Cap. 73

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Jade Williams On

- Paciência, a pipoca ainda está estourando! - dou risada.

- Parece que é de metal, nunca estoura. - se eu o conheço bem ele estaria revirando os olhos agora.

- Calma, boy. - pirraço.

- Calma é uma palavra que eu sinceramente desconheço. - ouço seu suspiro pesado.

- Moço, por que dá impaciência? - apareço na sala com as mãos na cintura, rindo.

- Não é óbvio?

- Não. Esclareça por favor.

- Primeiro, gosto da sua presença. Segundo, eu estou numa casa que eu não conheço. Terceiro, eu quero você aqui.

- Seu pedido é uma ordem. - faço sinal de continência e ele revira os olhos. Risos.

- Ei, você não disse que tinha uma cachorra? - é, a Luna estava fazendo falta.

- Ah, nosso sobrinho quis ficar um dia com ela.

- Nosso sobrinho?

- Sim, temos dois.

- Como assim?

- Lucca e Matheus tem filhos com as minhas irmãs. - risos.

- Sério?

- Sim.

- Quantos anos eles têm?

- Um tem quatro, o outro tem três.

- Depois me mostra alguma foto deles?!

- Sim, com certeza. Melhor, eu chamo eles para virem aqui numa folga minha. Assim assistimos muitos filmes juntos.

- É tão ruim perder a memória... - suspira.

- Eu imagino. O importante é que todos nós lembramos dos nossos momentos contigo, e você não deve se sentir culpado por isso.

- Mas ainda é difícil se acostumar.

- Relaxa, é só...

De repente vem um cheiro de queimado. Nos entreolhamos, na hora nos lembramos que era...

- A PIPOCA!!

Saio correndo em direção a cozinha.

- Putz, véi. Não acredito que deixei queimar. E agora? E agora? E agora?

Começo a andar de um lado para o outro na sala.

- Ei, calma. - ele dá risada da minha preocupação.

- O que eu faço? O que vamos comer? Está tarde, acho que se eu tentar fazer mais alguma coisa nem o filme vai dar tempo de ver. - coloco as mãos na testa. Eu estava ficando louca!

- Espera, senta aqui. - ele bate de leve no sofá, mostrando onde era para eu fazer tal ação.

Me sentei, de qualquer forma o milho que eu tinha colocado naquela panela tinha virado formas indescritíveis pretas e queimadas.

- Não precisa fazer mais nada. Olha, desliga essa TV, deixa essas coisas de lado, vamos ficar na varanda olhando o luar.

Eu sorri e ajudei ele a ir até a varanda comigo. Naquela noite ficamos sentados nos bancos da varanda, olhando para o céu estrelado e conversando sobre coisas aleatórias. Eu tinha ajudado Jake a ir para o quarto, ou seja, estávamos dormindo na mesma cama, que era bem grande e espaçosa.

Dia seguinte... 19/04

Era uma quinta-feira chuvosa. Saí de casa quatro e meia, dormi apenas três horas. Jake não acordou, achei melhor assim. Mais tarde eu levaria para o apartamento Penélope e Luna juntas, aquela casa estava sem graça sem cachorros andando para lá e para cá e me olhando com cara de dó quando eu fosse sair.

O Capitão 2 (Concluído)Där berättelser lever. Upptäck nu