Cap. 41

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- Amor, você está estranha. Aconteceu alguma coisa? - Lorenzo pergunta ao perceber a tensão em meu corpo.

- Não, está tudo bem. - sorrio nervosa.

Estávamos no meu quarto assistindo filme e comendo pipoca. O único problema era que, eu não estava prestando atenção em nadinha de nada do filme. Ou melhor, dos três filmes que assistimos até agora.

O motivo? Olhar para aquele enorme urso que Jake me deu como uma reconciliação. Eu já tinha tirado do plástico que as meninas colocaram para não mofar ou sujar. E esse peso na consciência e essa lembrança não me deixavam esquecer dele. Merda!

Lorenzo foi embora às onze e meia da noite. A sua volta estava marcada para às três e meia da manhã, por tanto, ele teria que arrumar mais algumas malas e pegar um táxi para chegar ao aeroporto antes que se atrasasse. Eu fiquei um pouco mal, a presença dele me fazia bem. Em saber que ele pode voltar, sei lá, mês que vem, me doía o coração.

- Jade? - olho para a dona da voz, Brenda. - O seu celular está tocando feito um louco.

Só agora percebi.

Peguei ele do outro lado do sofá e vi que era Flávia.

- Amiga. - sorri.

- Até que enfim, né. - risos. - Ei, tô sem nada para fazer. As meninas falaram que já saíram do trabalho. Será que você pode vir aqui em casa? Ítalo vai para o plantão dele e eu vou ficar sozinha.

- Tudo bem, vai ser até melhor todas estarem juntas. Não estou me sentindo muito bem.

- Grávida, miga? - reviro os olhos e rimos.

- Não, besta. - dou risada. - Psicologicamente.

- Ah, então tá. Espero vocês. AGORA! - tirei o celular do ouvido e dei risada.

- Louca. - risos. - Estou indo.

Encerrei a ligação.

- Quem era? - Brenda pergunta, ela ainda estava por ali.

- Flávia. Me chamou para ir na casa dela. Quer ir comigo?

- Não, obrigada, eu tenho plantão hoje. - ela revira os olhos.

- Isso é sinal de dinheiro. - risos. - Só vou me trocar e partir para a casa dela. Provavelmente ela vai querer que eu durma lá, já que semana passada ela pediu e eu tive plantão.

— Tudo bem, eu vou indo. — beija a minha bochecha. — Será que você pode dar a mamadeira para Tomás? O Matheus já está chegando, daqui uns vinte minutos ele chega.

— Mas é claro. — reviro os olhos. — Esse menino ainda será muito mimado por mim.

— É o que você diz e faz todo dia. — ela revira os olhos, caímos na gargalhada.

Ela saiu e eu fui tomar meu banho. Quer dizer...

— Luna, calma, daqui à pouco eu brinco com você... — insisto em dizer a mesma coisa por uns dois minutos. Ela não desgrudava das minhas pernas. — Tá, eu vou te dar alguns ossinhos para passar o tempo, mas deixa a mamãe tomar banho.

Ela pareceu entender e ir para a sua caminha. Peguei um short de malha e uma regata mesmo, estava muito calor naquela noite. Banho tomado. Assim que saí do banheiro enrolada na toalha eu ouvi o chorinho do meu pequeno. Fui até seu quarto e vi a mamadeira em cima do gaveteiro.

— Calma, bebê, calma.

Pego Tomás cuidadosamente, que estava meio enjoadinho, e me sento na poltrona de seu quarto já com a mamadeira em mãos.

O Capitão 2 (Concluído)Where stories live. Discover now