Cap. 26

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Jake Dornan On                      16/05

Acordei com uma grande ressaca. Não que eu estivesse tão bêbado na noite passada, mas eu estava me sentindo exausto. Acordei por volta das uma e meia da tarde porque dona Monique não me deixou dormir mais.

- Mãe, eu estou com sono... - coloco o travesseiro no rosto.

- Eu não tenho culpa se você bebeu demais na noite passada e está com sono e ressaca. Bom, acorde, se continuar dormindo nem para o plantão você vai. Não queira dar desgosto ao Coronel e todos do Batalhão. - diz abrindo a janela do meu quarto.

- Aff. Tudo bem! Tudo bem! - reviro os olhos me levantando. - Está vendo? Estou acordado. - suspiro.

- Sim, bom menino. - beija minha bochecha.

- Aliás, o que você está fazendo aqui em casa essa hora? Não deveria estar no trabalho?

- Na verdade hoje o seu pai só foi assinar alguns papéis e ver como tudo está indo na empresa.

- Entendi. Agora você tem que me dar um bom motivo para eu ter acordado essa hora. - faço cara de tédio.

- O melhor motivo é que são quase duas da tarde. - manda beijos no ar e saí do quarto.

Minha mãe poderia ser a melhor mãe do mundo, mas às vezes me tirava do sério também. Dei uma breve arrumada na cama já que eu sempre deitava e bagunça ela de novo. Não via necessidade em arrumar demais.

Matheus com certeza tinha que estar no Batalhão às 10h00 para não estar nesse exato momento em casa. Vesti uma bermuda azul marinho e uma camisa um pouco maior que meu número, branca. Calcei um tênis de corrida e peguei uma toalha de rosto branca na lavanderia.

- Mãe, já que a senhora me acordou essa hora da manhã... - digo irônico, aparecendo na cozinha. - Vou correr pelo quarteirão, tudo bem?

Me apoio na bancada com os cotovelos e ela me olha depois de encher um copo com suco de caixinha, se não me engano, no sabor laranja.

- Coma alguma coisa antes. - diz séria, voltando seu olhar para sei lá o que estava preparando.

- Ok, já vou. - pego umas quatro uvas na geladeira.

- Só vai comer isso? - me olha incrédula.

- Mãe, eu vou correr. - digo como se fosse óbvio.

- E por falar nisso, que milagre é esse? - sorriu de lado.

- Fazia tempo que eu não entrava no horário que eu entro hoje no trabalho. Como tenho o resto da tarde livre eu tenho que aproveitar. Tchau.

Beijei sua testa e saí do apartamento apenas com as chaves de casa. Eu simplesmente queria um momento para refletir, e essa era uma grande oportunidade. Esquecer os problemas. Na maioria das vezes eu corria para esquecer todos eles.

Falei com o porteiro e o jardineiro, que estavam conversando ao lado da cabine.

Passei pela portaria, pisando na rua. Aquele ar fresco que as árvores permitiam nos dar gratuitamente era magnífico. O sol estava um pouco mais forte que o comum por ser quase duas da tarde, mas ainda sim, razoável.

Ali mesmo eu comecei a acelerar os passos, quando vi eu já estava correndo.

Não sei ao certo o tempo que eu gastei percorrendo todo o quarteirão. Na verdade, eu não fazia ideia. Umas dez músicas da playlist que eu tinha de Onze:20 no Spotify. Parei um pouco e fui até um restaurante ali por perto. Ele era chique, as pessoas mais ainda. Tudo nariz empinado. Um garçom chegou na minha mesa perguntando o que eu pediria. Acabei pedindo apenas uma garrafa de água, eu estava com muita sede. Enquanto meu olhar passava por tudo e todos naquele lugar, ele parou em uma família sentada ali por perto. Era um homem de terno, uma mulher com roupas de marca e várias jóias. Mas uma coisa me chamou muito a atenção. A moça bela que olhava para mim sorrindo.

O Capitão 2 (Concluído)Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang