Cap. 37

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— Papai voltou. — Matheus se aproxima deixando um pingo de leite cair nas costas de sua mão para ver a temperatura.

— Como ele está grande. — bagunço levemente os cabelos lisos daquele garoto angelical.

— Sim, e gato, igual ao pai. — risos.

— Engraçado, ele puxou o loiro de Brenda, já o liso e os olhos escuros puxaram os seus.

— Sim, pelo menos não é mais parecido com Brenda. Eu ia morrer se esperasse nove meses para no final ser a cópia de Brenda. — gargalhamos.

— Ele ainda vai ser bem mais parecido contigo. Olha os lábios, igualzinho aos seus.

— Você acha?

— Eu tenho certeza. — sorrio. — Acho que vou alugar ou comprar um apartamento e deixar essa casa para vocês. — mudo de assunto.

— Não, Jade, você que comprou ela. Nada mais justo que ela ser sua.

— Não, eu passei tanto tempo morando sozinha que até já me acostumei. Sem falar que com Luna e Lorenzo a casa vai ficar pequena.

— Ah, e como eles estão?

— Bem. Luna logo vai vir morar comigo, só tem que atualizar uns documentos e carteirinha de vacinação. Sábado ela já está por aqui com Lorenzo. Ele só não veio porque está tendo muitos trabalhos na agência.

— Entendi. Mas sério mesmo que não vai querer ficar aqui?

— Sim. Eu comprei porque vi o brilho nos olhos de Brenda e Cecília. Vi também que elas não iriam conseguir comprar com aqueles primeiros dias de trabalho. Então, como eu tinha ganhado uma boa quantia na minha experiência em Brasília, resolvi fazer isso por elas. Hoje elas são donas do próprio nariz, fazem tudo com as próprias mãos, e isso me orgulha.

— Elas têm sorte de ter uma irmã como você. — sorri.

— Eu faço por elas o que ninguém nunca fez por mim.

— Titia... — olho para baixo, era Tomás, com a maior cara de sono.

— Vou levar ele para o quarto, deve estar bem cansado. — informo pegando o mesmo no colo.

— Ok, vou fazer uma ligação rápida.

— Tranquilo.

Subo as escadas com cuidado. Era tão lindo ver meus sobrinhos dormindo e sonhando com os anjos. Eu ficava imaginando e criando teorias de como seriam os meus filhos. Mas, não, não pretendo ter agora. Coloquei Tomás no berço.

Fiquei ali, olhando para ele. Eu tinha muito orgulho dos meus sobrinhos.

— Jade? — olho em direção à porta, era Matheus. — Vem aqui.

— Aconteceu alguma coisa? — me levanto.

— Não, nada de ruim. Cecília ficou sabendo de sua volta e, ao chegar em casa agora ela disse que queria te ver e falar com você.

— Tudo bem. Só me reforce o endereço dela porque eu ainda não decorei. — risos.

— É esse aqui. — me entrega um post-it depois de fazer algumas escrituras à caneta, que estava em cima do gaveteiro de Tomás.

— Ok, deixa eu só me despedir do meu pequeno. — volto no berço e beijo a bochecha dele. — Mais tarde eu volto, meu bebê.

Dei tchau para Matheus e fui para a garagem. AI, MEU DEUS, COMO MEU BEBÊ ESTAVA LINDO!!

— Que saudade. — destranco a porta e entro. Era a sensação mais gostosa do mundo saber que paguei todas as parcelas e que esse carro continua o mesmo, aconchegante. — Agora vamos rodar.

O Capitão 2 (Concluído)Where stories live. Discover now