O Capitão 2 (Concluído)

Cap. 32 + Bônus Matheus & Brenda

Só rolou beijos e mais beijos. Lorenzo parecia não se importar se sua boca estava toda manchada de batom vermelho. Ele apenas focava no momento. E além do mais, tinha banheiros lá em baixo. Apagamos o fogo, lembrando que tínhamos que nos encontrar com Camilla, aliás, hoje o dia é dela. Descemos novamente para o primeiro andar. A festa estava rolando animada à todo momento.

— Pensei que vocês tinham ido embora. — sentimos mãos em nossos ombros. Logo depois um ser entrando no meio da gente.

— Estávamos procurando por você.

— Eu sei que sou muito importante. — ela aproveita minha deixa para se gabar.

— Não é para tanto. — risos.

— Se pegaram muito, tô ligada. — ignora o comentário de Lorenzo.

— Bom...

Bebemos apenas algumas doses. Eu e Camilla. Não deixei Lorenzo botar um pingo na boca. Aliás, ele estava dirigindo. Qualquer blitz que parasse poderia nos levar para a delegacia e dar muita merda.

Dias depois...

Eu, Calleb, e Lorenzo, estávamos andando pelo centro. Tínhamos combinado de almoçarmos juntos. Ao passarmos por aqueles prédios que mostram comerciais e notícias do jornal local, estava falando sobre o tempo. Só não ouvíamos.

— Jade... Aquela não é a...

— Sim, Calleb!! — sorrio olhando a mesma naquela tela. — É Camilla!!! Meu Deus, que orgulho. — meu olhos brilharam.

— Olha lá, ela conseguiu realizar o seu sonho. — Lorenzo nos fez sorrir mais uma vez.

Ela mostrava na TV do estúdio que amanhã seria um dos dias mais frios do ano em Nova York.

Matheus Dornan On 23/05 (sexta-feira)

Acabei de chegar em casa. Na verdade, já faz uns vinte minutos. Saí do banho enrolado com uma toalha na cintura, indo em direção ao quarto para escolher uma roupa e me trocar ali mesmo.

— Você?

— Cadê o Matheus?

Por mais que as vozes estivessem baixas por conta da distância, eu conseguia identificar muito bem aquela voz. Era ela.

— Me solta! Eu preciso falar com ele! — ela gritava.

— Brenda, ele ainda está magoado com você. Não vai dar certo esse encontro agora, depois de tanto tempo.

— Eu preciso! — era desesperador vê-la daquela maneira. Com voz de choro e gritando alto.

Mas o que deu nela para ela vir até minha casa falar comigo? Já não deixei claro nas nossas últimas brigas e desencontros?

— Brenda? — apareço na sala e eles se assustam.

— Matheus, eu preciso falar com você e...

— Eu não já deixei claro para você que aquelas suas amizades estavam te fazendo mal? Brenda, até narguilé você fumou. — digo incrédulo. — Faltava um passo para usar maconha, cocaína... Sem falar nas vezes em que chegava bêbada e sem dizer nada com nada. Eu fiz de tudo por você. De tudo! Deixei meu mundo cair para segurar o seu. Esqueci de mim para lembrar de você. E com o que você me agradeceu? Fodendo mais com a sua vida! — lágrimas quentes em meio ao meu rosto avermelhado já eram visíveis. — Eu só quero você longe de mim! Quem diria que eu sonhei em ter uma família, uma vida, junto a você... Olhe para você, parece que trabalha para a polícia militar? Parece que é uma policial? Não! Porque você não me ouviu nenhuma das milhões de vezes que tentei abrir seus olhos. Com quantos caras você transou naquelas noites de sexta-feira que você dava um jeito de ir para baladas? Quantas bocas você beijou? Quantos copos você virou? Isso tudo porque você era COMPROMETIDA! — cuspo as palavras na cara dela sem dó.