Capitulo 26

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Rafaella
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- Já parou pra pensar que podemos ter feito um bebê ontem?.- Indaguei para Gizelly e a vi suspirar com meu surto, sem parecer muito preocupada com esse detalhe.

- Não fizemos. Quer ficar calma, Rafaella?.- Pediu, aproximando-se  segurando meu rosto e beijando minha boca.

- Como você pode ficar tão calma?.- Perguntei com raiva.

Estavamos esperando o nosso voô e vim a viagem toda da pousada até o aeroporto surtando com a possibilidade de ter um bebê.

- Não estou calma. Só não quero pensar muito nisso, pois se já aconteceu, não tem como voltar atrás.- Falou de modo calma. - Sem falar que se for pra acontecer, vai acontecer Rafa.

Eu a encarei em descrença.

- É um bebê, Gizelly! Que futuro essa criança vai ter? Não somos um casal. Não podemos ter um filho (a) agora!

Ela segurou a risada com a minha exclamação e vi quando uma senhora passou por nós, julgando-me o olhar.

- Vem cá.- Pediu, puxando-me para sentar novamente. - Não está com um bebe agora. Confia em mim.

Novamente a encarei com descrença.

- Sabe que esse papo de confia em mim não funciona,né?

Ela assentiu.

- Ok, mas você não está grávida. Vamos pensar positivo. E se tiver, mamãe Gi já ama. Fazemos um teste daqui algumas semanas, só para termos certeza.

Assenti.

- E, caso dê positivo…
Meus olhos se arregalaram com a possibilidade.

- Não é como se você estivesse sozinha, Rada. Eu estou aqui. Eu sempre vou estar aqui.- Apertou minha mão entre a sua e eu quase desmanchei.

Eu sabia daquilo.
Sabia que Gizelly amava Sofia o suficiente para ser uma ótima mãe para todos os bebes que tivesse no futuro, mas ainda assim, a idéia de ter um bebe com ela, naquele momento me assustava um pouco.

- Não quer ser mãe?

- Não, quero sim.- Respondi com convicção.

- Mas tem algumas coisas que precisam ser analisadas antes de ser mãe.

- Sim, claro. Mas confia em mim, vai dar tudo certo.- Beijou minha têmpora e eu sorri encostando a cabeça em seu ombro, permitindo-me  relaxar pela primeira vez em dias.

- Me deve uma calcinha, cê sabe né?.- Falei rindo, lembrando-me da sua expressão quando rasgou o tecido.

- Te dou meu cartão e você compra quantas quiser.- Respondeu brincando, enquanto seus dedos mexiam de modo distraido com a pulseira em meu pulso.

- Nem sabia que calcinhas rasgavam tão facilmente.- Bufei com isso e Gizelly riu.

- O treino de braço deve servir para alguma coisa nesta vida.
Neguei com a cabeça, desacreditada com o que eu ouvi.

- Voce é impossivel, Titchela!.- Exclamei, escutando-a rir ao meu lado.

Eu não ia cobrar uma calcinha, é claro, mas era maravilhoso ver Gizelly se oferecendo para consertar o erro, que não era um erro, pois na hora foi extremamente maravilhoso, gostoso e excitante.

- Está mais tranquila, deusa?.- Indagou preocupada.

- Sim.- Peguei sua mão colocando sobre minha barriga em forma de brincadeira. - Se eu ficar grávida, você vai ter dois filhos e a pluma, então é bom que seja só meu surto mesmo.

MÃE POR ACASO (GIRAFA) G!P (CONCLUÍDA)Where stories live. Discover now