Capitulo 27

730 83 27
                                    

Rafaella
_
- Você está tão sorridente minha neta.- Vovó falou enquanto me servia com um pedaço do bolo de fubá que ela havia feito.

Senti minhas bochechas corando com a menção do ‘’ sorridente’’ pois aquilo tinha um motivo bem claro…

Gizelly Bicalho, mais especificamente, minha melhor amiga.

- Hum… - Encontrou alguém que teve seu interesse?

Ela não perdeu a chance de me atormentar, com certeza jogando verde para colher maduro.

Quem não conhecia dona Margareth acabaria por cair na sua lábia, pois se tinha uma coisa que ela sabia fazer muito bem, era tirar algo alguém. Com uma deixa aqui e outra ali, a pessoa nem percebe que já falou sua vida inteira para ela.

- Não. Eu só fiquei bastante alegre com a viagem. A cidade é ótima, tem praias incriveis e andei bastante, foi como férias antecipadas por todo o trabalho que vou ter mais pra frente tanto na empresa daqui, quanto na empresa lá no rio de janeiro. - Respondi.

Eu ainda não tinha visto Renato desde que cheguei e estava me preparando para aquele encontro.

- Hum, que viagem sem graça.- Vovó resmungou, fazendo-me rir. - Por mim, você arrumava um homão bonitão ou uma mulher bonitona quem sabe.. vai de sua preferencia.

Arqueei a sobrancelha em sua direção.
Vovó nunca fez o estilo casamenteira. Ela queria que a gente ficasse bem, independente de casamento ou não.

- E o  Tato não precisa de alguém? Uma mulher para estar com ele á frente dos negócios da família? Quem sabe dê filhos a ele.- falei, tentando tirar a atenção de mim.

- Seu irmão precisa disso tudo, mas ele é turrão demais para isso. Provavelmente é mais fácil casar você.- Respondeu de modo energético, e eu ri. - A mulher que se casar com o Tato tem que ser  muito mais teimosa que ele, ou muito calma. Não sei o que seria melhor.

- Eu voto no teimosa.- Brinquei. - Pois seria ótimo ver meu irmão provando do seu próprio veneno.

- Mal voltou e já começou a pregar meu destino, sua cabeçuda?

A voz do meu irmão me fez virar a cabeça, encontrando-o parado na porta da cozinha com os braços cruzados e eu sorri.

- Ei, eu voltei.- Abri os braços pedindo um abraço e ele se aproximou, beijando minha testa e me dando um abraço rápido. - E não estou pregando seu destino, só falando que eu ia me divertir muitoooo...- Passei o indicador por sua bochecha para tirar uma sujeira. - Em ver você lutar com alguém mais teimosa que você.

Ele riu de leve.

- Melhor não. Nada de casamentos ou filhos.- Disse de mod enfático. - E, por favor, diz que não tem nenhum homem interessado em você, odiaria usar minhas aulas de tiro.- Colocou os indicadores contra a ponta do nariz em um gesto dramático e eu ri.

- E se fosse uma moça muito bonita? Que tivesse uma filhinha loirinha e que você já conhecesse a família?.- Vovó perguntou e eu arregalei os olhos.

- Ah, ai sim. Se minha cunhada for a Gizelly, eu aprovo.

- Não tem ninguém interessado ou interessada em mim não, pelo menos não que eu saiba.- Menti, pois não sabia o que iria acabar acontecendo entre mim e Gizelly.

Ele se distanciou, avisando que ia tomar banho, mas me lembrei do que o José havia me dito sobre a empresa e o chamei novamente.

- Tato.

Ele olhou sobre o ombro, aguardando minha fala.

- Porque contratou o José para trabalhar na empresa?

MÃE POR ACASO (GIRAFA) G!P (CONCLUÍDA)حيث تعيش القصص. اكتشف الآن