MÃE POR ACASO (GIRAFA) G!P (C...

By Sbikalimann

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Gizelly Bicalho é uma CEO, mãe de uma menina de 5 anos e ex-canalha, pois desde que a pequena Sofia chegou e... More

Capitulo 1
Capitulo 2
Capitulo 3
Capitulo 4
Capitulo 5
Capitulo 6
Capitulo 7
Capitulo 8
Capitulo 9
Capitulo 10
Capitulo 11
Capitulo 12
Capitulo 13
Capitulo 14
Capitulo 15
Capitulo 17
Capitulo 18
Capitulo 19
Capitulo 20
Capitulo 21
Capitulo 22
Capitulo 23
Capitulo 24
Capitulo 25
Capitulo 26
Capitulo 27
Capitulo 28
Capitulo 29
Capitulo 30
Capitulo 31
Capitulo 32
Capitulo 33
Capitulo 34
Capitulo 35
Capitulo 36
Capitulo 37
Capitulo 38
Capitulo 39
Capitulo 40
Capitulo 41
Capitulo 42

Capitulo 16

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By Sbikalimann

Rafaella
-

Encarei o escritório do meu irmão, ainda pensativa devido a toda situação com Gizelly, porém tentando focar no que estava a minha frente.

Só que a todo momento só me vinha as mãos de Gizelly em meu corpo e a partir daquilo tudo era uma camada crua de desejo, sentia meu corpo esquentar todas as vezes em que eu pensava nisso.

Levantei-me firmando as mãos na mesa e decidi sair dali.

O escritório vinha sendo o único lugar onde não havia me escondido nas últimas horas que sucederam a situação dela com a Sofia indagando se éramos namoradas ou não.
Minha vó estava preocupada com meu jeito e Tato questionava o motivo de eu estar agindo estranho.

Nunca fui quieta ou muito calada, geralmente eu era muito alegre e falante, então estava em um dia realmente atípico.

Distraida, bati sobre o vidro de uísque que estava sobre o pequeeno bar que Tato mantinha ali, provavelmente de muitos anos atrás, pois meu irmão nunca foi de beber. Geralmente eu fazia aquilo, mas socialmente na companhia das minhas amigas.

Porém, a bebida nunca havia sido o forte da nossa família. Pelo menos, não depois de como  o vicio destruiu a vida da nossa mãe.

O vidro foi equilibrado novamente por mim, mas xinguei quando derrubei um copo pequeno, fazendo o objeto se espatifar no chão quando o barulho ressoou pelo escritório.

- Droga.- abaixai-me para juntar os cacos e vi quando a porta se abriu revelando  minha avó que me observava de modo especulativo.

- O que houve ai minha neta?.- indagou, aproximando-se.

- Eu derrubei um copo sem querer.- Falei, pegando a lixeira e jogando dentro rapidamente.

Vi que ela se sentou no sofá enquanto esticava a perna no chão limpo e juntava os cacos maiores com calma,  sem a menor preocupação de me cortar.

- Vai acabar machucada.- Vovó alertou.

- Tudo bem, só estou juntando os maiores.- Falei distraída.

Fiquei em silencio conforme recolhia e me levantei quando não dava para ignorar os cacos menores, indo em direção  á saída para buscar uma vassoura.

- Vai me falar o motivo de estar escondida hoje?.- Vovó inquiriu, e eu travei antes de sair.

Eu me virei lentamente, encarando-a.
Vovó tinha um ar de quem sabia de tudo e só um olhar dela bastava para me fazer tremer na base quando eu era pequena.

Só que naquele momento, anos depois ela não tinha mais aquele ar de  carrasco da infância, era só a minha querida avó e queria o melhor pra os netos.

- Não estou afim de sair.- Falei distraída.

- Isso tem haver com a sua melhor amiga?
Sua indagação me fez virar a cabeça rapidamente em sua direção.

- C.. como assim?.- Questionei.

- Bom, é que voce ficou estranha depois que saiu dizendo que iria ir jantar com a Gizelly, então imagino que possa ter algo a ver com ela.- Falou encarando o livro em cima da mesinha de centro, passando algumas páginas como se  estivesse falando sobre o tempo. – Sem contar que passou a noite fora e quero acreditar que foi com ela.

Suspirei.

- Não aconteceu nada, vovó. Gizelly não tem nada haver com isso.- Menti e ela riu.

- Certo, então que jantar longo foi esse? Durou muito hein?.- O sorriso da minha vó dizia que ela não acreditava em uma palavra que eu dizia. – Posso não ter sido jovem na mesma época que vocês, minha neta, mas sei bem como são as coisas. Nada como a desculpa de sair para comer na casa de alguém e voltar no dia seguinte.
Deixei minhas mãos caírem ao lado do corpo.

- Não quero falar sobre isso, vovó. Não agora..- sussurrei, suplicando para ela deixar aquele assunto quieto e a vi assentir.

- Certo, vou deixar voce cuidando de tudo. Prometo que quando quiser conversar sobre isso, não haverá julgamentos.- Falou saindo do escritório. – Sou de outra época mas sei que meus netos não são. Então, preciso ter  a mente aberta para vocês.

Sorri.

- Voce é a melhor avó do mundo inteiro.- Falei, encarando-a e a vi sorrindo pra mim.
- Eu sei, querida. Eu e a madá somos as melhores.- Alisou meu rosto com carinho e me abaixei pedindo um beijo como ela costumava dar em nossa testa, e assim vovó o fez. – Não se isole, voce não é assim.

- Ok, prometo sair daqui assim que terminar. Vou só limpar aqui.- Eu a vi se distanciar e suspirei alto, indo em direção ao quarto de limpeza para pegar a vassoura.

Assim que limpei tudo, sentei-me no sofá vendo o livro que vovó havia mexido ali.
Abri o livro em minha frente ‘Diga que me ama ‘’ observando as páginas surradas, passando lentamente por elas.

Aquele era o livro preferido da minha mãe e lembrei dela lendo essas páginas sempre, como se fosse um programa de televisão favorito eela pudesse sempre reprisar.

Lembrei-me também de como minha mãe sempre amou os livros, a leitura foi escape por anos em sua vida e a única coisa que herdei dela foi o prazer pela leitura.

Ainda tentei ter um laço com ela comentando sobre as obras que lia durante os dois anos seguintes a morte do meu pai que ela ainda estava em nossa casa.

Um papel caiu de dentro dele, fazendo-me franzir o cenho ao ver a letra da minha mãe.

Sinceramente tentava inutilmente não pensar no fato de que ela não ligava para nós, mas falhei, eu sinto saudades da minha mãe..

Pensei tanto nos anos que sucederam a sua partida para outra cidade que ficou impossível não decorar tudo sobre ela.
Seus costumes, seus gostos, tudo..

Mamãe e eu não éramos tão próximas, mas sempre teve uma ligação especial com meu irmão. Talvez fosse por isso que tinha tanta vontade de que ela me olhasse, que realmente me enxergasse..

‘’ O bebe nasce em alguns meses.
Eu precisava de voce aqui, mas voce não quis fazer parte da vida do  nosso filho.’’

Meus olhos liam as primeiras frases do papel com calma, porém travei ao ver que aquela carta não era dedicada ao meu pai, mas sim a Damião Barroso um antigo fazendeiro da região que faleceu há alguns anos.

Conforme avançava a leitura, sentia minha cabeça girando e meu corpo dando indícios de que estava enjoando.

O que aquilo queria dizer?
O que significava para ser mais precisa?
Minha mãe trocava cartas com aquele homem?

E, porque estava dentro deste livro?
Não me parecia o tipo de coisa que alguém faria e deixaria á mostra.
-
Gizelly
-
Atravessei a rua com raiva, pensando no fato de que Rafaella estava me  ignorando e não atendia as minhas ligações e muito menos respondia as minhas mensagens.

Mas eu disse a mim mesma que ia aceitar o pedido dela e não a procuraria dizendo que poderíamos investir em um relacionamento, seja qual fosse o grau dele.

Platônico, amoroso ou de amizade.

Fosse lá qual era o nível em que poderia levar tudo aquilo.

Só que quanto mais eu falava que não ia pensar nela, mas eu fazia.

E, então quanto mais eu andava em direção á empresa, mais pensava nela e na noite em que passamos juntos.

Porém, senti meus pés travando vi Rafaella e Antonio juntos em uma cafeteria a alguns metros de onde eu trabalhava.

Ela segurava uma xícara entre os dedos, observando o que ele dizia e dava risadas soltas, automaticamente travei no caminho até a empresa.

Não consegui dar um passo a frente com a imagem deles juntos.

E pior, campina verde é um ovo. Se eu dobrasse a esquina encontraria pessoas conhecidas e automaticamente aquele circulo se repetiria.

Ela levantou o olhar encontrando com o meu e eu desviei, mas vi quando ela suspirou.

Sai andando, mas vi de relance quando Rafaella se levantou da cadeira, saindo para fora da cafeteria e vindo correndo em minha direção, enquanto Antonio observava tudo pelo vidro.

Parei quando ela tocou em meu braço.
Ela me encarou, jogando os fios castanhos para trás e eu queria mesmo que houvesse alguma parte em Rafaella que não fosse perfeita, pois só assim eu iria parar de ficar deslumbrada a cada momento.

- O que voce quer agora?.- Falei seca, enfiando as mãos no bolso da calça, impedindo o impulso de tocá-la.
Ela me encarou.

- Não precisa agir assim comigo, Gi..- Sussurrou abaixando a cabeça.

Fiz o mesmo, observando a calça jeans e a blusinha preta que dava ênfase ao seus seios.

- Só estou fazendo o que me pediu, Rafa.- Respondi a encarando e ela engoliu em seco.

Rafa era casual, mas sempre usava um estilo que a deixava bem romântica e delicada.

Eu não era uma mulher de muitos detalhes, mas Sofia me fez aprender tantas coisas que já havia decorado alguns dados sobre aquilo.

- Voce está bem?.- indaguei preocupada com medo de que não voltássemos a ser a mesma coisa novamente. – Voce se perguntou como iria me encarar no dia seguinte e parece não saber a resposta.

Rafa riu estendendo a mão, pedindo a minha.

Relutante, não fiz o que ela pediu e ela abaixou a mão.

Não olhei ao redor, sabendo que Antonio ainda nos observava.

- Eu estou bem, só precisava assimilar tudo.- respondeu e eu a encarei focando nos olhos dela.

Estranhamente ela dizia que estava bem, mas seus olhos demonstravam outra coisa.

- Acho que seu acompanhante estar te esperando, melhor eu ir..- Disse me afastando.

- Gi? Eu não quero perder voce.- Sussurrou baixinho me puxando pra um abraço me pegando de surpresa.

- Voce não vai me perder, nunca.- Respondi e ela se afastou encarando-me.

Sorri e olhei em direção a cafeteria novamente a tempo de ver Antonio desviando os olhos de nós duas.

- Seu novo melhor amigo ou ficante seja lá o que for, está enciumado.- disse rindo.
Rafa me deu um empurrão de leve no ombro, ficando lado a lado comigo.

- Não estamos juntos na cafeteria, não estou ficando com ele e ele não é meu melhor amigo. Eu só tenho uma melhor amiga e é voce.- Rafaella disse e a última parte me fez sorrir de lado engolindo em seco. – Ele se sentou e ficamos conversando.- Ela disse enlaçando seu braço ao meu. – Mas eu queria falar com voce.

- Fale.- Olhei no relógio. – Estou um pouco no horário de chegar a empresa, poder me acompanhar se quiser.

Ela assentiu.

- Claro, vamos lá.
Começamos a andar juntas pela calçada.

- Sei que está há muito tempo na cidade. Poderia me dizer se a família de Damião Barroso ainda vive por aqui?.- Indagou com sua mão descendo mais baixo, ficando próxima á minha.

Sorri de canto, porém com a pergunta acabei franzindo o cenho confusa.

- Não, eles se mudaram da cidade há um tempo. Estão em Itapagipe, alguns Km daqui.- respondi distraída, mas questionando-me o motivo dela querer saber sobre aquela família.
Ela assentiu.

- Porque a pergunta?.- Não resisti em indagar.

- Não sei por onde começar.- Rafa suspirou alto. – Achei umas cartas da minha mãe. Passei os ultimos dias vasculhando o escritório da família. Um total  de cinco delas. Todas endereçadas a Damião Barroso e falava sobre um bebe deles. Não sei se sou eu ou o Tato.

Parei no meio da rua encarando-a.

- E voce fala isso como se estivéssemos falando sobre o tempo?.- Inquiri quase indignada.

Rafa riu.

- Não tenho como falar de outra forma. Meu irmão ainda não sabe sobre essas cartas.- Ela esfregou a sua testa em um gesto preocupado. – Minha avó também não. Ou eles sabem e nunca me falaram, pois a carta não estava muito escondida.
Suspirei, segurando seus dedos atraindo seus olhos para nossas mãos unidas.

- Desculpa..- Pedi tentando soltar nossas mãos.

- Eu preciso falar com alguém, sabe? Voce e a Bia são as únicas pessoas que eu confio realmente, tem a Manuzinha também, mas ela mora longe daqui. Mas de fato, eu acho que voce é a pessoa  mais centrada de nós.- Disse fazendo-me segurar seu rosto, vendo seus olhos nublados pelas lágrimas contidas.

- Posso ver com algumas pessoas se sabem onde eles estão. Mas Damião faleceu há muito tempo, duvido que tenha sucesso com eles.

Limpei a lágrima que caiu dos olhos.

- E se eu não for filha do meu pai?
A insegurança em sua voz me fez suspirar.

- Não pode pensar nisso agora, tem que focar no que  precisa descobrir, mas se focar apenas nos segredos, nos segredos, no resultado deles, não vai conseguir ir em frente.

Ela assentiu puxando uma respiração profunda.

- Pensei em falar com a minha mãe que mora em uma cidade próxima daqui. Leva alguns dias de viagem, mas acho que pode me dar um resultado melhor nessa busca.- Rafa tagarelou e eu assenti.

- Posso ir com voce, tirar uns dias de folga para irmos juntas. Voce não parece querer despejar isso sobre seu irmão.

Rafa não deixou nem eu terminar de falar, pois começou a negar com a cabeça.

- Não, não. Eu dou conta.- falou de modo confiante, e eu ri.

Rafa estava com medo e eu a entendia.
Envolvia  um segredo profundo sobre  sua família e que poderia mudar tudo na sua vida. Sem falar que ela sempre teve uma ferida aberta com a mãe.

- Eu vou, ou vou contar pro tato.- Falou de modo firme e a vi suspirar ao perceber que não estava brincando.

Eu iria por ela muito além do que apenas uma cidade vizinha, eu iria por ela aonde ela quisesse.

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Oi?! 👀

Volto logo!

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