Eu Vejo Fogo
Oh, olho enevoado da montanha abaixo
Cuide das almas dos meus irmãos
E caso o céu se encher com fogo e fumaça
Continue vigiando os filhos de Durin
Se isto é para terminar em fogo
Então devemos todos queimar juntos
Veja as chamas subirem alto na noite
Chamando ao pai, oh, se prepare e iremos
Assistir às chamas queimarem
Na encosta da montanha
E se nós morrermos esta noite
Nós devemos morrer juntos
Levante uma taça de vinho pela última vez
Chamando ao pai, oh, se prepare e iremos
Assistir às chamas queimarem
Na encosta da montanha
Desolação vem sobre o céu
Agora eu vejo o fogo
No interior da montanha
Eu vejo o fogo
Queimando as árvores
E eu vejo o fogo
Esvaziando almas
E eu vejo o fogo
Sangue na brisa
E eu espero que você se lembre de mim
Oh, se meu povo cair
Certamente eu vou fazer o mesmo
Confinado nos buracos das montanhas, ficamos muito perto da chama
Chamando ao pai, oh, aguente firme e iremos
Assistir as chamas queimarem
A encosta da montanha
Desolação vem sobre o céu
Agora eu vejo o fogo
No interior das montanhas
Eu vejo o fogo
Queimando as árvores
E eu vejo o fogo
Esvaziando almas
E eu vejo o fogo
Sangue na brisa
E eu espero que você se lembre de mim
E se a noite está queimando, eu cobrirei meus olhos
Pois se a escuridão voltar, então meus irmãos morrerão
E enquanto o céu estiver caindo, colidirá nessa cidade solitária
E com aquela sombra sobre o chão, ouço o meu povo gritando
E eu vejo o fogo
No interior das montanhas
Eu vejo o fogo
Queimando as árvores
Eu vejo o fogo
Esvaziando almas
Eu vejo o fogo
Sangue na brisa
Eu vejo o fogo
Oh, sabe eu vi uma cidade em chamas (fogo)
Eu vejo o fogo
Sinto o calor sobre a minha pele (fogo)
E eu vejo o fogo
Uh (fogo)
E eu vejo fogo queimar na encosta da montanha.
Depois de eu abrir a porta de supetão e apreciar Jake sentado em um banco da bancada com o violão na mão e cantando e tocando delicadamente, como a música propõe, bato palmas e assobio, toda animada. Jake se assustou, de início, mas sorriu de lado.
- Desculpa, eu não sabia que já tinha chegado. Nem a ouvi abrindo a porta. - coça a nuca.
- Digamos que nessa minha carreira de policial de anos, aprendi a ser discreta em certas ocasiões. - risos. - Ítalo me disse que estava ocupado com alguma coisa, e, por isso, não pôde ir me buscar. Mas...
- Ah, não, não. - ri, todo sem graça. - Eu estava meio ocupado sim. Bom, na verdade, ele já estava pela região, e como eu estava ocupado, pedi que fizesse isso por mim.
- Deixando claro que eu tenho carro e posso ir e voltar sozinha.
- Eu sei, Jade, mas enquanto essa pessoa estiver te ameaçando desse jeito, ainda é perigoso andar sozinha por aí.
- Eu só estou informando. Depois que uma mulher fica grávida ela começa a ser tratada como se tivesse uma doença. - me sento no sofá, jogando a mochila longe.
- Eu não quero brigar com você, mas isso é para o seu bem. Bom, na verdade eu dei um jeito de sair mais cedo por outra coisa.
- Pelo que, então?
- Aceita sair comigo?
- Aceito, mas para onde?
- Um restaurante que fiz reserva aqui ao lado.
- Tudo bem então, só vou tomar um banho primeiro.
Depois do banho eu me sequei e escolhi uma roupa, por mais que eu não soubesse o tipo de roupa que as pessoas que frequentam aquele local usam, eu tive que optar por uma.
Acabei escolhendo um vestido branco, bem colado, e um leve decote em V nos seios, com uma jacketa jeans na cintura. De calçado eu optei por uma sandália dourada, bem moderna. Coloquei algumas pulseiras para não deixar aquilo tão sério. Haviam brincos de argola nas minhas orelhas, enquanto a minha maquiagem era digna e leve, apropriada para um jantar, apesar de eu não curtir muito maquiagem.
- Está bem? - apareço na sala pronta.
- Nossa, como você está linda. - vejo um sorriso se alargar em seu rosto.
- Bom, acho que isso é um sim. - risos.
Depois de nos despedir das nossas filhas (caninas) a gente trancou o apartamento e desceu pelo elevador até o estacionamento. Procuramos a nossa vaga, Jake destravou as portas, entramos, então saímos do condomínio após o porteiro abrir o portão para nós.
- Você está sorrindo de orelha a orelha desde que saímos do apartamento, tem algo de bom para me contar? - sorrio.
- Sim, mas depois, quando chegarmos lá. - risos.
O caminho parecia demorar mais do que tudo nessa vida. Não sei se era a minha ansiedade para saber do que essa notícia se tratava, mas eu queria chegar logo. Uma mera observação, chegamos em menos de cinco minutos, o restaurante era bem ao lado do condomínio, era tudo psicológico (risos).
- Que lindo. - aprecio o lugar, que realmente era magnífico.
- Não me diga que nunca veio nele.
- Eu acho que já passei por ele, mas nunca entrei.
- Bom, digamos que seja a sua primeira vez aqui.
Fomos super bem atendidos, até porque, era um restaurante de classe alta, ser bem tratado era a regra número um na lista do que os funcionários deveriam seguir. Até porque, o que eles devem ganhar aqui não é para qualquer um da vida média ou baixa.
- Eu não sabia que tinha um violão.
- Não tinha, passei numa loja de instrumentos no shopping hoje e acabei comprando, eu estava com saudade de tocar.
- Jake Dornan e seus milhares talentos. - risos.
- Reserva número 15?
- Sim.
- Me acompanhem.
Acompanhamos o garçom até a mesa reservada, que ficava num local mais bonito ainda. Havia um vidro com um imenso jardim amostra. Também tinham muitos casais ali, deveria ser o espaço favorito de muitos. Acabei pedindo macarrão ao molho branco, de bebida foi suco de acerola natural.
- Eu vou querer macarronada, mas no molho de tomate.
- Bebida?
- Água.
O garçom saiu com os pedidos em um tablet, me fazendo ficar com um olhar curioso em Jake.
- Está saudável ou é apenas impressão minha?
- Impressão sua. - risos. - Eu só... Acordei com vontade de comer e dormir comendo coisas saudáveis.
- Tá, mas você ainda não me contou o motivo daquele imenso sorriso que veio até aqui.
- Hum...
- Jake Dornan, o que você está aprontando? - sorrio de lado ao ver seu sorriso desafiador nos lábios.
- Eu já estava esperando por esse momento a muito tempo, mas eu só estava esperando a hora certa. Tudo bem que perdi a memória, fiquei dois longos meses nessa, mas depois que eu recuperei a mesma, eu só penso nisso, dia e noite.
Ai, meu Deus, será que ele quer separar? Será que tem algo que ele não gostou desde que recuperou a memória? Aff, agora que estava dando tudo certo.
- Garçom!
Jake o chama. Em segundos ele estava ao nosso lado, esperando que ele continuasse.
- Você tem uma caneta para me emprestar?
- Ah, claro.
O moço tirou uma do bolso da camisa do uniforme e lhe entregou.
- Obrigado, daqui a pouco eu devolvo.
Ele assentiu e saiu. Jake escreveu alguma coisa da qual eu não estava vendo em um guardanapo da mesa. Arrastou para mim na intenção de eu ler. Eu estava com medo, confesso. Olhei para o papel e...
Casa comigo?