Doce Reencontro

Bởi srtamadams

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Muitos dizem que a esperança é a última coisa que morre em nós, mas para Cecilia ela foi a primeira a morrer... Xem Thêm

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
SINOPSE
PRÓLOGO
Parte I - Onde o passado e presente se encontram...
CAPÍTULO I
CAPÍTULO III
Capítulo IV
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIII
Capítulo IX
Capítulo X
Capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Parte III Acerto De Contas Com O Passado
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XVI
O Bom Filho A Casa Torna

Capítulo V

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Bởi srtamadams

Segue mais um capítulo people, espero que gostem! 😍


Não esqueçam de votar e comentar, pois isso me ajuda muito e faz com que o livro fique mais conhecido na plataforma. #Thanks 😘

**********

Capítulo V

Staring at the ceiling in the dark

Same old empty feeling in your heart

'Cause love comes slow and it goes so fast
Well, you see her when you fall asleep
But to never to touch and never to keep
Because you loved her to much
And you dive too deep

( Let Her Go - Passenger )

Dias atuais...

Cecília

Após minha crise Mateo tem estado ainda mais presente em minha vida. Ele não perguntou nada sobre o Fernando e nem sobre o que eu estava sentindo, apenas me abraçou e permitiu que extravasasse toda a minha dor em seus braços.

Dormi exausta de tanto chorar e quando finalmente as lagrimas secaram eu lhe mostrei com meu corpo o quão importante ele é para mim. Amei Mateo como a muito tempo não amava. Entreguei tudo de mim.

Meu corpo.

Meu coração.

Minha alma.

Dei-me inteira para ele.

Mateo mostrou-me com a mesma intensidade o quanto me ama. Sei que sou muito filha da puta por o prender em minha vida dessa maneira, mas sei também que sem ele eu não conseguirei manter-me em pé.

Beijei cada parte do seu corpo com adoração e ele fez o mesmo com o meu. Não foi só uma troca de prazer carnal. Não foi só uma madrugada regada a sexo quente e suado. Foi uma entrega. E quando o êxtase varreu nossos corpos eu senti uma pequena parte do meu ferrado coração ser curada.

***

- Cecília, hoje eu não poderei ir com vocês ao parque. - Fala Matt assim que pergunto se ele nos encontrará no parque.

- Aconteceu alguma coisa, Matt? - Preocupo-me porque ele nunca deixa de nos acompanhar.

Mateo e Gael são apaixonados um pelo outro e sempre que saímos eu nunca sei qual dos dois tem dois anos de idade.

- Não aconteceu nada, meu amor, mas hoje uma nova voluntaria veio trabalhar no abrigo e minha pediu que eu a mostrasse o nosso trabalho.

- Sendo assim eu não posso reclamar. - Ele sorri e seu sorriso acalma meu coração.

- Ahh, Cecília.... Se você soubesse... - Ele não completa porque sabe que eu sei o que ia falar. Eu sempre sei o que o Mateo vai falar.

- Eu sei, Matt. Eu sei.

- Divirta-se com nosso pequeno, meu anjo.

- Pode deixar. Esperamos você para o jantar.

- Amo-te, Cecília.

- Amo-te também, Matt! - Desligo o telefone e sinto um calafrio percorrer meu corpo.

Pode não ser nada, mas algo me diz que esse passeio com Gael, não vai ser igual aos que sempre fazemos.

Decido ignorar meus pensamentos e corro para casa. Tenho adoração pelo meu trabalho, mas não posso negar que os melhores momentos do meu dia, são os momentos que passo com meu pequeno anjo.

Pego Gael e a cesta de comidas que a senhora Maria gentilmente preparou para o nosso piquenique.

Maria é uma senhorinha muito bondosa que cuida do Gael enquanto eu estou trabalhando. É um anjo em forma de mulher. Ela tem um pouco mais de cinquenta anos de idade e por não ter família aceitou morar comigo e me ajudar com Geal. Lhe pago um bom salário e cuido também da sua saúde, mas não chega nem perto do que ela faz por mim e pelo meu filho.

O amor que ela sente por ele é o mesmo amor que uma avó sente por um neto. Eu sou muito grata por a ter encontrado, não só por ela ter se tornado a avó do meu filho, mas também por ela ser uma amiga para mim.

Sinto falta da minha mãe. Sinto saudade da nossa amizade e de como ela me entendia sem ao menos uma palavra dizer. Sinto falta dela todos os dias. As vezes essa saudade me sufoca e sinto-me ingrata porque dona Niza, a mãe do Mateo, sempre se esforçou para que essa saudade fosse preenchida, mas ela nunca seque diminuiu.

Hoje é um dos dias que eu queria não lembrar. Hoje é o dia que a saudade dói um pouco mais. Hoje dia dezessete de outubro faz vinte e quatro anos que meus pais se foram. Vinte e quatro anos que eu perdi as duas pessoas que mais amei em toda a minha vida.

Dói lembrar que ele se foram. Dói saber que nunca mais ouvirei suas vozes. Dói olhar para a foto que carrego em meu relicário e saber que esses olhos nunca mais brilharam para mim. Eu queria tanto que eles estivessem aqui. Queria tanto que conhecessem o Gael.

Queria não ter perdido tudo que perdi, mas eu não me importaria de passar o que passei depois que o maldito do Fernando me abandonou, se os tivesse ao meu lado novamente.

Perder o Fernando doeu muito e de certa forma destruiu uma parte da minha alma, mas perder os meus pais destruiu meu coração. Destruiu a minha vida. Perder meus pais acabou com tudo de bom que havia em meu ser. Fui por muitos anos um cadáver andante. Existi para o mundo, mas morri para mim. Perdi a fé em Deus e a fé nos homens. Tornei-me uma pessoa da qual não me orgulho.

Briguei com o mundo e com todos que tentaram se aproximar. Joguei em quer que fosse a minha raiva. O meu ódio. Destruí tudo que pude e por fim tentei destruir a única coisa que me restava, - a vida -.

Foi no dia dezessete de outubro do ano de mil novecentos e noventa e quatro que tentei por um fim a minha vida pela primeira vez.

Era um dia ensolarado e eu não aguentava mais chorar. Estava cansada de dizer para todo mundo que estava bem. Que estava superando. Que estava feliz. Sentia-me cansada de mentir. De ver a pena estampada no olhar das pessoas que se aproximavam de mim.

Todos os dias era a mesma coisa. Alguém vinha sentava-se ao meu lado e falava por horas que meus pais estavam em um lugar melhor, que eles estavam bem. Que eles estavam cuidando de mim. Não suportava mais ser a garota triste que perdeu os pais. Não mais suportava ser a pobre menina órfã que dependia do cuidado dos outros.

Movida pela dor, pela magoa, pela tristeza, escolhi o caminho mais fácil. Joguei-me da pedra mais alta da cachoeira. Inocentemente acreditei que a queda seria o suficiente para causar minha morte eminente, mas enganei-me, ou o Ser maior que rege o mundo poupou-me. Na época senti ainda mais raiva que sentia, Dele por não me deixar partir, mas hoje agradeço a todo instante por ter a oportunidade estar aqui.

Lembro-me que quando acordei no hospital, vinte e dois dias após minha "aventura", Mateo estava ao meu lado. Foi a primeira vez que ele realmente esteve ao meu lado.

Desse dia em diante passei a ter acompanhamento psicológico três vezes por semana. Dona Niza não me deixava mais sozinha e Mateo virou minha sombra. Foram doze meses sem saber o que era estar sozinha e nesse tempo Mateo tornou-se meu melhor amigo.

Quando recebi alta da psiquiatra, ganhei também o direito de usar a herança que meus pais haviam me deixado e com dezenove anos de idade me tornei uma dona do meu próprio nariz, por assim dizer.

Prestei vestibular e iniciei minha graduação em arquitetura na faculdade que minha mãe havia se formado. Mateo também já estava cursando e tornamo-nos ainda mais próximos.

Os quatro anos que se seguiram foram anos mais fáceis. Aprendi a lidar com a raiva e com a dor. Não deixei de sentir, mas aprendi a não descontar nas outras pessoas.

Em alguns dias - na maioria deles devo dizer - a dor era tão grande que até para respirar era difícil, mas em outros dias a dor parecia estar submersa em algum lugar dentro do meu coração.

"Mente quem disser que você esquece quem perdeu. É mentira dizer que um dia a dor vai embora. É uma covarde mentira! A dor nunca vai embora. Ela nunca te abandona. Ela sempre vai martelar dentro de você. Ela sempre vai mostrar que está lá. Ela sempre vai te mostrar que a qualquer momento pode te dominar."

Em um desses dias onde a dor se mostrava mais presente, sai para caminhar e uma hora mais tarde estava sentada no alto de uma pedra, da mesma cachoeira que anos atrás havia tentando contra a minha vida. Fiquei lá por horas e quando estava prestes a voltar para casa vi que Mateo estava sentado alguns metros atrás de mim.

Olhei para ele limpando minhas lagrimas e ele arrastou-se até estar em minha frente.

Com o polegar limpou as lagrimas que ainda teimavam e cair.

- Como você está, Anjo?

- Estou bem, Matt. - Menti.

Ele balançou a cabeça em negativa.

- Linda, você não precisa dizer que está bem o tempo todo. É perfeitamente aceitável que você ainda não esteja bem. É normal que ainda doa. Eu não vou mentir e dizer que essa dor vai sumir porque nos dois sabemos que isso não é verdade, mas eu prometo que vou estar sempre com você e que farei o possível para ela se torne suportável.

Dizendo isso ele me abraçou e deixou que eu chorasse com tudo que havia em mim.

Mateo salvou-me novamente nesse dia.

***

Saio dos meus devaneios com os gritos infantis de Gael. Ele grita alegremente e bate palminhas ao perceber que chegamos ao parque. Meu pequeno amo esse lugar e eu o trago sempre que posso.

Saio do carro e dou a volta para pegá-lo. Retiro-o do carro e também a cesta que está com os alimentos para o nosso piquenique. Caminho com ele até uma encontrar uma sobra e o coloco no chão. Estendo uma toalha e espalho sobre ela as guloseimas que Maria preparou.

Gael brinca com alguns carrinhos e tenta comer uma maçã. Pego meu caderno de desenho de dentro da bolsa e aproveito para desenhá-lo. Distraio-me desenhando e quando termino o esboço que fiz, Gael chama mina atenção.

- Mama ... Ucoô. - Pede meu pequeno.

Abro a garrafa e despejo o suco de laranja em sua mamadeira. Ele arrasta-se sobre a toalha e deita desajeitadamente em meu colo. Meu pequeno já demonstra sinais de cansaço.

- Iiiiiiô. - Gael fala sorrindo para alguém que está atrás de nos.

Viro-me para ver quem é estaco ao perceber que o "Iiiiiô" a quem meu filho se refere é nada menos que o homem pelo qual eu fui perdidamente apaixonada.

- Iiiiiiô. -

- Oie, Príncipe. - Fernando fala ao se aproximar de onde estamos.

- Iiiiiiiiiô... Mama Iiiiiiô. - Grita Gael e joga seus bracinhos em direção ao homem a nossa frente.

- Quem é ele, meu amor?

- É o Iiiiô, mama.

- De onde você o conhece, vida minha? - Interroguei sem me preocupar com a pouca idade que ele tem.

- Iiiiô binca, mama. - Respondeu meu pequeno e Fernando corou envergonhado.

Contrariada permito que ele pegasse Gael dos meus braços. Mas vale deixar claro que só permiti que ele o pegasse por medo de o deixar cair. Minhas pernas estão trêmulas e meu coração parece que vai saltar por minha boca a qualquer momento.

- Oie, anjo do titio. - Ele fala beijando as suas bochechas gorduchas. Gael se desmancha em sorrisos e sem que eu percebo gemo em demonstrando minha frustração.

Estou controlando minhas emoções ao máximo que posso, pois não quero fazer uma cena com meu filho presente, mas Fernando que se prepare porque eu deixo de me chamar Cecília Dalas de Queiroz se não descobrir de onde esse filho de mãe conhece meu filho.

- Anjo, o titio precisa ir embora. - Felizmente ele ainda tem bom senso.

Mas antes que possa me devolver meu filho, vejo os olhos de Gael lacrimejarem. Fernando o abraça e meu pequeno envolve seu pescoço com seus bracinhos. Não consigo resistia a emoção que essa dessa cena e deixo rolar por minha face algumas lagrimas.

Sempre sonhei em ver Fernando com nosso filho em seus braços. Sempre o imaginei como um pai fantástico, mas confesso que não estava preparada para ver essa cena.

Seco minha face antes que ele possa ver as emoções que meus olhos transmitem. Fernando sempre meu leu como ninguém.

- Desculpa. - Ele sussurra e eu apenas balanço a cabeça em concordância.

- Vida minha, vem com a mamãe. -Chamo e Gael aperta seus bracinhos em volta do pescoço dele.

- Anjo, vai com a mamãe para que o tio possa pegar um presente que tem para você no carro. - Meu filho o olha com desconfiança, mas aceita.

- Não quero que você dê nada para o meu filho. - Falo assim que tenho Gael em meus braços, mas ele me ignora e caminha em direção ao seu carro.

Praguejo alto e ouço sua risada cínica.

Fernando não demora sequer cinco minutos para voltar e traz com ele um urso de pelúcia.

- Iiiiô - Gael o chama e bate suas mãozinhas alegremente.

- Aqui, meu Anjo. - Ele o entrega o ursinho que é praticamente a metade do seu tamanho e mesmo contrariada o ajudo a segurar.

- Agradece a titio, meu amor.

- Oiada, Iiiô. - Fala olhando para o seu novo amiguinho.

- Agora eu preciso ir, Príncipe. - Agradeço mentalmente por ele se despedir, mas arrependo-me no instante que seu corpo se aproxima do meu.

- Eu vou te falar só uma vez e espero que você entenda. - Aviso enquanto ele ainda está ao meu lado.

- Eu não quero nem saber como meu filho te conheceu e menos ainda a razão para que ele te chame de tio, mas eu quero que isso acabe aqui e agora.

- Desculpa, Ceci, mas isso eu não posso fazer. - Retruca o desgraçado!

- Fernando, vou ser mais clara. Eu não quero você perto do meu filho. Eu não quero você perto de mim. Eu não quero nada que venha de você! - A raiva na minha voz é quase palpável, mas o filho da puta sorri.

- Até breve, Cecília. - Fala ignorando meu pedido e sem me dar chance para o impedir, beija meu rosto.

- Adeus, Fernando! - Respondo abalada.

Droga!

Tudo que eu menos queria era que ele percebesse que ainda mexe comigo. Tudo que eu não preciso é que ele atormente a minha vida.

Ainda abalada coloco Gael em sua cadeira e o prendo, dou a volta no carro e entro. Envio uma mensagem para Mateo, avisando que já estamos indo para casa. Ele responde dizendo que já está a nossa espera.

Sei que não é certo o que estou fazendo, mas sei também que sem Mateo eu não suportaria nada do que ainda está por vir.

*Olhando para o teto no escuro / O mesmo velho sentimento de vazio em seu coração / Porque o amor vem devagar e se vai muito rápido / Bem, você a vê quando adormece / Mas para nunca tocar e nunca manter / Porque você a amava muito / E você mergulhou fundo demais /

Beijos! 😘

M. Adams
31/08/2018

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