Laços do destino

By LorenaOlliver6

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Sofia, é uma garçonete de 25 anos, que, depois de perder os pais, leva uma vida sofrida. Até conhecer um home... More

Em breve
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Desculpa
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Epílogo

Capítulo 20

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By LorenaOlliver6

Olliver

Sofia estava quase para fazer um buraco no chão. Andava de um lado para o outro, e isso já estava me deixando tonto. Mais de meia hora nisso, não é brinquedo não.

- Amor, se acalma.- Pedi pela milésima vez.

- Como, Olliver? Sua mãe deve ser uma granfina, eu não tenho uma merda de roupa decente, não tenho costumes de etiqueta ou tiqueta, sei lá que merda é.- Gritou desesperada.

- Amor, eu já disse que minha família não liga para isso.- Me levantei e fui até ela.- Você é linda do jeito que é, não precisa de panos para mostrar o quanto é linda. Aliás, você sem panos fica mais linda ainda.- Provoquei e olhei seu corpo.

- Para de graça, Olliver. Mas eu não sei comer com garfo e faca, vou passar vergonha.- Se desesperou.

- Faça como os primatas, coma de mão, rasga no dente, quem liga?- Beijei sua testa.

- Aí, Olliver.- Reclama e voltou a sua atenção para o guarda roupas.

Voltei a me sentar no meu lugar que se chama "aprore" que significa, aprovar ou reprovar. Desde às oito da manhã que estamos aqui, já são onze horas e nada dela encontrar uma roupa.

Aí você pensa "esse Olliver nem é cavalheiro, não dá uma roupa para a namorada". Caramba, eu não tenho bola de cristal. Não sabia que para escolher uma roupa, demorava tanto assim.

- Olliver, e essa?- Sofia apareceu com um vestido longo mal colocado, parece até com um vestido de grávida. Tive que ri.- Olliver! Eu vou te matar.- Choramingou.

- Sofia, para.- Parei de ri e me levantei.- Olha, seja apenas você mesma.- Fui até seu guarda roupas e peguei uma calça jeans e uma blusa que ela mais usa.- Veja, se eu olhar para essa roupa, verei você vestida nelas.

- Olliver, essa roupa eu uso para ir pro trabalho, esta louco?- Arregalou os olhos.

- Não, mas vou ficar se tiver que ficar no meu banco "aprore" mais um minuto.- Rebati e ela riu nervosa.- Veste essa, amor.

- Pelo menos essa.- Pegou uma outra calça mais nova.- Não quero parecer uma mendiga.

Balancei a cabeça e ri. Sofia pegou a blusa da minha mão e foi, novamente, para o banheiro.

Eu, sinceramente, não me importo com as vestimentas de Sofia, quem liga? Bem assim é meus pais, nada a ver. Sofia é linda do jeito que é, se ela acrescentar alguma coisa, não será a minha Sofia.

- Olha pra isso, estou parecendo uma...- Não a deixei terminar e a beijei nos lábios.

- Esta parecendo você mesma, do jeito que eu amo.- Sorri.

- Olliver, estou muito nervosa.- Abraçou minha cintura e apoiou sua cabeça em meu peito.

- Não precisa, linda. Vamos logo, antes que você desista.- Brinquei.

- Seria uma boa ideia.- Afastou a cabeça.

- Sem brincadeiras.- A puxei pela mão.

Sofia se soltou da minha mão e foi terminar de se arrumar. Passou um perfume, cheiroso por sinal, cremes, penteou o cabelo, um batom vermelho que realçou seus lábios e uma fina camada de lápis.

Votou logo em seguida para segurar minha mão. Pegamos a bolsa de Manu e fomos para o meu carro, finalmente. Enviei uma mensagem para Lily, avisando que eu já estava chegando.

Paramos na escola de Manu e logo ela saiu, saltitando. Trocamos seu uniforme por uma jardineira com uma blusa branca por baixo, tenho que confessar, minha filha fica linda assim.

Sofia terminou os detalhes e fomos para a casa dos meus pais, claro, antes coloquei Manu na cadeirinha.

- Pla onde vamos?- Perguntou sorrindo.

- Lembra que o papai falou que iríamos conhecer a vovó, o vovô e a titia?- Perguntei.

- Oba.- Gritou eufórica e bateu palmas.- Eles vão gosta de mim?- Perguntou agora cabisbaixa.

- Claro que vão.- Tirei a atenção do trânsito por alguns segundos e a olhei.

- A mamãe também está com medo.- Sofia falou.

- Sofia!- A repreendi.- Não mete medo nela.- Falei entre dentes.

- Aí, Olliver.- Resmungou e cruzou os braços.

Sofia permaneceu o percurso com os braços cruzados e com um lindo bico. Mas eu sei que isso é apenas o nervoso, suas mãos tremem mais que vara verde, de longe, vejo o suor brotando em suas mãos e pequena gotículas em sua testa.

É de ri vendo isso, juro que me segurei ao máximo para não o fazer. Sofia poderia me matar com apenas um olhar, quando ela fica nervosa, é capaz disso.

Manu ficou cantando várias músicas que escuta na escola, juro que não entendia nada. Talvez ela falava alguma coisa relacionado a: não faço a menor ideia.

Parei em frente à casa dos meus pais e logo desci do carro, toquei a campainha e o portão grande se abriu, isso mesmo, não precisou nem de interfone. Qual foi a última vez que eu trouxe uma mulher aqui? Claro, no primeiro trimestre da minha faculdade.

Voltei ao carro e Sofia batia o pé freneticamente no chão do carro. Mordi os lábios e virei o rosto, já para evitar a terceira guerra mundial.

Ao descer do carro, abri a porta para Sofia e fui até Manu, abri a porta e a tirei da cadeirinha. Ela tratou de enlaçar minha cintura com as pernas e os braços em meu pescoço.

- E se eles não gosta de mim, papai?- Perguntou enfiando o rosto em meu pescoço.

- Eles vão amar você, meu amor. Você e a mamãe.- Beijei seus cabelos e dei um selinho em Sofia que chegou ao nosso lado.

- Coisa chata!- Escutei um grito estridente e nem precisei esquentar minha cabeça para saber quem era.

- Lily.- Sorri e a abracei com Manu no colo, já que ela grudou em mim.

- Você deve ser a Emanuelle.- Lily sorriu para Manu e ela segurou ainda mais em mim.

- Fala "oi" para a titia.- Pedi a ela.

- Oi.- Olhou Lily por uns segundos e deitou a cabeça em meu ombro.

- Que coisa mais fofa.- Lily deu pulinhos de alegria.- Deixa eu pegar ela.- Avançou em Manu, que virou o rosto.

- Ela está com vergonha.- Sorri e acariciei suas costas para mostrar que estava tudo bem.- Daqui a pouco você vai ver ela se soltar.

- Não vejo a hora.- Apertou uma bochecha de Manu.- E você deve ser a Sofia.- Lily olhou atrás de mim e avistou Sofia.

- Sim, é um prazer.- Sofia sorriu nervosa e a Lily a abraçou.

- O prazer é todo meu. Aiii, agora eu vou ter uma parceira para ir ao SPA comigo.- Gritou eufórica e eu ri pra caramba.

- Boa sorte.- Ri mais um pouco.

- Ah! É que...eu...- Percebi que Sofia não queria ser grossa.

- Ela não gosta muito dessas coisas.- Expliquei.

- Ah!- Lily murmurou sem humor.- Mas, pelo menos, terei uma amiga, não é?

- Claro.- Sofia sorriu e parece ter simpatizado com Lily, essas duas ainda vão me dar dores de cabeça.

- Onde estão os meus pais?- Perguntei e Lily sorriu.

- A mãe está louca para te conhecer, vem.- Lily segurou a mão de Sofia e saiu a arrastando.

- Olliver.- Li seus lábios, era uma súplica, pedindo ajuda.

Ri e as segui, Sofia poderia ter um ataque cardíaco e não quero ser um viúvo aos trinta e dois anos.

Minha mãe estava na sala, já quase saindo para, com certeza, ver onde estávamos. Quando minha mãe bateu os olhos em Sofia, abriu o maior sorriso que eu já vi.

- Oi.- Disse minha mãe bastante eufórica.

- Oi.- Sofia tentou se mostrar corajosa, mas eu sei que ela está muito nervosa.

- Meu Deus, estava começando a achar que você era uma imaginação de Olliver, ele vivia falando de você e nunca a trazia aqui.- Minha mãe, que ama me entregar, abraça Sofia como se a conhecesse há anos.

- Mãe!- A repreendo.

- Mentir é feio, Olliver.- Riu e deu um beijo na testa de Sofia.- Seja bem vinda à família.

- Obrigada.- Sofia sorriu abertamente.

- Hei, já chega, Anna, também quero conhecer a minha nora.- Meu pai diz e sorri.- Seja bem vinda, querida.- Meu pai a abraçou de lado.

- Obrigada, senhor Carlos.- Eu, sinceramente, nunca vi a Sofia com tanto formalismo.

- Por favor, me chame só de Carlos.- Pediu.

- Mãe, pai, quero que conheçam uma pessoa.- Anunciei e eles voltaram suas atenções para mim. Tirei a cabeça de Manu do meu pescoço e os mostrei.

- Que linda, é sua irmã, Sofia?- Minha mãe pergunta sorrindo.

- Não.- Coloca uma mecha de cabelo atrás da orelha.

- É nossa filha.- Eu disse e minha mãe arregalou os olhos, meu pai começou a tossir descontroladamente.

- Como assim filha, Olliver?- Minha mãe pergunta.- Como não me apresentou antes? Como isso é possível? Como... Meu Deus, estou tão confusa.

- Mãe, eu também fiquei assim.- Sorri compreensivo.- Rebeca me colocou numa fria há quatro anos, tentei me explicar a Sofia, como eu já havia dito, bom, o começo vocês sabem. Quando o meu pai propôs que eu fosse para a França para fazer o último teste, achei que fosse uma facada em meu coração, mas foi em boa hora, em parte. Quando parti, tive que deixar Sofia e quando voltei, tive a surpresa. Sofia estava grávida quando fui para outro país, nenhum de nós dois sabíamos, mas essa é a nossa filha de três anos.- Sorri e beijei o rosto de Manu, ela segurou meu rosto e sorriu.

- Eu tenho uma neta?- Meu pai perguntou com uma expressão indecifrável.- Minha neta.- Sorriu abertamente.

- Quem é ele, papai?- Manu me perguntou com os olhinhos cheios de confusão.

- É o seu vovô e a sua vovó.- Respondi olhando-a.

Manu os encarou por um determinado tempo, eu não fazia idéia do que ela estava fazendo, eu apenas observei as ruguinhas se formarem na testa da minha filha.

- Vocês gosta de mim?- Perguntou com os olhinhos cheios de lágrimas.

- Eu não sabia de você, minha querida, mas eu já eu gosto de você.- Minha mãe deixou uma lágrima cair e sorriu.- Minha netinha.- Pegou Manu dos meus braços e a abraçou.

- Eu também já gosto de você.- Meu pai ratificou.

Sorrindo, eles se abraçaram e Manu sorriu. É, não pensei que ela fosse se abri tão rápido, mas que bom que ela deixou meus pais a conhecer com abraços.

- Eu disse que eles iam amar vocês.- Sussurrei no ouvido de Sofia.

- Que bom.- Sorriu e me abraçou de lado. No exato momento, a campainha tocou.

- Já volto, amor.- Falei e beijei seus lábios.

- Deve ser a Marina e o Paulo.- Minha mãe conseguiu falar.

Fui até a porta a todos os sorrisos, feliz demais por ter minha família reunida, acho que nada é capaz de estragar a minha felicidade nesse momento.

Exceto por quem estava atrás daquela porta. Que merda é aquela, o que era aquilo? Meu inferno? Por que agora?

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