando ficar do meu lado, mas eu ainda estava alterado. Falei sem pensar: "Você riu quando zoaram comigo, na outra vez, eu lembro". Ela ficou vermelha, e tentou se explicar. Disse que não sabia que eu iria me ofender, e blá blá blá.

Cruzes... Desde quando eu me tornei tão intolerante assim? Sério, amiga. Se meu olhar matasse, eu teria derrubado metade daquele escritório essa tarde.

Depois de um tempo, fui pro meu lugar, com meus papéis (ninguém nem olhou na minha cara). O Rômulo se aproximou e perguntou se eu poderia fazer umas entregas de bicicleta e pagar algumas contas. Mas o que? O meu supervisor, perguntando se eu "posso" fazer algo? Das outras vezes eram só ordens, mas hoje ele perguntou. Até achei estranho, mas então ele explicou que, se o meu estado ainda não permitir, ele entenderia e mandaria outro.

O Monotono Diario de Isaac [BETA]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora