Zokugatari: Exodus

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ZOKUGATARI: EXODUS "A dramaturgia do Êxodo" História e Arte por Matheus Santos Revisão e Edição por Sagami Ri... More

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Simplório Ivhan - parte 7

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017

Simplório Ivhan – parte 7

          Era de manhã.

          Dia seguinte ao festival.

          Nessa manhã eu estava no restaurante, dormindo... ou pelo menos fingindo que estava.

          Koa estava aqui há alguns minutos, disse que o gerente perguntou por que chegamos tarde, e claro, com um braço quebrado e quase seis costelas destruídas. Koa arranjou uma desculpa ótima, que fomos atacados por alguns marginais que queriam o dinheiro da barraca.

          O gerente acreditou, quase sinto por isso, mas não posso dizer o que realmente houve.

          Principalmente porque seria um saco dizer como uma linda moça me sequestrou, atraiu um magrelo para matá-lo e se transformou em um monstro grotesco.

          Viu? Até falando em minha mente isso soa tirado de um gibi dos anos oitenta.

          Quando Koa me levantou no prédio ontem, rapidamente voltei à minha forma comum; nesse estado, algumas fraturas foram curadas, não todas, ainda não sinto meu braço direito e minhas costelas doem quando fico de pé, mas no geral, estou bem.

          O festival acabou duas horas depois que saímos do prédio, não conseguimos vender muito mais do que para umas poucas pessoas, nem mesmo pude mostrar para Koa como os festivais são divertidos.

          Decepcionante.

          Mudando de assunto.

          Não entendi muito bem o que aconteceu quando tudo acabou.

          Ivhan contou algumas coisas para Koa, e ele disse para mim esta manhã.

          Parece que a insanidade de Gaizess, todos aqueles gritos banhados em loucura e incontáveis movimentos de contorção, foram efeitos colaterais por ter roubado o pilar de Ivhan.

          Ivhan molda seu pilar em uma forma física para seu corpo, por isso o chama de "corpo", isso não era algo simbólico, literalmente Gaizess havia roubado o corpo de Ivhan.

          Ivhan contou a Koa que ela cortou seus membros um a um e os comeu, ao passo que mastigava os braços e pernas de Ivhan, ele perdia algo de si, perdia o que o fazia existir, sua forma, o deixou completamente nu, em pele e ossos.

          Isso é assustador.

          Tentei não escutar muitos detalhes sobre isso, mas Koa continuou, até fez um desenho ilustrando como Gaizess fez isso.

          Eu o amassei e joguei fora.

          Mesmo o desenho sendo horrível, ainda me fazia imaginar a situação, e isso é terrível.

          Após isso, ele disse que Ivhan foi embora, desapareceu, sumiu.

          Espere, falando assim, parece que ele usou alguma mágica e desapareceu no nada, melhor ajeitar, na realidade, ele só deu meia-volta e foi em direção contrária.

          Isso me deixou algumas perguntas, não muitas, só pequenas dúvidas.

          — Hur... hm...

          Quase todo meu torso dói quando me movo, mas agora preciso levantar.

          Koa ainda possui o braço quebrado, e não curará até daqui alguns dias, isso é uma das desvantagens de não mais possuir um pilar da existência. Como citado antes, meu desejo é recuperar aquilo que provoquei que Koa perdesse. Diferente de Ivhan e eu, ele não depende de seu pilar para existir, mas também não possui mais a habilidade de não existir, em outras palavras, ele perdeu o que o tornava uma anomalia.

          E isso é culpa minha.

          Não me submeto em remorso, mas sei que é culpa minha, e esse ferimento dele não irá sarar na mesma velocidade que antes, e isso deve ser frustrante para Koa.

          — Ainda não estou inválido o suficiente como para não conseguir ir até a cozinha pegar água.

          Não quero bancar o "machão", está doendo muito, mas não posso esperar que façam tudo por mim, principalmente agora que devo ainda mais ao gerente, por mais que ele seja alguém absurdamente incrível, não posso abusar, pretendo retribuir todos estes cuidados médicos no futuro.

          Ah, isto não é importante, mas o gerente já foi médico no exército, ele soube como aplicar o tratamento adequado quando Koa me trouxe, não lembro muito o que ele fez, mas estou melhor do que lembro.

          — Hm?

          O restaurante funciona da seguinte maneira: há três lugares, a cozinha, que fica em paralelo ao salão, que é do mesmo tamanho dela; e atrás dela há a dispensa, onde eu e Koa dormimos. O gerente é muito gentil e nos oferece alguns colchões finos, de algum modo, ele nos cuida mais como filhos do que como empregados.

          Quando passei para a cozinha e fui até a geladeira, não havia nada demais, todas as cadeiras ainda em cima das mesas, portas fechadas, o de sempre; porém, quando fechei a geladeira, eu vi alguém.

          — Já consegue andar tanto assim?

          Darei um intervalo de três segundos para que adivinhem quem é.

          Três.

          Dois.

          Um.

          Se você disse "Koa" ou o "gerente", sinto muito, não ganhará o prêmio especial. Mas se você disse "Ivhan", parabéns, em breve lhe darei um beijo no rosto, indiferente de qual seja seu gênero. O quê? Realmente achou que seria o gerente? Por favor, ele não é um personagem regular da série, é claro que não teria essa interação agora na história.

          — Pensei que você já havia ido embora, Ivhan.

          — Eu lembro de um "san" no final do meu nome.

          — Não, isso era com o Koa, eu não uso o "san" com nomes.

          Talvez sim, minha memória não está boa hoje.

          — Usar o "san" de vez em quando é bom, isso mostra como você demonstra respeito para algumas pessoas, sabe? Digo, eu acho que você me respeita, não é? De algum modo deve haver algum tipo de elo aqui.

          — Não fale como se fôssemos amigos, isso não combina com seu personagem imposto até agora.

          — Rhum... então... que tal parar de pensar que sou um personagem imposto? Que tal pensar que posso agir dessa forma porque acho legal?

          — Pare, essa conversa idealista não tem graça, a obra já perdeu esse tom há muito.

          — Eu não acho, ela ainda preserva muito disso.

          — Tudo bem, apenas pare de falar dela desse modo, gera um desconforto.

          — Ei... Hamaki... Hama...

          — Hamada! Ha-ma-da! Não é tão difícil.

          — Ah, Hamada-kun!

          — Não faz nem dois dias que nos conhecemos, não pode esquecer o nome das pessoas assim, isso é errado!

          — Tudo bem, tudo bem... relaxe...

          — Eu estou calmo...

          — Isso, sente-se, é bem melhor... me passe aquela garrafa de leite, por favor.

          Sério? Ainda devo bancar o garçom?

          Tudo bem, fingirei que estou na minha casa e que ele é um convidado.

          — Pegue...

          — Sabe quanto tempo alguém que perdeu seu pilar pode passar sem comer?

          — N-Não... não sei.

          — O tempo que for, não se pode morrer de causas naturais quando se perde seu pilar da existência.

          — Entendo...

          Isso é algo que não sabia.

          — Então... você não se preocupava com comida, certo?

          — Errado. Não podia morrer de fome, mas não significa que eu não a sentia. No geral, eu só comi duas vezes desde que perdi meu pilar... bem, esta é a terceira.

          — Então... ontem quando Koa lhe serviu o especial do dia, você...

          — Sim, já havia passado mais de seis meses sem comer, e antes disso, mais sete.

          Quer dizer que ele tinha aquela aparência zumbificada por falta de comida?

          Lentamente andei através da cozinha e fui até a mesa em que ele estava sentado, puxei uma cadeira e então sentei, tudo isso de maneira singela para não acabar gemendo igual uma garotinha.

          — Por que ainda está em Omori? — perguntei.

          — Woh! Isso doeu... olha, não fui eu que te deixei nesse estado, não precisa me olhar como se fosse querer comer minha cara.

          — Está pensando errado, eu não te culpo por isso, não mesmo, isso é apenas o fruto da minha irresponsabilidade, minha incoerência durante um evento que precisou da minha atenção de outra maneira.

          — Que bom, agora pare de falar tão roboticamente, seus sistemas tiveram um curto?

          — Eu não sou um robô! Chega! Huh... hur...

          Senti algumas pontadas, pequenos espasmos do tecido muscular.

          — Por que agora está agindo tão expressivamente? É quase como se tivéssemos trocado de papel.

          — Essa é a impressão que dá? Me surpreendeu. É necessário ver minha irmã se transformar grotescamente para você atuar mais maduramente?

          — Hm?

          Irmã?

          Não.

          Não mesmo.

          — Aquela... espera, Ivhan-san...

          — Olha o "san" aparecendo.

          — Cale a boca! Aquela coisa era sua irmã?!

          — Ei, ei, ei, Hamasaki-kun... você não deveria subir nesse tom para falar da minha irmã.

          O-O que foi isso?

          Eu estava quase o corrigindo por errar meu nome, quando de repente o clima mudou.

          Esse olhar sério, eu poderia não ter percebido antes, mas por acaso... Ivhan realmente odiava sua irmã?

          — Claro que sim. A desgraçada arrancou cada braço, cada perna que eu tinha, e os comeu na minha frente... cada membro, ela o destroçou como se eu fosse feito de borracha, elas os engoliu pouco a pouco enquanto eu me afundava em minha poça de sangue, mas, não posso deixar que mais alguém a trate mal, não posso permitir, apenas eu, e somente eu tenho o direito.

          Por acaso... sua irmã...

          — Quando nasci, por ser o mais novo, tive um pouco mais de atenção dos meus pais. Eu não sabia que aquilo a deixaria irritada, eu era muito novo.

          — Ela sentia ciúmes com relação a você?

          — Eu diria que era mais a inveja, eu era visivelmente mais cuidadoso que ela, mesmo jamais desejando por isso, eu a amava, eu só notei isso na adolescência, quando a vi roubando meus sapatos e jogando-os no fogo. Mas, tudo foi diferente quando ela teve aquele namorado esquisito, um cara com o tipo de mente que só gente que já foi presa tem.

          Ivhan continuou a me contar.

          Gaizess, a irmã de Ivhan, se envolveu com um cara fora da linha, passava a maior parte do tempo fora de casa e até mesmo dias sem dormir lá. Embora os pais de ambos demonstrassem preocupação no início desse comportamento rebelde, logo foram esquecendo que Gaizess era parte da família, a forma como ela mesma escolheu se afastar não só proporcionou uma saída, mas um esquecimento completo de seus próprios familiares.

          Considerando que o motivo que levou ela a fazer isso seja Ivhan, ou melhor, seu pensamento de que Ivhan era o culpado, Gaizess se manteve cada vez mais no limite, e ao longo de sua irresponsável aventura, um desastre ocorreu.

          Ela morreu.

          O acidente provocado pelo giro indevido da moto de seu namorado deixou duas sequelas, a ausência da sensibilidade das pernas no namorado, uma ruptura em sua espinha; e a morte de uma irmã mais velha rebelde, que só estava ali por odiar seu irmão mais novo mais do que qualquer outra coisa.

          Trágico.

          Todos choraram.

          Um velório cheio de pessoas.

          Mil rosas encima do caixão.

          Os céus choravam junto.

          Claro que não, é uma mentira, nada disso aconteceu.

          Ninguém foi até seu enterro, nenhum parente se apresentou no hospital para confirmar que a jovem morta possuía família, nenhuma amiga ou pessoa próxima soube ou sequer lembrou que ela existia, nem mesmo Ivhan soube disso, ela simplesmente morreu no esquecimento. Pode-se dizer que ela morreu assim que perdeu seu laço com os familiares, mas isso seria presunção demais, seria idealizar que ela dependia deles, e isso não é verdade.

          Então, a ira, não só de ser esquecida, como a de invejar o amor dado a seu irmão, a forçou a que retornasse com aquilo, como aquela, como sua mesma forma, como sua mesma essência, uma representação viva de toda a inveja que sentia e o desejo de usurpar tudo que achava ter sido retirado por Ivhan, pois é isso que esse sentimento é.

          Uma ladra. Melhor pensar mais no que dizer a partir de agora.

          — Eu estive pensando em muitas coisas depois que recuperei meu corpo.

          — Sério? Já que está mencionando isso, talvez algumas delas tenham a ver com Koa e eu.

          — Sim, elas têm de fato, pois em algum momento eu fiquei muito pensativo, não sou alguém que para e pensa por um longo tempo, então fazer isso me fez ficar intrigado. No fim, fiquei intrigado por ter ficado pensativo sobre algo, é quase uma piada.

          — Hm? Está me confundindo, Ivhan... eu não gosto disso.

          — Isso, esse senso de humor é perfeito, continue.

          Tudo bem, darei crédito a isso.

          — Durante a recuperação do meu corpo, eu confirmei, mas já havia notado isso desde que sentei aqui ontem e comi o especial do dia.

          Desde ontem? Mas ontem ele não estava... meio-cego?

          — Realmente, sem meu corpo, eu não pude ver que Koa era uma anomalia, um ser sobrenatural criado de uma singularidade, e isso foi frustrante. Mas após recuperar meu corpo, pude ver outra coisa, algo que só vislumbrei quando percebi que Koa era uma anomalia.

          — Então... está dizendo que veio aqui para contar algo sobre Koa? Tem alguma coisa importante acontecendo com ele?

          — Não. O problema é você.

          .......

          Hm?

          Eu?

          — E-Eu? Mas... o que eu tenho? Além das claras fraturas, o que você notou ontem que só foi confirmado hoje?

          — Em um momento muito específico da minha vida, mais precisamente durante o segundo semestre da minha falta de corpo, pude presenciar em uma outra pessoa, algo que está acontecendo com você.

          — Outra... pessoa? Desculpe Ivhan, isto está ficando meio torto, não consigo... digo, não estou conseguindo entender muito bem aonde quer chegar.

          — Me diga... que cor seus olhos eram quando nasceu?

          Essa pergunta...

          — Meus olhos?

          Sim, só pode ser isso.

          — Acredito que eles deviam ser de uma cor totalmente natural, algo totalmente comum, o quero dizer é, desde quando seus olhos começaram a adquirir esse tom dourado?

          Foi o mesmo que Koa perguntou.

          — He... he he...

          — O que é engraçado?

          — N-Não, não há nada engraçado, definitivamente não há nada engraçado, he he.

          — Acho que agora sou eu que não estou entendendo, Hamasaki.

          — E-Eu... há alguns dias, Koa perguntou exatamente... o mesmo. Ele perguntou desde quando meus olhos haviam ficado dourados, e isso... isso foi uma surpresa.

          — Ele notou quando eles mudaram. Quando isso aconteceu? Quando Koa lhe disse que seus olhos estavam dessa cor?

          — Há pouco mais de três dias.

          — Entendo, então foi bem recente.

          — Então... Ivhan, você... sabe o que é? A causa da mudança?

          Ele tomou um pouco do leite, pelo menos até a metade, e então olhou para mim e disse:

          — Quantas vezes já manipulou seu pilar de existência?

          Hm?

          O pilar de novo. Aquela coisa que nos prende na vida, de certa forma, podemos chamar de alma, ou pelo menos o mais perto de representá-la.

          — Difícil responder, eu diria que muitas.

          São tantas que não consigo contar, sei de sua existência há alguns meses, desde lá, muitas coisas aconteceram e fui obrigado a usar minha habilidade muitas vezes.

          — São tantas que não consegue nem lembrar a quantidade... isso não é exatamente o que eu queria ouvir...

          — E eu queria que respondesse uma das minhas perguntas diretamente pelo menos uma vez. Qual a causa deste tingimento dourado em meus olhos?!

          Ele respirou fundo, parecia estar prestes a tirar algum peso e falar.

          — Você sabe os riscos de manipular seu pilar de existência, não é? Digo, os riscos reais que sofrem aqueles que o usam para algum feito.

          Sim, sei exatamente tudo sobre os riscos.

          — Perfeito, esqueça-os.

          — O quê?! Mas como assim?!

          — Os riscos de manipular seu pilar são os de ficar presos entre a não-existência e a realidade, ou seja, você pode ver coisas surreais, fantasmas, energias, absurdos, e ainda interagir com a realidade. Porém, o uso excessivo do pilar enquanto estado quase-morte, causa um efeito sem sentido, os olhos do usuário mudam de cor como um sintoma, tente imaginar isto como uma doença, onde o estágio inicial são cores claras na íris, e o final é a completa imersão à não-existência.

          — Então...

          — Sim, você deve ter sido exposto à morte tantas vezes e salvo usando seu pilar que, se continuar nesse estado, acabará deixando de existir, pois a propriedade regenerativa de um pilar não é algo natural, é uma anomalia sobrenatural.

          Deixar de existir.

          Ivhan se levantou antes que eu dissesse algo, colocou o leite na mesa e se dirigiu até a porta.

          — Eu voltei aqui porque achei que deveria saber disso, não por agradecer no retorno de meu corpo, eu nunca te pedi isso, foi sua culpa. Agora que minha irmã está morta, e meu corpo está comigo, vou embora, para sempre.

          — Eu agradeceria, mas você é idiota demais para lembrar meu nome quando disser "de nada", e isso me irritaria, então apenas direi que aceito sua informação de boa vontade.

          — Eu não sou idiota, idiota. Seu nome é muito clichê para me lembrar, não causa desafio algum.

          — Ei! Culpe meu pai por ser tradicional e me pôr um nome do século doze!

          — Estou indo, até mais, Hamasaki...

          Até para fazer uma saída elegante, ele erra meu nome, falhou miseravelmente como personagem de peso para a obra.

          — Decepcionante.

          Eu não tinha notado até agora, mas o que Ivhan mencionou é verdade, tenho estado em muitas situações de risco, onde tudo que me salvou foi a capacidade de transformar meu corpo. Talvez de agora em diante eu deva levar isso mais a sério, na verdade, eu deveria ter feito isso desde Shinjuku, mas não fiz, e isso é ruim.

          Não sei quais são os demais estágios, e muito menos quantos são, então dificilmente saberei dizer quantas vezes mais poderei ser salvo pelo meu poder. Eu não estaria neste estado se tivesse visto através das ilusões de Gaizess, ou se tivesse feito algo mais cedo quando fui pego, mas isso já passou, e não posso mudar nada.

          — Acho que vou quebrar uma de suas pernas, Hamada-kun.

          Koa me esperava no balcão.

          — Me manter na cama olhando para o teto e a janela é tão importante assim que você vem diretamente me buscar? Estou quase sentindo amor, desculpe Koa, você não faz meu tipo.

          — Talvez eu quebre duas agora e ponha uma fita em sua boca, só para garantir.

          — Por favor, pare, isso parece um cenário perfeito para uma cena erótica, e isso é nojento.

          — Não se preocupe, me dei a liberdade de sair cedo e comprar mais revistas para você. Coisas do tipo como "Não morri, mas agora ele me levou ao céu" e umas três edições de "Talvez eu prefira ser atendida por um médico sarado" para você.

          O que veio a seguir não pode ser narrado, é vergonhoso demais continuar escutando o que Koa diz tão friamente.

          Então cortaremos até a cena final, onde consigo fazer Koa ficar debaixo dos meus pés enquanto o esmago no piso, mentalmente, é claro.

~

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