Destino imperfeito

By Lady_Elize

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Enica Taylor estuda num dos melhores internatos do país, graças a sua mãe que trabalha como cozinheira no lu... More

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By Lady_Elize

Aos poucos o refeitório foi esvaziando e quando não havia ninguém ali além de umas poucas pessoas, Dean voltou para o jogo e Amanda e Beatriz foram ter uma conversa de "meninas" no banheiro, Beatriz tentou inclui-la mas para o completo alívio de Amanda essa inventou uma desculpa qualquer e disse que as encontrava na sala de aula, contragosto Beatriz cedeu em deixa-la ali.

Como ainda tinha algum tempo até precisar voltar para sala resolveu dá uma passadinha na cozinha para ver como Lily estava, mas antes que pudesse alcançar a porta Matheus a intercepitou:

-En! Posso ajudar? -Pergunta ele prestativo.

-Na verdade não, eu só vim ver minha mãe. -Comenta Enrica o observando.

-Desculpa, sua mãe? Bom só o pessoal autorizado pode entrar ir... -Matheus explicava quando uma voz ecoou da cozinha.

-A deixe entrar Matt. -A voz de Lily disse num tom autoritário.

-Você manda. -Concorda ele obedecendo imediatamente e lhe dando passagem.

-Obrigada Matt. -Fala Enrica passando por ele com um sorrisinho nos lábios.

Ao ver Lily de repente Enrica foi invadida por uma estranha familiaridade, a mãe usava uma rede no cabelo como a de Matheus, e um avental sujo de trigo, a cozinha era maior do Enrica imaginava com uma bancada quadrada, e várias panelas penduradas a sua volta na parede de todos os tipos e tamanhos, o lugar era abafado apesar das janelas estarem entreabertas permitindo a entrada de ar, Lily tinha nas mãos um bisnaga e com ela confeitava uma porção de bolinhos recém tirados do forno, e que ainda exalavam aquele cheirinho agradável, mais atrás separado por outra bancada, havia uma fornalha, uma pia, freezer entre outras coisas, e era lá que Jason estava fritando alguns ovos.

-Quem diria três anos num curso de culinária para fazer ovos mexidos. -Jason brinca ao me ver entrar com um sorriso amistoso.

-Passarinho! Pensei que não fosse mais vim. -Lily corre até Enrica a abraçando e a sujando um pouco de trigo. -Espero que esteja com fome separei um pratinho pra você. -Conta Lily indo até um microndas em uma das prateleiras.

-Estava contando com isso. -Admitiu Enrica. -Acabei não comendo nada. -Enrica diz avaliando a cozinha.

-Passarinho, precisa se alimentar. -Lily adverte tirando o prato do microndas e o colocando sobre a bancada. -Então o que achou do seu primeiro dia de aula? -Perguntou Lily empolgada.

-Foi bom até agora, conheci umas pessoas legais, e os quartos são bem confortáveis. -Enrica diz o que a mãe queria ouvir.

-Que bom passarinho, fico feliz que esteja se adaptando. -Lily diz sorrindente. -Agora coma, daqui a vinte minutos precisa voltar. -Alerta voltando sua atenção para a bisnaga.

-Já conheceu o ginásio En? Aliás como foi seu teste. -Jason pergunta a ela sem tirar os olhos das panquecas que virava com uma espátula.

-Ah eu acho que bem, uma das juradas gostou bastante de mim, acho que ela vai me ajudar. -Enrica diz esperançosa mas antes que pudesse começar a comer.

-Lave as mãos. -Lily alerta com um olhar homicida.

-Que bom En, as coisas ficaram consideravelmente melhores se for aceita. -Jason conta orgulhoso. -Só me prometa que não vai se tornar uma dessas garotas de nariz empinado. -Jason faz uma careta e Enrica ri.

-Prometo. -Ela garante a ele lavando as mãos na pia depressa e começando a comer.

Lily dá a ela uma garrafa com água e em seguida pergunta:

-Viu o laboratório filha? Você tava tão animada. -Lily pergunta a ela em expectativa.

-Vi sim mãe, é simplesmente incrível, e alguns alunos provocaram uma explosão de iodo, o que foi bem legal. -Enrica conta entusiasmada.

-Ah passarinho, parece que se divertiu, sabe que algum dia será uma medica incrível, você é muito inteligente. -Lily elogia cheia de orgulho.

Embora Enrica nunca achasse que era boa o sufiente para algo, foi bom saber que sua mãe acreditava nela.

Assim que acabou de almoçar Enrica se despediu da mãe e Jason apressada levando com sigo alguns biscoitos da fornada que Jason havia feito, para comer mais tarde, as aulas decorreram normalmente sem mais surpresas até que no final da tarde Enrica se lembrou do convite que Kennedy à havia feito, e resolveu dá uma passadinha no ginásio para ve-lo jogar.

Por isso nem tentou esconder a surpresa quando chegou e não viu ninguém além de
Kennedy ali, que vestia uma camiseta laranjada larga e fina com o emblema da escola estampado ali, e um short feito do mesmo tecido laranja, ao ve-la ele lhe mostrou um sorriso largo que pareceu nublar seus pensamentos por instante, então um tanto sem graça ela se aproximou.

-Você veio. -Kennedy comenta o sorriso ainda ali com aquele furinho se exibindo no seu queixo.

-Acho que perdi o jogo. -Enrica se desculpa se sentando no primeiro degrau da arquibancada.

-Nunca foi minha intenção que você me visse jogar. -Kennedy rebate sem se mover começando a quicar a bola e basquete no chão.

-Ah nem pensar, você não viverá o suficiente para me ver tocar nessa coisa. -Enrica se recusa cruzando os braços decidida.

-Se chama bola, e você não vai fazer essa desfeita né? Você veio até aqui. -Kennedy diz a fitando com um olhar provocador.

-Se tiver amor a sua vida é melhor não insistir. -Enrica alerta a ele imparcial.

-Você tocou solo sagrado não pode sair daqui sem fazer uma cesta. -Kennedy fala lutando para se manter sério enquanto arremessa a bola para ela.

Apesar de não ter a intenção Enrica pega a bola no ar com firmeza por puro reflexo a impedindo de colidir com seu rosto.

-Se você é boa o sufiente para impedir que essa bola te acerte, você pode fazer uma cesta. -Kennedy encoraja se aproximando dela.

-É muito alto, não sei se você percebeu mas eu sou uma réplica exata de um smurf mulher. -Enrica diz encarando a cesta com desprezo.

-Você quer dizer a smurfete? -Kennedy finge estar confuso, mas seu tom era puro zombaria ao fita-la.

-Que se dane o nome do Smurf, nem se eu tivesse os pés de um canguru, não é possível acertar uma bola ai. -Enrica diz olhando para cima com uma das mãos na testa para proteger os olhos do sol.

-Não seja tão drástica, eu faço isso o tempo todo. -Kennedy toma a bola da sua mão com um movimento rápido demostrando a ela.

Com um salto estratégico ele interra a bola no cesto com um arremesso perfeito, a bola cai na rede e ele a pega novamente.

-Fácil viu? -Kennedy se inclina fazendo uma referência exagerada.

-Falar é fácil. -Rebate Enrica ainda relutante.

-Eu te ajudo. -Os olhos de Kennedy agora suplicavam a ela numa promessa silenciosa.

-Tudo bem. -Ela cedeu se colocando de pé um tanto relutante.

-Muito bem. -Kennedy se anima indo para o centro da quadra reservada para o basquete. -Fique aqui. -Ele instrui indicando o espaço a sua frente.

Enrica obedece e sem acanhamento Kennedy desliza suas mãos pelo interior do seus braços parando em seus cotuvelos lisos e os segurando  com firmeza, Enrica estremece minimamente com seu toque inesperado, o rosto e Kennedy estava tão perto do seu que ela pode sentir sua respiração nervosa em seu pescoço que arrepia minimamente os pelos da sua nuca, sua propria respiração ficando desregulada, suas costas coladas no peito bem definido dele, ela podia sentir seu peito subir e descer em suas costas.

-Você precisa erguer os cotuvelos assim quando for arremessar. -Kennedy diz com uma voz rouca que não passava de um sussurro demostrando a ela gentilmente.

-Corre, prepara, pula e arremessa, não esqueça de dobrar os joelhos ok? -Sua voz antes rouca estava sendo consumida por uma pontinha de entusiasmo.

Seguindo suas instruções ela se afastou dele, sua voz rouca ainda ecoando em sua cabeça, corre pensou ela iniciando uma corrida a passos largos, prepara lembrou ela endireitando os ombros e erguendo os cotuvelos como ele havia ensinado, pula, nessa ponto ela hesitou por apenas um instante dobrando os joelhos para tomar impulso, mas em seguida já tinha arremessado, ela observou com expectativa a bola rodopiar algumas vezes pelas bordas da cesta antes de por fim cair na rede num arremesso perfeito, entusiasmada Enrica gritou um: "Eu consegui" baixinho, ainda na empolgação ela correu  até Kennedy que igualmente animado e impressionado, a recebeu de braços abertos, ela colidiu em cheio com ele sem sentir o impacto, seu coração ainda pulsando rápido pela corrida, riu em seu ombro feliz, e logo sentiu seu peito se sacudir em resposta indicando que ele também ria, Enrica sente algo eletrizante sair dele e esquentar todo seu corpo em resposta, era uma sensação boa que arrepiava todos os pelos do seu corpo, era estranho senti tantas coisas confusas por alguém que ela acabará de conhecer, mas era impossível evitar, e pela forma como seu corpo se enrijesseu ela soube que ele também havia sentindo, depois que a adrenalina foi se esvairando do seu corpo ela o soltou ainda sorrindo.

-Não acredito que mentiu pra mim. -Kennedy fala indignado coçando a nuca.

-Eu não menti, nunca fiz isso na vida. -Enrica garante a ele tão surpresa quanto ele.

-Então ou você tem o dom, ou eu subestimei minha capacidade de ensino. -Kennedy reflete brincalhão.

-É sempre um erro subestimar você. -Enrica entra na dele.

-Que garota sábia você é. -Kennedy elogia de brincadeira.

Ela sorri em resposta dizendo:

-Acho melhor paramos por aqui, enquanto minha dignidade está intacta. -Enrica esclarece.

-Um passo de cada vez. -Lembra Kennedy satisfeito. -Você foi muito bem. -Fala sinceramente colocando a bola em baixo do braço.

-Tive um bom professor. -Enrica dá de ombros o fazendo sorri timidamente para ela.

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