Laços do destino

By LorenaOlliver6

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Sofia, é uma garçonete de 25 anos, que, depois de perder os pais, leva uma vida sofrida. Até conhecer um home... More

Em breve
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Desculpa
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Epílogo

Capítulo 25

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By LorenaOlliver6

Sofia

Que droga, por que ele tem que ter uma voz tão linda? Sinto um arrepio tomar o meu corpo e a fala ir por água abaixo. Posso escutar sua respiração e isso me faz lembrar como é bom quando ele coloca seu nariz em meu pescoço e o cheira.

- Sofia? Esta tudo bem?- Pergunta com preocupação.

- Você... Você pode vir... aqui?- Por que eu tive que gaguejar?

- Esta tudo bem?- Sua preocupação parece ter aumentado.

- Pode vir aqui?- Repito.

- Tá, chego aí em quinze minutos.- Fala e desliga.

É tão linda essa preocupação dele comigo ou com a Manu, eu amo isso nele, aliás, amo tudo nele. As vezes eu nem entendo como eu consigo ama-lo tanto assim.

- Papai?- Escutei Manu.

A olhei e ela ainda estava com os olhinhos fechados. Tadinha, esta mesmo com saudade do pai, eu sou a pior mãe do mundo, como eu pude fazer isso com a minha bebê?

Fiquei ali me remoendo enquanto olhava a minha pequena dormi, pensando, também, no Olliver. Ele teve toda a culpa? Claro que não.

Posso ser ciumenta até onde não pode mais, mas não sou paranóica e sei muito bem que Olliver não a convidou. Mas o que me dói mais, é pensar se ele quis esfregar na cara de todos que eu sou uma pobre que não tem onde cair morta?

Olliver seria capaz de fazer isso? Não faço a mínima ideia, mas, lá no fundo, o meu coração pede para acreditar nele. Mas a minha razão diz que isso é tão óbvio.

Escuto baterem na porta freneticamente, não pode ser o Olliver, ele disse que chegaria em quinze minutos, e ainda nem faz uns nove minutos que falei com ele.

- Oi.- Digo ao abrir a porta. Olliver avança em mim e me olha dos pés à cabeça, me vira de costas e me olha também.- O que?

- Esta bem? Esta machucada? O que houve?- Pergunta tudo de uma vez.

- Eu estou bem.- Digo e ele solta um suspiro de alívio e me solta.- É a Manu.- Ao dizer isso, seus olhos arregalaram e sua pupila dilatou.

- O que houve com ela?- Pergunta visivelmente preocupado.

Abri mais a porta e indiquei o sofá. Olliver me olhou por uns segundos e passou por mim, foi até o sofá e logo se sentou ao lado da nossa filha.

Fechei a porta e fui me sentar no outro sofá. Suas mãos percorreram as costas de Manu e todo seu corpinho, levantou o olhar pra mim e seu olhar era de desespero.

- Temos que levar ela no medico.- Diz e coloca a palma na testa dela.

- Não será necessário.- Digo e seu olhar se volta pra mim.

- Como não? Ela está ardendo em febre e...- Balancei a cabeça freneticamente.

- Ela está com saudade.- Digo e ele para de falar no mesmo momento.

- Saudade?- Sussurra e olha para Manu.- Oh minha filha.- Sussurra e beija seus cabelos.

- Acorda ela.- Pedi.

- É melhor ela dormir.- Diz ainda acariciando os cabelos dela.

- Não, Olliver, ela precisa te ver. Acho que só assim irá passar a febre.- Olliver fica um bom tempo olhando a minha linda Manu.

- Filha?- Ele a chama baixinho.- O papai está aqui.- Toca seu rosto e ela começa a se mexer.

- Papai, mamãe.- Sussurra já chorosa, ainda com os olhos fechados.

- O papai está aqui, filha.- Olliver diz com um enorme sorriso no rosto.

- Papai?- Sussurra baixinho e levanta a cabeça.- Papai.- Fala mais alto e pula no colo do Olliver.- Papai não foi bola.- Diz ela agarrada ao Olliver.

- Não, meu amor, o papai não foi embora.- Olliver a aperta em seus braços.

Os deixo conversar entre eles, Manu precisa matar a saudade de quatro horas sem ver o pai e melhorar. Eu não entendo, ela ficou poucas horas sem vê-lo e fica doente, Manu ama o pai de verdade.

Tadinha! Ela já ficou sem um pai há três anos, não quer ficar mais, ela está totalmente certa. Eu amo muito a minha filha, e mesmo que eu esteja com ciúme dessa ligação entre eles, não posso negar que estou feliz.

Manu começa a se soltar e brincar de verdade com o pai, o que posso imaginar que ela está se sentindo melhor.

Fico pensando, o que será que passou na cabeça dela? Medo de nunca mais ver o pai dela? Medo de ele ter ido embora e a deixado, como sempre falei a ela?

Não sei, talvez ela tenha pensado tudo isso ao mesmo tempo. O que me deixa ainda mais com a consciência pesada.

- Mamãe, eu posso chama o Fled?- Me olha com o olhar do gato de botas.

- Pode.- Sorrio.

- Eba.- Se manifestou.- Viu, papai, agola nós vamos blinca.- Bateu palminhas.

- Vamos sim, filhinha.- Olliver a beijou.

- Fled?- Ela gritou e logo escuto um latido vindo do quarto.

- Ei, garotão.- Olliver disse assim que viu o Fred.

Manu desceu do sofá e Olliver a seguiu, os dois começaram a brincar com o Fred, o que o deixou bastante feliz.

Não é que eu não goste de animais, muito pelo contrário, eu os amo, mas não posso deixar ele andar por aí, é perigoso para a saúde da Manu.

Aí você pergunta, e dentro do quarto não é pior? Talvez, mas a Manu passa a maior parte do dia na sala, o que me faz pensar que é melhor que ele fique no quarto.

- Vem, mamãe.- Manu me chama e eu sorrio.

- Pode ficar, querida, a mamãe vai fazer um lanchinho, tá?- Me ajoelhei do seu lado.

- Tá bom.- Sorri e beija a minha bochecha.- Que lanche, papai?- Escuto Manu perguntar antes que eu entre na cozinha.

Peguei todos os ingredientes que eu tinha em casa e comecei a fazer um cachorro quente de salsicha, não pode faltar aqui, eu sou louca por cachorro quente.

Depois do molho pronto, o tampei e fui fazer um suco. Peguei uns maracujá e os bati com muito gelo, claro, tirei o de Manu antes, ela não pode tomar coisa muito gelado.

Coloquei os lanches na bandeja e a equilibrei nas mãos. Não foi nada difícil, ser garçonete tem seus pontos positivos.

Mas eu era muito desastrada nesse ponto. Nunca irei esquecer os meus primeiros dias na lanchonete, as pessoas pediam outra garçonete, porque eu sempre derramava suco neles.

Eu era a rainha nisso. Marcela sofreu muito comigo, tanto com prejuízos, como com reclamações que, no mesmo dia, tinha no mínimo dez.

Foi aí que fiz amizade com Renata, ela me ensinou os detalhes e me mostrou como equilibrar bandejas, mesmo que ela fosse a cozinheira.

Quando, finalmente, consegui equilibrar, eu era a queridinha da lanchonete, ainda sou, né. Eu atendo as pessoas com a paciência que tenho.

Se eu me esforço muito pra isso? Muito, demais, é tudo que faço, mas as vezes uns clientes me tiram do sério, aí não tem santo que não se estressa.

Coloquei a bandeja na mesinha de centro e Manu soltou um gritinho fino ao ver os cachorros quentes. Se tem uma coisa que a minha filha puxou de mim, foi o apetite. Se deixar, ela come até pedra.

- Au au quente.- Disse eufórica e Olliver caiu na risada, começou até rolar no chão de tanto ri.

- É o que, Manu?- Perguntou entre risadas.

- Au au quente, papai.- Repetiu e Olliver voltou a rir com toda a força, comecei a ri dele.

- "Au au quente", meu Deus.- Falou entre uma risada e outra.

- Amor, é cachorro quente.- Tentei falar sério, mas acabei rindo.

- Au au quente.- Repetiu e Olliver já estava roxo de tanto ri.

- Para, pelo amor de Deus.- Pediu com a mão na barriga.

Ficamos mais de meia hora rindo, foi minha vez de quase morrer de rir quando o Olliver levou o cachorro quente a boca, e, ao lembrar do que Manu falou, riu antes de colocar um pedaço na boca e salsicha voou para todo lado.

Até Manu riu.

- Já tá doendo.- Olliver disse com a mão na barriga puxando o ar pelo nariz e soltando pela boca, tentando manter a calma.

Minutos longos se passaram e, acredite, ainda estávamos comendo. Mas começamos a comer sem gracinhas.

Foi um restante de tarde bem prazerosa. Sabe aquela raiva que eu estava sentido do Olliver? Acredite, ela estava sumindo.

Não tem como sentir raiva, foi realmente a melhor tarde de todas. Apenas nós quatro, eu, Olliver, Manu e o Fred, fizemos uma festa sem música. As únicas músicas eram os timbres de nossas vozes.

Olliver estava parecendo um menininho, seu olhar e sorriso, eram brincalhão, suas brincadeiras com Manu, eram as mais puras e lindas. A coisa mais linda de se ver.

Tá, eu confesso, mesmo com esse orgulho que está me ferrando, mas eu amo o Olliver demais, amo mais que esse ciúme que sinto, mais que qualquer coisa, só não mais que minha filha. Eu amo os dois, foram a melhor coisa que já aconteceu na minha vida.

***

Hey, não aguentei esperar mais, acabei de terminar o capítulo e já é mais de 00:00, o que significa que já é quarta.

Obrigada por você que está comigo desde o início, obrigada a você que está chegando agora e obrigada por quem ainda irá chegar.

Acreditem, estou me dedicando muito a essa estória, espero que estejam gostando. Votem e comentem pra mim saber as opiniões.

Beijos e até sexta.

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